Enviado por luisnassif
Leiam esse trecho do Editorial do Estadão:
Quem são os "todos" que sabiam? Leitores de blog, dentre os quais se inclui o editorialista. No ano passado - e neste ano - nenhum veículo da velha mídia noticiou que a causa central do agravamento das enchentes de São Paulo foi a decisão do governo José Serra de reduzir as verbas para os trabalhos de desassoreamento do rio Tietê.
Quando terminaram os trabalhos de aprofundamento da calha - longuíssima duração, com verbas do Banco Mundial e do JBIC (Japan Bank International Cooperation) - um conhecido meu investiu em um processo de transporte de barcaças pelo rio. As barcaças passariam por todo o Tietê, atravessando São Paulo e indo desembocar em Mato Grosso. Essa era a expectativa do rio, depois de vultosos investimentos feitos no decorrer dos anos 90.
Todo esse investimento foi por água abaixo por conta do abandono dos trabalhos de dessassoreamento.
Não se trata de um mero descuido da uma gestão - de Serra - desinteressada. Trata-se do episódio que afetou o maior número de pessoas em toda história da cidade. Duvido que tenha havido outro com essa extensão.
No entanto, a velha mídia mentiu. Escondeu a história, poupou o governador, que sumiu durante todo o episódio. Jogou a culpa nas costas do prefeito da cidade e de seus habitantes. Atribuiu as enchentes ao lixo jogado na rua.
Agora, o Estadão usa no seu editorial as informações levantadas pela blogosfera.
Matérias sobre o rebaixamento da calha:
(...) todos sabiam que, sem um trabalho de manutenção adequado, com a limpeza constante do leito, essa importante conquista estaria ameaçada. Infelizmente, foi o que aconteceu.
Quando terminaram os trabalhos de aprofundamento da calha - longuíssima duração, com verbas do Banco Mundial e do JBIC (Japan Bank International Cooperation) - um conhecido meu investiu em um processo de transporte de barcaças pelo rio. As barcaças passariam por todo o Tietê, atravessando São Paulo e indo desembocar em Mato Grosso. Essa era a expectativa do rio, depois de vultosos investimentos feitos no decorrer dos anos 90.
Todo esse investimento foi por água abaixo por conta do abandono dos trabalhos de dessassoreamento.
Não se trata de um mero descuido da uma gestão - de Serra - desinteressada. Trata-se do episódio que afetou o maior número de pessoas em toda história da cidade. Duvido que tenha havido outro com essa extensão.
No entanto, a velha mídia mentiu. Escondeu a história, poupou o governador, que sumiu durante todo o episódio. Jogou a culpa nas costas do prefeito da cidade e de seus habitantes. Atribuiu as enchentes ao lixo jogado na rua.
Agora, o Estadão usa no seu editorial as informações levantadas pela blogosfera.
Matérias sobre o rebaixamento da calha:
E Ainda QUerem o Batisti de Volta
Itália se nega a extraditar ex-capitão da ditadura uruguaia
O governo italiano, tão empenhado na extradição de Cesare Battisti, adota postura diferente no caso do uruguaio Jorge Troccoli.
Capitão da marinha uruguaia, Troccoli teve uma atuação bastante ativa na tristemente famosa “Operação Condor” (que contou com a participação das ditaduras militares do Uruguai e de outros países sul-americanos), tendo sido responsável pela tortura e morte de mais de uma centena de opositores desses regimes, entre 1975 e 1983. Em 2002, o governo do Sr. Silvio Berlusconi – em sua segunda passagem pela chefia do gabinete de ministros da Itália - concedeu cidadania italiana ao Capitão Troccoli, mesmo sabendo das acusações de crime contra a humanidade que pesavam contra ele.Em setembro do ano passado, o ministro da justiça da Itália, Angelino Alfano, negou-se à extraditar Troccoli para o Uruguai, alegando que ele é cidadão italiano, tomando como base jurídica um tratado assinado entre os dois países em 1879. Portanto, o mesmo governo que nega-se a extraditar um notório torturador, utilizando dessas filigranas jurídicas, é o mesmo que se considera ofendido pela não-extradição de Battisti, que seguiu todas as normas da legislação brasileira, que por sua vez se baseia em uma série de convenções internacionais.
"O curioso é que o governo de Berlusconi negou a extradição de Troccoli para o Uruguai, alegando dupla cidadania", comentou o editor da página Gramsci e o Brasil, Luiz Sérgio Henriques. Henriques argumenta que o caso Troccoli tem "muitas semelhanças" com o de Battisti: "não faltaram pressões diplomáticas do governo uruguaio, recursos às instâncias do Judiciário italiano, etc.", e conclui: "mas o governo de Berlusconi parece irredutível na sua decisão sobre Troccoli, 'o Battisti uruguaio', no dizer do jornal L’Unità. E se trata de um episódio recente, cujas escaramuças diplomáticas e judiciárias mais dramáticas ocorreram em 2008".
