A Amazonia Legal envolve nove estados brasileiros que têm problemas econômicos e sociais idênticos. Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão somam 5.217.423 km², ou 61% do território brasileiro. Conhecer a região em que será (?) construída a usina hidrelétrica de Belo Monte é vital para deslindar a gigantesca e multimilionária campanha internacional para que a obra não seja construída.
A população da Amazônia Legal corresponde a pouco mais de 10% dos cerca de 190 milhões de habitantes do Brasil, reunindo cerca de 20 milhões de pessoas, o que dá menos do que a população da grande São Paulo. Nos nove estados da Amazônia legal residem 55,9% da população indígena brasileira, ou seja, cerca de 250 mil pessoas, segundo o Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (SIASI), da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).
Entre os problemas sociais do Pará, sobressaem dois: o primeiro é a propriedade de terras, pois o estado é dominado pelo latifúndio, sendo que 1% das propriedades rurais ocupa mais da metade da extensão territorial do Estado, e o segundo é o alto registro de trabalho escravo.
Na saúde, a malária ainda preocupa por sua alta incidência e a taxa de mortalidade infantil é de 23 para cada mil nascidos vivos – bem acima da taxa nacional, de 19,4. Na Educação, analfabetismo, por exemplo, bate nos 11%, contra média nacional de 9%, sendo que, nos estados do Sul, a taxa cai para pouco mais de 4%.
Melhor nem falar de Saneamento Básico, Transporte, Segurança Pública etc.
A Amazônia Legal, portanto, é a região mais atrasada do Brasil, com índices de qualidade de vida entre os piores. Nesse contexto, o Pará é a região mais sem lei da Amazônia Legal por ser a mais pisoteada pelo latifúndio e pelo trabalho escravo. Por certo todos se lembram da missionária Dorothy Stang, assassinada no Pará a mando de latifundiários que combatem a todo custo a chegada do progresso à região.
Não foi por outra razão que, em abril do ano passado, o ex-presidente Lula defendeu enfaticamente, em audiência pública, a construção de Belo Monte. Segundo disse naquela oportunidade, “Ficamos praticamente 20 anos proibidos totalmente de fazer estudos para a viabilidade da construção da hidrelétrica de Belo Monte. Não era fazer a hidrelétrica, não. Era a proibição de estudo”, disse.
Segundo Lula, o projeto foi alterado para que o governo pudesse dar todas as garantias ambientais: “Obviamente que o projeto que foi feito foi modificado. O lago [da hidrelétrica] é um terço daquilo que estava previsto anteriormente exatamente para que a gente possa dar todas as garantias ambientais e dizer a qualquer habitante do planeta Terra que ninguém tem mais preocupação de cuidar da Amazônia e de nossos índios do que nós”, declarou.
Lula, naquela oportunidade, também criticou a atuação de ONGs internacionais e seus protestos contra a construção da usina: “Vi nos jornais hoje que tem muitas ONGs vindo de vários cantos do mundo e alugando barco pra ir pra Belém pra poder tentar evitar que façamos a hidrelétrica“, afirmou.
Só para registro, Lula deu tais declarações durante discurso de abertura do 21º Congresso do Aço, em São Paulo. Abaixo, o vídeo com tais declarações.
As ONGs, ambientalistas e integrantes do Ministério Público e do Judiciário também já foram alvo de duras críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso por imporem “obstáculos excessivos” à realização de obras necessárias ao país como a construção de Belo Monte. Palavras textuais do ex-presidente: “Que nos obriguem a cumprir à risca a legislação ambiental, mas não paralisem o país. O país tem fome de energia e fome de crescimento“.
Após os primeiros posts que publiquei sobre o assunto Belo Monte, decidi pesquisar mais. Entre outras coisas que me chamaram a atenção, dois ex-presidentes de distintas posições político-ideológicas e partidárias dizendo coisas tão semelhantes me fizeram ficar ainda mais desconfiado desse gigantesco e multimilionário aparato contra uma obra que certamente levaria civilização a uma parte do país que vive no século XIX, se tanto.
São peças publicitárias bem elaboradas, com deslocamentos de equipes de filmagens financiadas por milhares de ONGs estrangeiras, com o apoio de personalidades internacionais como Leonardo Di Caprio, Sigourney Weaver, James Cameron e Arnold Schwarzenegger, entre muitos outros, além, agora, de atores e atrizes da Globo que embarcaram na onda dos famosos internacionais e fizeram a versão tupiniquim do movimento “ambientalista”.
A campanha contra Belo Monte é cara e esmagadora. Vários comentaristas, aqui no blog e em redes sociais, disseram que meus posts recentes sobre o assunto tinham sido as primeiras posições diferentes que haviam visto até então. Contudo, estão enganados. Não faz muito tempo, o jornalista Paulo Henrique Amorim publicou em seu blog relatório que a Agencia Brasileira de Inteligência, a Abin, fez sobre esses movimentos contra a construção da usina.
