Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sábado, 16 de julho de 2011

Desmascarando Merval Pereira.A forma mais eficiente de desmascarar um mentiroso


A forma mais eficiente de desmascarar um mentiroso é dando a ele espaço para mentir, pois mentirosos subestimam a inteligência alheia.  Se quem mente for inteligente, é mais difícil desmascará-lo. Alguns mentirosos, porém, são estúpidos e sabem disso, mas confiam em “ferramentas” que lhes permitiriam sustentar as mentiras mais frágeis e, assim, tornam-se mais ousados.
O “imortal” Merval Pereira é um homem de Inteligência escassa, por isso conta mentiras mal-elaboradas. Mas por que os gigantes de pés de barro das comunicações prestigiam alguém tão estúpido em vez de buscarem mentirosos que elaborem melhor as suas mentiras? Simples: poucos jornalistas se dispõem a mentir sobre bases tão frágeis. Merval é cultuado pelos barões da mídia porque é burro o suficiente para achar que poderão sustentar suas invencionices.
A prova da burrice desse indivíduo se exibe, despudorada, em artigo que publica no jornal O Globo deste sábado, no qual deixa ver que seus senhores acusaram o golpe que lhes representou o escândalo que fechou as portas do jornal britânico “The News of the World”, do barão internacional da mídia Rupert Murdoch.
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O Globo
16 de julho de 2011
Obsessão
Merval Pereira
Como se sabe, temos no Brasil dois grandes especialistas em imprensa: o ex-presidente Lula e o ex-ministro José Dirceu. Os dois dedicam-se, desde os primeiros meses do primeiro mandato do petista na Presidência da República, a tentar aprovar legislações que controlem a informação, uma tendência que vem se alastrando por toda a América Latina.
O movimento de contenção da liberdade de imprensa está presente em diversos países, como Venezuela, Argentina, Bolívia e Equador, onde TVs, rádios e jornais vão sendo fechados sob os mais variados pretextos, e muitos outros são ameaçados com diversas formas de pressão, seja financeira, seja por meio de medidas judiciais.
No início do governo, tivemos que lutar contra a criação de várias agências oficiais. A Agência Nacional de Cinema e Audiovisual daria poderes para o governo interferir na programação da televisão e direcionar o financiamento de filmes e de toda a produção cultural para temas que estivessem em sintonia com as metas sociais do governo.
O Conselho Nacional de Jornalismo teria a finalidade de controlar o exercício da profissão e poderes para punir, até mesmo com a cassação do registro profissional, os jornalistas que infringissem normas de conduta que seriam definidas pelo próprio conselho.
Os mesmos grupos políticos continuam empenhados em aprovar novos tipos de cerceamento à liberdade de imprensa no país, sob o pretexto de exercer um “controle social” sobre os meios de comunicação, sendo que o Partido dos Trabalhadores decidiu que uma das prioridades é o que chamam, paradoxalmente, de “democratização da comunicação”.
A presidente Dilma, ao assumir o governo, relegou a um plano secundário um projeto que objetivava controlar a informação, sob o pretexto de regulamentação dos novos meios eletrônicos.
Nossos dois “especialistas” voltaram às suas obsessões nos últimos dias. Lula motivado pelas críticas ao apoio oficial ao Congresso da UNE, onde foi o grande homenageado. E José Dirceu incentivado pelo escândalo na imprensa inglesa que provocou o fechamento do jornal “News of the World”, além da demissão de vários dirigentes do conglomerado de informações do magnata Rupert Murdoch, uma espécie de “cidadão Kane” pós-moderno.
Insistindo nos seus equívocos, Lula tentou pela enésima vez menosprezar o peso dos jornais tradicionais que chamaram a reunião da UNE de chapa-branca. E declarou-se “invocado” por considerar que a imprensa não larga do seu pé.