Da redação, com agências
Atualizado às 13h30 para acréscimo de informações.
O jornalismo que a velha mídia não fez
Enviado por luisnassif
Nas enchentes de 2009, a mais importante matéria do período foi da Conceição Lemes, no blog Vi o Mundo.
Nela, o engenheiro Júlio Cerqueira César Neto mostra que as enchentes foram fruto de duas irresponsabilidades: redução das obras de limpeza do rio Tietê na gestão Serra e não cumprimento das metas de construção de piscinões nos últimos dez anos.
Levei o engenheiro em um Brasilianas sobre defesa civil. Ele foi taxativo: "Qualquer geólogo e qualquer técnico do DAEE sabe disso. Mas os jornais estão escondendo".
A velha mídia escondeu a causa da maior tragédia coletiva da história da cidade.
Cerqueira César: Enchentes em SP refletem falta de governo | Viomundo - O que você não vê na mídia
Matéria trazida do Viomundo antigo. Publicada originalmente em 20 de dezembro de 2009
Júlio Cerqueira César Neto: “São Pedro e o lixo jogado na rua não foram os responsáveis pelas enchentes de 8 de setembro e 8 de dezembro em São Paulo”
por Conceição Lemes
Filho feio não tem pai. Já se o rebento tem pedigree, sobram candidatos.
O governador de São Paulo, José Serra, é hors concours na área. Assume como dele a criação do Programa Nacional de DST/Aids, do Ministério da Saúde, considerado um exemplo no mundo. Só que os verdadeiros criadores são a doutora Lair Guerra de Macedo Rodrigues e o professor Adib Jatene.
“Serra, pai dos genéricos? PSDB, criador dos genéricos? Assumir como deles é um embuste!”, disse em junho ao Viomundo, o médico Jamil Haddad, falecido na semana passada, aos 83 anos. Ex- deputado federal, ex-prefeito do Rio Janeiro e ministro da Saúde de outubro de 1992 a agosto de1993, Jamil Haddad é o verdadeiro pai dos genéricos do Brasil.
Em compensação, Serra nunca é pai de perebentos. Inexoravelmente culpa os outros. Tanto que terceirizou a paternidade das inundações em São Paulo. Além do desplante de dizer que o noticiário negativo era obra do que chamou de PT Press, o governador afirmou que problema da enchente foi a enorme, anormal, atípica chuva.
Para colocar os pingos nos is, o Viomundo entrevistou o engenheiro Júlio Cerqueira César Neto. Durante 30 anos – está com 80 – foi professor de Hidráulica e Saneamento da Escola Politécnica/USP. É considerado um dos grandes especialistas do Brasil nessa área.
Nela, o engenheiro Júlio Cerqueira César Neto mostra que as enchentes foram fruto de duas irresponsabilidades: redução das obras de limpeza do rio Tietê na gestão Serra e não cumprimento das metas de construção de piscinões nos últimos dez anos.
Levei o engenheiro em um Brasilianas sobre defesa civil. Ele foi taxativo: "Qualquer geólogo e qualquer técnico do DAEE sabe disso. Mas os jornais estão escondendo".
A velha mídia escondeu a causa da maior tragédia coletiva da história da cidade.
Cerqueira César: Enchentes em SP refletem falta de governo | Viomundo - O que você não vê na mídia
Matéria trazida do Viomundo antigo. Publicada originalmente em 20 de dezembro de 2009
Júlio Cerqueira César Neto: “São Pedro e o lixo jogado na rua não foram os responsáveis pelas enchentes de 8 de setembro e 8 de dezembro em São Paulo”
por Conceição Lemes
Filho feio não tem pai. Já se o rebento tem pedigree, sobram candidatos.
O governador de São Paulo, José Serra, é hors concours na área. Assume como dele a criação do Programa Nacional de DST/Aids, do Ministério da Saúde, considerado um exemplo no mundo. Só que os verdadeiros criadores são a doutora Lair Guerra de Macedo Rodrigues e o professor Adib Jatene.
“Serra, pai dos genéricos? PSDB, criador dos genéricos? Assumir como deles é um embuste!”, disse em junho ao Viomundo, o médico Jamil Haddad, falecido na semana passada, aos 83 anos. Ex- deputado federal, ex-prefeito do Rio Janeiro e ministro da Saúde de outubro de 1992 a agosto de1993, Jamil Haddad é o verdadeiro pai dos genéricos do Brasil.
Em compensação, Serra nunca é pai de perebentos. Inexoravelmente culpa os outros. Tanto que terceirizou a paternidade das inundações em São Paulo. Além do desplante de dizer que o noticiário negativo era obra do que chamou de PT Press, o governador afirmou que problema da enchente foi a enorme, anormal, atípica chuva.
Para colocar os pingos nos is, o Viomundo entrevistou o engenheiro Júlio Cerqueira César Neto. Durante 30 anos – está com 80 – foi professor de Hidráulica e Saneamento da Escola Politécnica/USP. É considerado um dos grandes especialistas do Brasil nessa área.
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