Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
Mostrando postagens com marcador congresso nacional. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador congresso nacional. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A VERDADE DE JOÃO PAULO ENCARA AS MENTIRAS DE JB

terça-feira, 9 de abril de 2013

Que “resorts” há em Curitiba ou BH, dr. Joaquim Barbosa?



O presidente do STF pôs associações de magistrados, OAB e até a Associação dos Delegados de Polícia de São Paulo (Adepol) em pé-de-guerra. Mas sua mise-en-scène acrescentou mais um tijolinho à imagem de grilo falante da República que vem erigindo.
Os vergonhosos convescotes patrocinados por empresas para as associações de juízes nos tais “resorts” em “grandes praias” conferem um falso sentido à conduta desairosa de Joaquim Barbosa na reunião com os representantes dessas entidades.
Todavia, ainda está por provar-se a teoria de que a criação de novos Tribunais Regionais Federais não passa de desperdício de bilhões de reais de dinheiro público.
Misturar os resorts aos quais grandes empresas cheias de ações na Justiça levam aqueles que julgarão as causas que interessam a elas com a criação de maior estrutura para o sobrecarregado Poder Judiciário, foi uma jogada que visou predispor o cidadão desatento.
Uma breve reflexão, porém, faz lembrar que falta estrutura à Justiça brasileira, razão pela qual ela é tão lenta.
O Brasil terá, agora, mais quatro Tribunais Regionais Federais – em Curitiba, Belo Horizonte, Salvador e Manaus. O Projeto de Emenda Constitucional 544, que criou os novos TRFs, teve origem em proposta do senador Arlindo Porto (PT/MG), em 2001. Mas a reivindicação tem pelo menos 20 anos no Paraná.
O que desgostou Barbosa e o levou a essa postura danosa ao país, então, não foi o interesse público, mas seus delírios de poder e sua egolatria, como ficou patente na reunião em seu gabinete na qual humilhou magistrados, quando bradou: “Não fui ouvido pelo Congresso!”.
Esse é o problema de Barbosa com os novos Tribunais Regionais Federais. Uma iniciativa do Congresso que tramita há tanto tempo e que é uma reivindicação antiga da Justiça fez com que o presidente do Supremo enviasse um ofício ao presidente da Câmara dos Deputados exigindo que o projeto não fosse aprovado.
A ousadia derivada dos delírios de poder de Barbosa ao tentar dar ordem ao Legislativo, porém, teve efeito inverso. No dia seguinte ao ofício, a PEC 544 foi aprovada por votação maciça — 371 votos a favor, 54 contra e apenas 5 abstenções.
Queira Barbosa ou não, a PEC modificou o formato da Justiça Federal brasileira. É uma realidade, não há retorno.
Que argumento o furioso presidente do STF apresentou contra a criação dos TRFs? Que serão construídos em “resorts” e “grandes praias” onde os que lá trabalharem desfrutarão de mordomias às custas do Erário.
Custarão caro? Alguém se perguntou qual é o custo da lentidão da Justiça?
Ora, faça-me o favor, doutor Barbosa!
A frase de efeito do presidente do STF busca açular o senso comum de uma sociedade insatisfeita justamente com a falta de estrutura da Justiça, mas é vazia como um balão de gás. Que “resorts” e “grandes praias” há em Belo Horizonte, Curitiba ou Manaus, dr. Barbosa?
A medida aumentará a capacidade de uma Justiça sobrecarregada. Abaixo, a nova estrutura do Judiciário Federal.
TRF-1 – Com sede em Brasília, passará de 13 para 6 estados: MT, GO, TO, PI, PA e MA, mais o DF.
TRF-2 – com RJ e ES, continuará igual.
TRF-3 – Ficará somente com SP.
TRF-4 – Com sede em Porto Alegre, ficará reduzido ao RS.
TRF-5 – Perderá SE, ficando com PE, CE, RN, PB e AL.
Os novos Tribunais serão o TRF-6, com sede em Curitiba e englobando MS e SC; o TRF-7, com MG; o TRF-8, com BA e SE; e o TRF-9, com sede em Manaus e jurisdicionando RO, RR e AC.
O Brasil precisa de mais estrutura para sua Justiça dar conta de uma carga de trabalho que qualquer um, por menos conhecimento que tenha sobre o tema, sabe que está acima de sua capacidade.
A frase sobre os “resorts” e “grandes praias” esconde o que motivou a decisão soberana do Poder Legislativo: a lentidão da Justiça brasileira.
O ególatra Joaquim Barbosa, portanto, em seus delírios de poder – fomentados por uma mídia que o está enlouquecendo com suas bajulações –, ficou contra a medida porque a considerou uma afronta a si.
Pobre Joaquim Barbosa. Dá pena imaginar o choque que sofrerá quando se der conta de que é apenas um dos 200 milhões de brasileiros, não o dono do Brasil.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Mude a correlação de forças no Congresso!

