quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Durante toda a campanha eleitoral nos foi insinuado por ex-"democratas" aliados a "Demo"cratas que sustentaram e serviram diuturnamente à Ditadura que ceifou vidas e sonhos de gerações inteiras de brasileiros, uma degenerada (i)lógica insana de que seria uma ameaça para a democracia a eleição de exatamente alguém que colocou sua vida em total risco para trazê-la de volta ao Brasil.
A isso se chama subversão mitológica pela desconstrução da lógica.
Continuam a fazê-lo agora encobertos sob uma difusa névoa que "discute" o mito Lula.
Durante toda a campanha, também, nenhuma menção jornalística ao evidente, gritante, retumbante, incandescente rastro brilhante de competência deixado pela então candidata durante toda a sua carreira.
A Secretária de Minas e Energia do único dos 27 estados da federação que se manteve aceso quando o Brasil apagou.
A Ministra que assumiu o Ministério do Apagão e entregou o Ministério Luz Para Todos.
Que entrou na Petrobras das plataformas que afundavam e saiu candidata do Pré-sal.
Que ofereceu, por fim, ao Brasil, um exemplo único de meritocracia na política ao se tornar a primeira técnica funcionária pública de carreira a chegar ao cargo máximo da República pela simples e sucessiva promoção por mérito de um cargo para o cargo imediatamente superior.
E seu último cargo, antes de ser indicada pelo Chefe e referendada pelos Acionistas nas urnas, era tão somente de Gerente-Geral do melhor Governo da História.
Mesmo assim, preferiram sofismar -- ex-democratas e grande mídia -- e desconstruir para reconstruir um mito tosco e torto de que o Exmo. Sr. Melhor Presidente da República a havia escolhido do nada, por súbito impulso ou falta de opção.
E ainda tiveram a infeliz infelicidade de presenteá-la com o impensado apelido de "poste".
Como conhecem pouco de humor estes soberbos suburbanos metidos a europeus.
E menos ainda de energia, aliás, especialidade especialíssima dela, "a poste".
Talvez, por isso, tenha se dado o tal apagão.
Eles nem sabiam que aos postes é dado isso mesmo: iluminar.
A nobre jornalista, ícone global do Jornalismo Investigativo e da Mídia Independente, Amy Goodman, e o Professor Greg Grandin da New York University sabem.
Como sabem também -- e com que ênfase e empolgação destacam isso -, (mesmo amando e vivendo num país que sorriu para nossos conspiradores ditatoriais), o quanto é motivo de honra, admiração e orgulho para qualquer povo e para qualquer ser humano, uma mulher que foi capaz de no melhor da sua juventude arriscar a vida na luta armada contra a repressão, pela liberdade em seu país.
Sim. Assim como o Exmo. Sr. Presidente Lula da Silva, a Exma. Sra. Presidente Dilma Vana Roussef desponta como um mito (ou mita? Prefiro mito!).
Mas não um dos muitos falsos mitos sempre fabricados pelos ex-democratas, pseudo-democratas, proto-democratas, meta-democratas, seus cúmplices, convenientes e coniventes.
Ambos, o Presidente Lula e a Presidente (ou Presidenta? Como referência afirmativa, acho melhor Presidenta!) Dilma são e serão intrínseca, natural e inevitavelmente mitos.
Mas mitos com a História por lastro, créditos e credenciais à frente. E o sacrossanto e imaculado direito a novas opções, confirmações ou correções divergentes de sua própria trajetória, no porvir.
Mitos com pessoas acima do mito.
Que bom ver esse reconhecimento, respeito, admiração e carinho.
Não só no Democracy Now, mas espalhado todo dia por jornais e televisões mundo afora.
Como "nunca antes na história deste país"...
Tomara um dia essas boas falas sobre nós mesmos ecoem por aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário
comentários sujeitos a moderação.