Desde que a presidente Dilma Rousseff foi eleita, os ataques têm sido sucessivos, indicando até a possível existência de uma central de comando.
O primeiro episódio foi o do famoso 'triplex de Lula' no Guarujá (SP), imóvel que nem está no seu nome, denunciado pelo jornal O Globo, dos irmãos Marinho.
Ontem, o portal Uol, do grupo Folha, decretou a sentença de morte do ex-presidente, noticiando um falso câncer no pâncreas (leia mais aqui) – por sinal, até agora o Uol, de Otávio Frias Filho, não se desculpou pela mentira contada aos leitores, que continua publicada.
Agora, foi a vez do tradicionalmente sóbrio Valor Econômico, joint-venture dos Frias e dos Marinho, disparar contra Lula. A acusação é de que ele teria ordenado um patrocínio de R$ 12 milhões às escolas de samba do Rio, em 2007, causando prejuízos à estatal.
O que é a nova denúncia
A reportagem desta segunda-feira procura criminalizar uma notícia velha: o patrocínio da estatal a um projeto cultural da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), anunciado pelo ex-governador Sérgio Cabral e pelo então ministro da Cultura, Gilberto Gil, após reunião com o ex-presidente Lula, o ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli e dirigentes da Liesa, no dia 8 de dezembro de 2007.
Foi uma decisão pública e divulgada com transparência, inclusive em relação aos valores. A Petrobras celebrou um contrato de patrocínio anual de R$ 12 milhões com a Liesa, para associar sua marca ao projeto “Samba Carioca, Patrimônio Cultural do Brasil”. A notícia de 2007 está aqui, mas o Valor prefere dizer que o patrocínio da Petrobras “às escolas de samba” foi ”revelado” em depoimento de um ex-gerente demitido da estatal, numa investigação interna sobre desvios no setor de Comunicação da Diretoria de Abastecimento, em 2009. O jornal acrescenta que a “ordem” de Lula foi dada diretamente ao ex-diretor Paulo Roberto Costa, o que é falso, como está claro no noticiário da época.
O Valor destaca ainda que as escolas de samba são controladas por bicheiros, mas omite que a Liesa é a mesma entidade que vende anualmente à Rede Globo de Televisão os direitos de transmissão dos desfiles no Carnaval do Rio. E a Globo é proprietária de 50% do Valor. A verba da Petrobrás foi utilizada em ações de promoção social em comunidades próximas às escolas de samba. Já a Globo, pagando valor semelhante (12,5 milhões) pelos direitos de transmissão, faturava com a venda de publicidade e das imagens do desfile. Quanto? Só a Globo pode dizer.
Sequer é novidade a apuração, pela imprensa, do contrato de patrocínio entre a Petrobras e a Liesa. A relação entre as escolas de samba vinculadas à Liesa e o jogo do bicho foi matéria do Estado de S. Paulo em 12 de fevreiro de 2012. Na ocasião, a estatal informou no site Fatos e Dados: “A Petrobras tem um relacionamento institucional com a Liesa, do mesmo modo que diversas empresas, veículos de comunicação e instituições públicas que apoiam projetos específicos ou o próprio carnaval do Rio de Janeiro.” A nota da Petrobrás, em 2012, continha todas as informações omitidas na matéria do Valor.
O episódio Venina
Não é a primeira vez que o jornal tenta associar o ex-presidente Lula às investigações na Petrobrás. O mesmo ocorreu com a fantástica entrevista da ex-gerente Venina Velosa, na qual ela narra que o ex-diretor Paulo Roberto Costa apontou o dedo para uma foto de Lula, insinuando que o ex-presidente estaria por trás de desvios na diretoria de Abastecimento. Naquela entrevista, o Valor ignorou todas as regras do jornalismo responsável para sancionar – e conferir ares de dramaticidade – a uma suposta insinuação narrada por terceira pessoa.
O artifício dramático é repetido na matéria de hoje, que trata como verdadeira a versão do ex-gerente demitido, embora ela seja incompatível com os fatos, com os esclarecimentos anteriores da Petrobrás e com a manifestação da assessoria de Lula. Essa repetição já configura um método de propaganda travestido de jornalismo: reconstituir a narrativa das investigações para, de forma deliberada, vincular o ex-presidente Lula à origem de desvios apurados ou em apuração. É o mau jornalismo a serviço da oposição em 2018, o ano que já começou.
Novo boato sobre saúde de Lula indigna família, amigos e médicos
Blog cidadania
O nome do “artista” é Leandro Mazzini, que se diz “jornalista, escritor e pós-graduado em Ciência Política pela UnB”. O sujeito edita uma tal de “
coluna esplanada” no portal UOL. Neste domingo (4/1), esse indivíduo publicou nota fantasiosa sobre metástase que Lula teria sofrido e que lhe teria lhe atingido o pâncreas.