A pretexto de consolar o presidente da UNE, Augusto Chagas, o ex-presidente garantiu a ele que os grandes jornais do Rio e de São Paulo não têm alcance nacional e não chegariam, segundo o ex-presidente, à Baixada Fluminense ou ao ABC paulista.
“Eles não perceberam que as coisas estão mudando no Brasil. O povo não quer mais intermediário entre eles e a informação. O povo está se informando de muitas formas. Muitas formas. E não apenas naqueles (meios) que habitualmente achavam que formavam”, argumentou o ex-presidente, revelando sua peculiar postura ética, além de ignorância em relação à circulação das informações nas novas mídias.
Se a notícia não chega a todo o país, e muito menos ao interior, então não é preciso se preocupar, ensina Lula. O fato em si não tem a menor importância, desde que a grande massa de cidadãos permaneça na ignorância deles.
Esquece-se o presidente que, da mesma maneira que a internet e as novas mídias sociais permitem que as informações circulem mais largamente, com versões de várias fontes, elas também levam as reportagens da grande imprensa aos recantos mais longínquos do país.
Estudo recente demonstra que as reportagens da grande imprensa são replicadas no Facebook, no Twitter e em outras mídias sociais, amplificando sua repercussão.
O ex-presidente também se esqueceu que, no Brasil, a circulação dos jornais vem crescendo, especialmente a dos chamados “jornais populares”, o que leva as questões nacionais a esse público que Lula pretende controlar sozinho, sem a interferência de outros agentes.
Além do mais, os blogs mais acessados são justamente os que se ligam aos principais jornais do país, cujas marcas e tradição lhes dão os meios para apuração das notícias e a credibilidade que muitas vezes faltam a blogs personalistas.
Não é à toa que a presidente Dilma Rousseff vem demitindo ministros e assessores do primeiro escalão com base em denúncias da chamada “grande imprensa”. E, se considerasse mesmo desimportantes os grandes jornais, Lula não perderia seu tempo com eles.
Não há dúvida de que, com o surgimento das novas tecnologias, os jornais perderam a hegemonia da informação, mas continuam sendo fatores fundamentais para cidadania.
O jornalista espanhol José Luis Cebrian, diretor do “El País”, talvez o jornal mais influente hoje da Europa, considera que os jornais perderam a centralidade da formação da opinião pública, mas continuam sendo um “contrapoder”, com uma enorme influência, embora menor do que anteriormente à chegada das mídias sociais.
Ele relembrou em recentes entrevistas que os jornais continuam sendo importantes para a institucionalização democrática dos países, embora precisem se adaptar à nova realidade tecnológica.
Já o escândalo das escutas ilegais do jornal britânico “News of the World” fez com que o ex-ministro José Dirceu recuperasse o fôlego, depois de ter sido reafirmado pelo procurador-geral da República Roberto Gurgel como o “chefe da quadrilha” do mensalão, e voltasse à carga em seu blog na campanha pela “regulação da mídia”, nova maneira de denominar sua permanente tentativa de controlar a informação.
A gravidade do que aconteceu no “News of the World”, com escutas ilegais e chantagens, liga perigosamente a prática de crimes comuns ao jornalismo, o que é inaceitável e põe em risco a própria essência da liberdade de expressão. O jornalismo, instrumento da democracia, não pode se transformar em atividade criminosa.
O interessante é que nem mesmo na Grã-Bretanha, epicentro dessa grave crise do jornalismo, está em discussão uma legislação oficial para controlar meios de comunicação.
São grandes as críticas à atuação da Press Complaints Commission (comissão de queixas sobre a imprensa), órgão formado pelos próprios jornais para se autorregular, e há um amplo debate sobre a revisão de seus critérios para reconquistar a confiança do público britânico.
Mas até agora não apareceu nenhum Dirceu para defender o controle governamental da imprensa.
