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sexta-feira, 4 de abril de 2014

Recuo de Cerveró é cada vez mais constrangedor

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Primeiro, o advogado de Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, disse que não tinha como provar suas declarações de que o contrato sobre Pasadena teria sido entregue aos conselheiros da Petrobras com 15 dias de antecedência; agora, documentos mostram que relatórios com informações fundamentais sobre a compra da refinaria pela estatal ficaram prontos apenas às vésperas da reunião do conselho que decidiu pela aquisição, em 2006; com esses documentos, pode-se concluir que vários alertas foram omitidos no resumo apresentado por Cerveró ao grupo, do qual fazia parte a presidente Dilma Rousseff; todo o processo foi feito, na verdade, às pressas, e não com antecedência, como pregou o advogado; será mesmo que o "homem-bomba" da CPI da Petrobras terá algo a mostrar?
4 de Abril de 2014 às 09:38
247 – Tem sido cada vez mais constrangedor o recuo do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, cujo advogado, Edson Ribeiro, na tentativa de defender o cliente para que ele não seja "bode expiatório" do caso de Pasadena, como ele mesmo diz, tem feito afirmações desmentidas por personagens do caso à época. Agora são documentos que mostram que a afirmação de Ribeiro da última quarta-feira, de que o contrato da compra da refinaria de Pasadena teria sido enviado aos membros do conselho administrativo da Petrobras com 15 dias de antecedência, não é verdadeira.
Reportagem dos jornalistas Sabrina Valle e Vinicius Neder, do O Estado de S. Paulo, revela que documentos com informações fundamentais sobre a negociação ficaram prontos apenas às vésperas da reunião do conselho que decidiu pela compra da refinaria do Texas, Estados Unidos. "Nove documentos estão anexados à ata dessa reunião, datados entre 27 de janeiro e 2 de fevereiro de 2006. Sua leitura mostra que uma série de alertas foi omitida do resumo executivo apresentado por Cerveró ao conselho. Todo o processo foi feito a toque de caixa", diz a reportagem.
O citado resumo de Cerveró, entregue aos conselheiros, foi considerado "falho" pela presidente Dilma Rousseff, que, como presidente do conselho à época, afirmou que, se soubesse da existência de cláusulas que obrigavam a Petrobras a adquirir a outra metade da refinaria em caso de desentendimento, não teria aprovado a aquisição. Procurado ontem, o advogado de Cerveró respondeu em nota que "eventuais esclarecimentos serão prestados por Cerveró, após seu depoimento, em 16/04, na Câmara dos Deputados".
A versão de Edson Ribeiro sobre o contrato ter sido entregue com antecedência foi desmentida pelo ministro Thomas Traumann, que falou em nome da presidente Dilma, e pelos empresários Jorge Gerdau e Fábio Barbosa, membros do conselho em 2006. Ontem, o advogado afirmou que não tinha como provar o fato e recuou ao dizer que não se referia ao caso específico de Pasadena quando fez tal afirmação, apenas teria relatado o processo interno da Petrobras, cujos conselheiros normalmente recebem os contratos que serão fechados uma quinzena antes.
A história começa a ruir e, a que tudo indica, Cerveró estará encurralado em seu depoimento na Câmara, na futura CPI da Petrobras.

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