A matéria é estarrecedora não só pela profusão de invenções que contém, mas por mostrar que essa luta política suja que a direita trava contra o ex-presidente criminaliza até a sua saúde. Lula aparece nesse texto repugnante fazendo incursões furtivas de madrugada no hospital Sírio Libanês, como se fosse um criminoso, na tentativa de esconder seus supostos novos problemas de saúde.
Como se não bastasse, segundo o mistificador supracitado o presidente estaria pondo a própria vida em risco para não permitir que a sociedade saiba que estaria novamente doente. A quatro anos do próximo mandato presidencial, ele teria se recusado a fazer quimioterapia, optando por controlar a doença com um medicamento experimental de altíssimo custo (30 mil reais a dose)
O medicamento em questão teria como princípio ativo uma droga chamada “Bevacizumab”. Tratar-se-ia de “versão mais recente e potente do popular Avastin, que ameniza o quadro clínico e a dor, e evita a quimioterapia”.
Mais revoltante ainda é que o tal Mazzini atribui a informação a fontes desconhecidas e supostamente próximas a Lula: “um médico do Sírio, que não compõe a equipe que cuida de Lula; um diretor do PT; um assessor especial do Palácio do Planalto; e um parlamentar amigo de Lula”.
A ser verdade tudo isso, o tal editor da tal “coluna esplanada” seria, talvez, o jornalista político mais importante do país por ter sido escolhido pelas fontes que mencionou. Em vez de procurarem grandes meios de comunicação, as tais fontes teriam escolhido o “super jornalista” que inventou essa história toda.
O que surpreende – pero no mucho – é que o UOL publicou esse absurdo em sua home. Segundo a fonte que me procurou para informar sobre essa farsa, a chamada para a tal “coluna esplanada” ficou na primeira página do UOL durante cerca de duas horas.
Bastaria um mínimo de bom senso, porém, para perceber que essa história não tem a menor lógica.
Senão, vejamos: a próxima eleição presidencial ocorrerá em 2018. A campanha eleitoral começará no mês de agosto, ou seja, daqui a três anos e oito meses. Por que, diabos, Lula arriscaria a própria vida não fazendo o tratamento mais correto (quimioterapia) se tem quase quatro anos para se tratar, recuperar-se e disputar a próxima eleição presidencial?
Aliás, se o ex-presidente estivesse tão doente, sofrendo metástase, seria enorme a possibilidade de nem estar vivo daqui a quatro anos – esse tempo costuma ser suficiente para matar pacientes cujo câncer se espalha.
O hospital Sírio Libanês rebateu essa farsa logo em seguida. Leia, abaixo,
nota do hospital sobre a invencionice do tal Mazzini.
Vale lembrar que Lula sempre tratou com absoluta transparência os problemas de saúde que o acometeram após a eleição presidencial de 2010. Todas as informações sobre sua doença foram fartamente fornecidas à imprensa. Não existe uma só razão para que, agora, mudasse seu modo de agir.
Até porque, Lula ficou feliz com a repercussão que sua doença teve. Para quem não sabe, a divulgação de seu câncer, a forma transparente com que o ex-presidente tratou sua doença, fez aumentar a procura por exames preventivos e, além disso, fez com que as pessoas entendessem que câncer, muitas vezes, tem cura.
A novela do tríplex
Assim como essa farsa sobre a saúde de Lula, a farsa sobre um apartamento “tríplex” que ele teria no Guarujá parece que vai atingindo seu objetivo. Apesar de a mídia não ter como provar que Lula é dono desse imóvel, continua espalhando essa versão com a intenção calhorda de que a mentira continue circulando.
Na coluna de leitores da Folha de São Paulo de domingo, 4 de janeiro, um caluniador qualquer ajuda a espalhar a mentira sobre imóvel do qual a família de Lula teria apenas uma cota adquirida há anos.
Mesmo se Lula fosse dono desse imóvel, tal posse não configuraria indício de que ele enriqueceu ilicitamente. Segundo
matérias da mídia tucana que o “acusaram” de ser dono de imóvel que ele precisa quitar – o que nunca ocorreu – para ser “dono”, a propriedade custaria em torno de 1,5 milhão de reais, o que condiz com as declarações de renda do ex-presidente
Tanto o caso do Triplex quanto do “novo câncer” são espalhadas por Folhas, Globos etc. com a finalidade de fazer esses boatos circularem. Assim, apesar de esses farsantes que controlam esses veículos não poderem provar suas “acusações”, fazem-nas circular entre essa militância inescrupulosa que, entre outras coisas, gosta mesmo é de uma boa “ditabranda”.
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