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O ataque que o pistoleiro de O Globo faz ao ex-presidente Lula e ao ex-ministro José Dirceu, ironizando suas posições sobre a libertinagem que é a comunicação no Brasil, por razão que logo ficará clara deixa de fora um ator importante da democratização da comunicação tentada pelo governo anterior, o ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República Franklin Martins.
Nos dias 9 e 10 de novembro do ano passado, o Governo Federal promoveu o “Seminário Internacional das Comunicações Eletrônicas e Convergência de Mídias”, convocado por iniciativa de Franklin. O evento teve a finalidade de debater os impactos das mudanças tecnológicas. O objetivo foi o de fornecer subsídios para legisladores, reguladores, formuladores de políticas públicas e segmentos empresariais e da sociedade civil que lidam com as diversas questões relacionadas às comunicações.
Naquele Seminário, foi possível discutir os rumos das comunicações eletrônicas por meio da troca de experiências com outros países e conhecer os avanços e limitações de seus processos regulatórios. Participaram, como palestrantes, dirigentes e representantes de órgãos de regulação da mídia dos países que detêm as legislações mais avançadas nessa questão. Foram convidados os dirigentes das seguintes entidades:
- Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom/Portugal)
-Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC/Portugal)
- Conselho Superior do Audiovisual (CSA – Conseil Supérieur de l´Audiovisuel/França)
- Comissão de Mercado das Telecomunicações (CMT – Comisión del Mercado de las Telecomunicaciones/Espanha)
- Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (AFSCA – Autoridad Federal de Servicios de Comunicación Audiovisual/Argentina)
- Office of Communications (Ofcom/Reino Unido)
- Comissão Federal de Comunicações (FCC – Federal Communications Commission/Estados Unidos)
Além dos dirigentes de agências reguladoras da comunicação social dos países mais desenvolvidos nessa área, foram convidados especialistas na área de regulação da Comissão Européia, da Unesco e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O convite a essas pessoas e entidades mostra quão falsas são as alegações de Merval. O que se buscava, então, era dar ao Brasil um desses órgãos que todo país civilizado tem. E quando ele diz, em seu texto mentiroso, que isso ERA buscado, é porque o atual governo parece ter abandonado os projetos do governo anterior nesse sentido. E esse é um dos três únicos elementos de verdade no texto mentiroso do colunista de O Globo – os outros serão revelados mais adiante.
Merval afirma que “nem mesmo na Grã-Bretanha, epicentro dessa grave crise do jornalismo, está em discussão uma legislação oficial para controlar meios de comunicação”. Ora, mas é claro que não está em discussão, simplesmente porque essa legislação já existe, além de uma agência reguladora, a Ofcom, que, matreiramente, o colunista de O Globo omite que existe. Não existe apenas a “Press Complaints Commission (comissão de queixas sobre a imprensa), órgão formado pelos próprios jornais para se autorregular”.
De acordo com a exposição de Vicent Edward Affleck, diretor internacional da agência britânica de regulação da mídia, a Ofcom (sigla em inglês para Office of Communications), o órgão é gerido por um colegiado misto, formado pela sociedade civil e funcionários públicos indicados pelo Estado. Além do que, grupos de interesse da sociedade civil atuam ativamente na fiscalização da mídia e acionam a agência em casos que considerem irregulares.
O que pretendia o governo Lula, portanto, era apenas isso, pois não temos nada parecido no Brasil. A mídia faz o que quer, quando quer e como quer. É uma “casa da mãe Joana”. E Merval sabe disso porque participou ativamente do evento promovido pela Secom, que foi, inclusive, mediado por um representante da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão). Ou seja: Merval mente.
Mas há dois outros elementos de verdade no texto majoritariamente mentiroso desse sujeito. Um desses elementos está presente quando ele reconhece que “São grandes as críticas à atuação da Press Complaints Commission (comissão de queixas sobre a imprensa), órgão formado pelos próprios jornais para se autorregular”. E que “Há um amplo debate sobre a revisão de seus critérios para reconquistar a confiança do público britânico”.
