Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

DE ESPIÃO DO SNI PARA FONTE “CREDENCIADA” DA FOLHA.



Postado por Frederico Ozanam Drummond em 16 setembro 2010 às 17:19
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Em meu último”post” falei do que poderia ser minha paranóia em relação ao golpismo da rede Globo, Folha e adjacências. Só mesmo que passou pelo cotidiano das perseguições do Serviço Secreto no regime militar para entender de imediato do que estou falando. No final de 1971, minha militância e de muitos companheiros ocorria no espaço do curso de Ciências Sociais da USP. Nossa ação era a denúncia persistente contra os desmandos dos militares, promovendo reuniões para entender o caráter do golpe, fazendo denúncias através da Cúria e da OAB, informando os familiares sobre a prisão de companheiros, pequenas panfletagens, pichações e outras práticas deste quilate. No curso de Ciências Sociais existiam muitos grupos e partidos políticos organizados e, claro, nossa atuação se dava na clandestinidade. Eu era filiado a APML (Ação Popular). No final também de 71 o Honestino Guimarães, que também era da AP e último presidente da UNE na clandestinidade foi nos visitar em uma reunião aberta, em que realizávamos as famosas análises de conjuntura. Foi a última vez que vi o Honestino. Mais tarde a notícia do processo cruel de tortura a que foi submetido até a morte. Em 1972 tive que fazer uma consulta de emergência, certo de que estava sofrendo um ataque cardíaco. O médico apresentou seu diagnóstico: síndrome de pânico e me passou uma medicação antiestresse. No período de 72 a 79 me rematriculei sucessivamente em meu curso, até ser jubilado por abandono de curso. Todas as vezes que me aproximava da Cidade Universitária o mesmo sentimento de um ataque cardíaco iminente me paralisava. Algum dia vou cobrar esta conta do governo. Tive que concluir o meu curso da PUC.
O ESPIÃO DE DILMA
Qual não foi minha surpresa no domingo passado ao ver o depoimento de um ex-agente da ditadura, Silvio Ribeiro que o jornal A Folha de São Paulo acolheu como sua fonte de informação, a versão deste cidadão sobre a militância da Dilma. A matéria, assinada pelo jornalista Plínio Fraga, tem o seguinte destaque da fala do ex-agente: “ Dilma nasceu para mandar, não para ser mandada (...) Lula vai se enganar com ela”. Conta ainda na Folha, reproduzindo ainda o depoimento do Silvio Ribeiro: “Na década de 70, ela exercia mais a função de acolher gente. E também de recrutar para militar (sic). Era a função dela. Mas, além disso, planejava ações e sabia quem executava”.Questionado pelo jornalista sobre a participação de Dilma em ações armadas o tal agente disse: “Você determinar ou saber quem fez uma coisa dessas não diminui sua responsabilidade. A responsabilidade é até maior”.E o tal finaliza: “O movimento exigia gente forte, que não pensava duas vezes (SIC! SIC!) para fazer as coisas”.
Em certo momento o tal ex-agente faz análise de personalidade, ainda falando da Dilma: “Pessoas desse tipo são duras, amargas. Ela é uma mulher amarga. Não é aquilo que está aparecendo na televisão. É lobo em pele de cordeiro”.
Pois então: está lá, no caderno Especial, página 11. Uma página inteira de pura cretinice.

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