"Nestas eleições, há vários candidatos presidenciais de esquerda.
Eles não conseguiriam governar com um Congresso com a mesma composição de hoje, ultraconservador.
É preciso mudar essa correlação de forças"

Luiz Aparecido*

O Congresso brasileiro pode ser considerado um dos mais conservadores do mundo. Pelas ultimas estatisticas, nota-se que corporações empresariais(o presidente da Confederação Nacional da Industria-CNI, por exemplo, é deputado federal por Pernambuco), os donos o agronegócio, os latifundiários, os grandes comerciantes, enfim os conservadores e donos do poder econômico, dominam mais de 70% das duas casas congressuais, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal.

Há ainda a bancada evangélica, a bancada católica e outras representações do que há de mais atrasado e retrógrado no Brasil. Assim, nenhum governo consegue atuar de acordo com os interesses dos excluídos, dos pobres, dos despossuídos. È só observar como o governo Lula, o mais progressista que o Brasil teve até agora, passa por todo tipo de negociação e chantagem para conseguir aprovar qualquer projeto, que atinja mesmo de raspão os interesses dos poderosos. As leis têm que passar pelo Congresso, algumas de maior complexidade têm quorum mais alto. Quando se precisa mexer na Constituição, são necessários três quintos do voto dos parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado, em dois turnos.

Chantagem parlamentar


Nestas eleições, há vários candidatos presidenciais progressistas e de esquerda, começando com quem tem a maior chance, que é a Dilma Roussef, representando uma coligação que une o PT, o PCdoB, o PSB, o PDT, o PMN e o PMDB, mas também Plinio de Arruda Sampaio do Psol, o Ivan Pinheiro do PCB, o Zé Maria do PSTU. De nada adianta eleger qualquer um deles, o Plinio, o Ivan e o Zé Maria, por exemplo. Eles não conseguiriam governar com um Congresso com a mesma composição de hoje, ultraconservador. É preciso mudar a correlação de forças no Congresso. Em vez de um Congresso conservador, uma Câmara e um Senado progressistas, honestos e comprometidos com mudanças em favor do sofrido povo brasileiro.

Dilma Roussef, ganhando as eleições, conseguirá governar graças ao PMDB, que fora alguns poucos homens de esquerda, na sua maioria é de centro direita. Ou seja, se o PMDB repetir seu desempenho das ultimas eleições, vai manter a presidente Dilma em permanente acuo e submetendo-se a chantagem de uma maioria parlamentar, que se formará a qualquer momento entre os parlamentares de centro-direita do PMDB, com os elementos do DEM, do PP, do PSDB e outros conservadores.

Formar bancada de esquerda


Tão importante como votar na Dilma, no Plinio, ou no Ivan, é necessário votar num deputado federal ou senador de esquerda, Mas de esquerda mesmo, que não mude de lado após se eleger, como tem sido prática nas ultimas eleições, onde vemos partidos elegerem 15 deputados e depois conseguirem a adesão de mais 20 ou 30, formando bancada que se torna imprescindível na mesa de negociação politica.

Se conseguirmos eleger a Dilma e uma maioria de deputados e senadores de esquerda, podemos começar a pensar seriamente em mudar o Brasil. Romper as amarras do passado e construir um clima que permita a ruptura do sistema politico e até das estruturas sociais, abrindo caminho para o tão sonhado socialismo. Com democracia e pluralismo.

Nos Estados também


O mesmo caso vale para as eleições estaduais. Todos viram o que aconteceu em Brasília, onde um governador corrupto comprou a maioria absoluta da Câmara Distrital e só foi apeado do poder por determinação da Justiça, que teve que prendê-lo, primeiro caso ocorrido no Brasil. Mas foi o voto dos brasilienses que elegeram José Roberto Arruda, do DEM, na época, e os deputados distritais que o apoiaram até o fim. E eles, os deputados estão lá, inclusive concorrendo agora à reeleição. Esse horror pode voltar a ocorrer de novo.

É só votar no Joaquim Roriz novamente e numa bancada de deputados distritais que representam apenas interesses corporativos e do poder econômico, que domina a capital do país.

Do Rio Grande do Sul a Roraima, os casos de governos incompetentes e desonestos e que governam com apoio de deputados comprados com cargos públicos ou dinheiro fruto da corrupção, estão á vista de todos. Por isso, o eleitor, além de escolher um candidato a governante competente, correto, com uma história de vida em defesa dos interesses do povo e não de corporações e classes dominantes, deve fazer outro favor a si mesmo e ao Brasil! É votar em deputados federais, estaduais e senadores que estejam comprometidos com um país melhor, os interesses do povo, com reformas profundas no sistema politico e social.

*Jornalista e cientista social