O que aconteceu na Inglaterra, aconteceu porque, apesar de o país ter uma legislação de regulação da mídia anos-luz à frente da nossa – que, aliás, nem existe –, esse país ainda é, de fato, o mais liberal nesse aspecto. As agências francesa (CSA) e portuguesa (ERC), porém, consideram que a legislação inglesa de autorregulação é responsável pelo escândalo do The News of the World simplesmente porque não se pode pôr a raposa para tomar conta do galinheiro.
De qualquer forma, tanto no Reino Unido quanto nos demais países a legislação é dura e fiscaliza com mão de ferro sobretudo a imparcialidade dos meios de comunicação, principalmente durante períodos eleitorais.
Por fim, o terceiro elemento de verdade na empulhação de Merval Pereira pode ser visto quando ele reconhece que “Com o surgimento das novas tecnologias, os jornais perderam a hegemonia da informação”. Apesar de apresentar o fato como símbolo do poder dos barões da mídia que Lula e José Dirceu colocaram em questão, o dado correto é o de que ela perdeu a hegemonia que detinha.
Nesse aspecto, vale a pena ler texto bem mais honesto de um colega de Merval nas Organizações Globo. Artigo recente do jornalista Paulo Moreira Leite, em seu blog, mostra o fato pelo aspecto correto. É imprescindível a leitura desse texto porque revela a razão do desespero que leva a família Marinho a usar gente como Merval para tentar tapar o sol com a peneira.
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Do blog de Paulo Moreira Leite
12 de julho de 2011
A herança que chegou a todos nós
Na medida em que surgem novas indecências no arquivo de imoralidades praticadas pelos jornais de Robert Murdoch, torna-se obrigatório fazer uma pergunta maior.
A questão é definir o papel de Robert Murdoch, o maior empresário de comunicações do planeta, no negócio mundial da mídia. É uma questão imensa e complicada, vamos combinar. Mas é possível fazer algumas observações.
Todos nós, jornalistas e leitores, temos consciência de que no mundo inteiro existe um fenomeno que costuma ser descrito como uma crise nos meios de comunicação. Jornais e revistas não param de perder leitores. O mesmo ocorre com canais abertos de TV e com emissoras de rádio.
O conteúdo da mídia, diz-se, tornou-se menos profundo, menos plural, mais superficial e mais vulgar. Sem dúvida, é cada vez mais apelativo.
Não há dúvida de que boa parte dessas dificuldades é o resultado de mudanças no modo de vida das sociedades contemporâneas.
Podemos listar vários fatores. Por exemplo: os cidadãos querem viver num mundo mais horizontal — e a velha mídia funciona no esquema clássico das sociedades verticais. Graças não só a internet, mas também a formidável elevação dos níveis de educação, o leitor comum possui hoje um acesso primário à informação e a cultura que lhe permite dispensar boa parte das reportagens e análises que as revistas e jornais tem para oferecer.
Há outras mudanças, porém, que são produto de transformações ocorridas dentro da mídia. Não foi só o mundo que mudou. O produto também mudou. E, sob vários aspectos, mudou para pior.
Acho difícil negar que Murdoch e suas empresas tenham dado uma contribuição importante nestas mudanças.
Com um império econômico de vários bilhões de dólares, instalado no centro do capitalismo mundial, operando no segundo idioma dos 6 bilhões de moradores do planeta, Murdoch ajudou a trazer uma nova lógica para um velho negócio. Não foi o único, com certeza. Mas, pela economia e pela geografia, foi um dos mais importantes e talvez o mais decisivo.
No passado, quando  o  jornalismo era uma profissão invejada pela influencia e prestígio havia a preocupação com um certo rigor na informação, com a separação entre o público e o privado, na distinção clássica entre os interesse da Igreja (o jornal) e o Estado (a empresa).
