*crise bancária do euro: George Soros e mais 1.300 empresários e políticos lançam carta aberta pedindo solução imediata para a crise bancária e fiscal da Europa** 'Ocupe o Copom': dia 18, lançamento do manifesto liderado por sindicatos metalúrgicos, pelo corte dos juros. Pesquisas indicam que Cristina Kirchner pode ter a maior votação da história da Argentina desde o retorno do país à democracia, em 1983.As enquetes divulgadas esta semana apontam sua vitória no 1º turno do pleito de domingo,dia 23,quatro dias antes do primeiro aniversário da morte de seu marido, Nestor Kirchner, que a antecedeu na Presidência, de 2003 a 2007 (leia reportagem do correspondente em Buenos Aires nesta pag). Superior ao desempenho previsto para Cristina (53% a 57%) só há 3 registros na história argentina:Perón , em 52 e 73 e, antes dele, Hipólito Yrigoyen, em 28. Para quem é informado exclusivamente pelos veículos da grande imprensa brasileira, o panorama na reta final desconcerta pelo fosso entre o que se noticia aqui e as evidencias em sentido contrário vindas de lá. Se o governo Cristina é descrito como uma espécie de Olaria Futebol Clube, como então essa goleada no que nos é vendido como sendo o Barcelona da pampa? Como um governante de um ciclo carimbado como um dos mais ineptos e corruptos; que declarou moratória de US$ 145 bi, impondo aos credores o maior desconto da história mundial (70%); julgou e prendeu militares e torturadores; taxou e confiscou receita do agronegócio,;estatizou o papel de imprensa e bateu de frente com a mídia conservadora chegou a esse desempenho, após oito anos desastrosos? Iniciado em 2003, o ciclo Kirchner herdou uma taxa de pobreza produzida pelo extremismo neoliberal que afetava 60% dos 37 milhões de argentinos.Hoje a economia cresce a 8% ao ano. Sim, beneficiada pelo ciclo de alta das commodites; se a China desacelerar, os flancos do modelo primário-exportador emergirão -- lá,cá e nos demais 70% do planeta atados à demanda chinesa. Em contrapartida, desdenha-se que a pobreza agora, segundo o Inde (oficial), abrange menos de 10% da população (2,5 milhões de pessoas). Com um porém, retrucam os oposicionistas. Sendo o dobro do índice oficial, a inflação efetiva distorce todas as referencias de renda real. Pode ser uma parte da verdade.Não toda ela. Dia 23 as urnas anunciarão o saldo político dessa tabulação histórica que a mídia sempre sonegou.
(Carta Maior; 4ª feira, 12/10/ 2011)
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