Chega a ser ridícula a entrevista da Folha de hoje com o editor do jornal argentino Clarín.
Aliás, só não é mais ridícula porque a gente já viu como é o comportamento da imprensa brasileira diante de um governo progressista.
O senhor Ricaro Kirshbaum diz que o governo considera a imprensa “um inimigo a combater”. Talvez, mas o Clarín é uma parte da imprensa que considera governos eleitos pelo voto popular um inimigo a combater.
E diz que o governo criou um exército de jornalistas militantes, “um conglomerado(?) de mídia pública e oficial” a seu favor.
Ou algo como os “blogueiros sujos daqui”.
Relações limpas devem ser – será, sr. Khirshbaum? – as que o grupo Clarín manteve com a ditadura do general Jorge Videla, na quele país, que envolveram não só o apoio político como, até, a suspeita, fundada, de que os filhos adotivos da dona do jornal, Ernestina Herrera de Noble, sejam filhos de assassinados políticos do regime, entregues a ela, o que está sendo objeto de ação judicial e exames de DNA?
A Folha, claro, não fez pergunta alguma sobre estas “relações limpas” do Clarín com o regime “ditabrandial” que matou milhafres de argentinos.
Liberdade de imprensa, para os donos dos grandes jornais e para a camada de jornalistas que se torna incondicional às suas vontades, é só para eles.
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