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domingo, 6 de abril de 2014

Petrobras sob ataque em sua hora mais decisiva

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Instalada no centro da arena eleitoral, companhia vive momento de alta na produção de petróleo; extração no pré-sal bateu recorde na semana passada, com 387 mil barris/dia; especulação na bolsa devolve mais de R$ 20 bilhões em valor de mercado à companhia; plano de investimentos para 2014 vai injetar R$ 94,6 bilhões; números ficam encobertos sob fogo cerrado da oposição, que tem na CPI mista no Congresso uma arma de desgaste de longo prazo para o governo e a direção da estatal; entre ataque e defesa, Petrobras vive seu teste de fogo

6 de Abril de 2014 às 15:54

247 – Debaixo de todas as atenções do governo, da oposição e de seus centenas de milhares de investidores de todos os tamanhos, a Petrobras enfrenta no momento um teste de fogo em que sua maior conquista corre o risco de ficar ofuscada. Na gestão do pré-sal, pedra de toque da administração da presidente Graça Foster, os recordes de extração de petróleo estão sendo batidos um a um. Na semana passada, chegou-se a 387 mil barris de óleo retirados na quinta-feira 3, a maior marca desde o início da exploração.
Em razão de movimentos especulativos atrelados a pesquisa eleitorais de ocasião, as ações da estatal experimentam um movimento de alta nos últimos vinte pregões. Pelos motivos inversos, mas com um resultado de não deixa de mostrar a força da companhia, a mercado devolveu à estatal mais de R$ 20 bilhões do valor que havia subtraído. Ficou claro que, além da questão eleitoral, o potencial de recuperação rápida da maior empresa brasileira no mercado financeiro continua alto.
Mesmo assim, a empresa está diante de um teste de fogo. Todas as atenções da oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff se voltam para a instalação da CPI da Petrobras, o que pode ocorrer no próximo dia 15. As investigações, que inicialmente devem se concentrar na compra, pela estatal, da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, em 2006, prometem se arrastar até as portas da eleição presidencial – e também ultrapassar o mês de outubro.
Os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) já acertaram entre si que não haverá trégua ao governo, com as próximas semanas a serem dedicadas a bater duro nos negócios da empresa, especialmente contratos de instalação e compra de refinarias. O líder tucano Aloysio Nunes Ferreira já é personagem de destaque na implantação dessa estratégia.
Para o campo do governo, uma boa notícia começou a surgir com o esvaziamento de provas que iriam ser apresentadas pelo ex-diretor da estatal Nestor Cerveró. Ele foi o autor do relatório ao Conselho de Administração para a compra da refinaria americana.  Ao mesmo tempo as críticas feitas ao relatório, inicialmente, pela presidente Dilma foram corroboradas pelos demais integrantes do conselho de administração do período. No Senado, a ex-ministra Gleisi Hoffmann tem-se empenhado por uma defesa cerrada da estatal e contra-ataques a cada movimento da oposição.
Em definitivo, a estatal está instalada no centro da arena eleitoral. Não há previsão de quando deverá sair desta posição incômoda. Enquanto perdurar, a Petrobras terá de se acomodar à situação de frequentar as notícias tanto das páginas da política quanto as da economia. O desafio será fazer prevalecer os bons resultados da gestão sobre os ataques que serão disparados.

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