É claro que todos procuravam equilibrar o negócio. As vendas e a conquista de novos leitores sempre foi um ponto essencial da atividade. Mas havia um pouco de pudor. Nem tudo era industria, comercio e finanças. A preocupação com vendas não fazia parte da pauta das redações.
De uns anos para cá, ocorreu uma mudança no eixo da profissão.
Para dizer muito numa frase curta, o jornalismo banalizou-se. Tornou-se uma atividade empresarial como tantas outras. Frequentemente procura ser rentável como um investimento de alto risco,  alienada como uma fábrica de sabonetes, descartável como filminho que a TV  exibe à tarde.
Murdoch foi um dos homens que ajudou a alterar a lógica dessa atividade. Não por acaso, o crescimento de suas empresas coincide com uma mudança no padrão do jornalismo, nos valores em vigor em muitas redações, na meta de trabalho e formação dos profissionais.
Antes, as empresas jornalísticas eram fruto de investimentos de origem familiar, com compromissos definidos por seus fundadores e patronos, competindo por leitores num mercado onde não faltava espaço para a diversidade e a concorrência.
Com uma reconhecida capacidade para encontrar oportunidades favoráveis a seus interesses e batalhar com afinco por eles, Murdoch ajudou a transformar as empresas de comunicação em grandes corporações, impessoais, sem perfil e sem história, dependentes e até associadas a grandes grupos financeiros. Em suas mãos, o pequeno negócio deixou de fazer sentido. Precisava do grande capital, do monopólio do mercado.
Embora nunca tivesse renunciado a suas idéias políticas, de profunda matriz conservadora, sua prioridade real não envolve a qualidade do conteúdo que oferecia — mas a força de mercado que cada novo jornal, cada nova emissora de TV, poderia lhe acrescentar. Seu interesse fundamental não envolvia a mídia como entretenimento, como formação de cidadãos, como parte da democracia, como notícia, mas como instrumento de poder.
Daí a profusão de aquisições, compras e fusões. Embora jamais tenha aberto mão de escândalos em seus veículos, a estratégia não era competir mas eliminar os adversários, transformando-se na única opção para anunciantes e consumidores.
Denuncias e investigações fizeram a glória do jornalismo desde sempre. Mas, enquanto bons jornais e revistas produzem revelações com alguma relação com o interesse público, a rede de Murdoch procura o sucesso em questões privadas, em reportagens que desmoralizam e humilham seus personagens.
Se fosse um empresário fraco, numa cidade remota da Austrália, Murdoch teria criado uma igreja de jornalismo de alcance local e folclórica, como tantas que se encontra em pontos diversos do mundo.
Mas, pelo seu tamanho e sua influencia, tornou-se um padrão imitado e copiado, com outra lógica e outra finalidade. Pela força econômica e pela crescente influencia política, impôs seus métodos aos países onde passou a atuar, num processo de contágio crescente e irresistível, contaminando concorrentes incapazes de enfrentar a chamada desvantagem competitiva.
Como me disse certa vez um dos grandes empresários de mídia do Brasil:
– Se o seu maior concorrente é um grande sonegador de impostos, você tem tres coisas a fazer: ou começa a sonegar impostos como ele, para competir em igualdade de condições. Ou prepara-se para ter custos maiores e lucros menores. Ou muda de ramo.
Foi isso o que ocorreu com a mídia em torno de Murdoch — e não estamos falando de sonegação de impostos, evidentemente.
Felizmente, não é em todo lugar que os repórteres contratam empresas de investigação para promover escutas telefônicas e bisbilhotar a saúde de crianças.
Nem todos os governos se curvam diante dos senhores da mídia de seus respectivos países.
Seria igualmente errado dizer que todas as empresas de comunicação aplicam os mesmos métodos e exibem a mesma falta de escrúpulos.
Mas é difícil negar que há um pouco de Robert Murdoch no pior do que a imprensa mundial exibe hoje, concorda?
BLOG CIDADANIA _ EDUGUIM

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