Quem quiser pode ler o relatório da Abin, publicado por PHA, clicando aqui. Contudo, se o leitor quiser poupar tempo, basta saber que além de elencar as ONGs estrangeiras que atuam na região o que o tal relatório revela – e que desperta desconfiança – é a informação de que governos estrangeiros estão financiando essas ONGs e as campanhas multimilionárias que vêm empreendendo contra uma obra que, a despeito dos danos ambientais, certamente levaria civilização a um Estado que mais lembra o Velho Oeste americano.
Não se pode negar, claro, que existe muita gente de boa fé militando contra a construção de Belo Monte. Tampouco se nega que a construção dessa obra tem que ser feita sob intensa fiscalização para impedir abusos e violações ambientais e sociais. Contudo, de uma coisa o leitor pode ter certeza: a única forma de garantir a soberania brasileira sobre a Amazônia é levar o desenvolvimento sustentável à região.
O Brasil tem que tomar posse da Amazônia antes que algum aventureiro o faça “em nome da humanidade” enquanto gasta fortunas em peças publicitárias e expedições salvacionistas. Fortunas, aliás, que poderiam resolver os problemas sociais que castigam os exíguos contingentes populacionais daquela região sofrida e esquecida. O desenvolvimento, se vier, acabará com a farra de escravagistas, latinfundiários e seus pistoleiros no Pará.
A população da Amazônia Legal corresponde a pouco mais de 10% dos cerca de 190 milhões de habitantes do Brasil, reunindo cerca de 20 milhões de pessoas, o que dá menos do que a população da grande São Paulo. Nos nove estados da Amazônia legal residem 55,9% da população indígena brasileira, ou seja, cerca de 250 mil pessoas, segundo o Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (SIASI), da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).
Entre os problemas sociais do Pará, sobressaem dois: o primeiro é a propriedade de terras, pois o estado é dominado pelo latifúndio, sendo que 1% das propriedades rurais ocupa mais da metade da extensão territorial do Estado, e o segundo é o alto registro de trabalho escravo.
Na saúde, a malária ainda preocupa por sua alta incidência e a taxa de mortalidade infantil é de 23 para cada mil nascidos vivos – bem acima da taxa nacional, de 19,4. Na Educação, analfabetismo, por exemplo, bate nos 11%, contra média nacional de 9%, sendo que, nos estados do Sul, a taxa cai para pouco mais de 4%.
Melhor nem falar de Saneamento Básico, Transporte, Segurança Pública etc.
A Amazônia Legal, portanto, é a região mais atrasada do Brasil, com índices de qualidade de vida entre os piores. Nesse contexto, o Pará é a região mais sem lei da Amazônia Legal por ser a mais pisoteada pelo latifúndio e pelo trabalho escravo. Por certo todos se lembram da missionária Dorothy Stang, assassinada no Pará a mando de latifundiários que combatem a todo custo a chegada do progresso à região.
Não foi por outra razão que, em abril do ano passado, o ex-presidente Lula defendeu enfaticamente, em audiência pública, a construção de Belo Monte. Segundo disse naquela oportunidade, “Ficamos praticamente 20 anos proibidos totalmente de fazer estudos para a viabilidade da construção da hidrelétrica de Belo Monte. Não era fazer a hidrelétrica, não. Era a proibição de estudo”, disse.
Segundo Lula, o projeto foi alterado para que o governo pudesse dar todas as garantias ambientais: “Obviamente que o projeto que foi feito foi modificado. O lago [da hidrelétrica] é um terço daquilo que estava previsto anteriormente exatamente para que a gente possa dar todas as garantias ambientais e dizer a qualquer habitante do planeta Terra que ninguém tem mais preocupação de cuidar da Amazônia e de nossos índios do que nós”, declarou.
Lula, naquela oportunidade, também criticou a atuação de ONGs internacionais e seus protestos contra a construção da usina: “Vi nos jornais hoje que tem muitas ONGs vindo de vários cantos do mundo e alugando barco pra ir pra Belém pra poder tentar evitar que façamos a hidrelétrica“, afirmou.
Só para registro, Lula deu tais declarações durante discurso de abertura do 21º Congresso do Aço, em São Paulo. Abaixo, o vídeo com tais declarações.
As ONGs, ambientalistas e integrantes do Ministério Público e do Judiciário também já foram alvo de duras críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso por imporem “obstáculos excessivos” à realização de obras necessárias ao país como a construção de Belo Monte. Palavras textuais do ex-presidente: “Que nos obriguem a cumprir à risca a legislação ambiental, mas não paralisem o país. O país tem fome de energia e fome de crescimento“.
Após os primeiros posts que publiquei sobre o assunto Belo Monte, decidi pesquisar mais. Entre outras coisas que me chamaram a atenção, dois ex-presidentes de distintas posições político-ideológicas e partidárias dizendo coisas tão semelhantes me fizeram ficar ainda mais desconfiado desse gigantesco e multimilionário aparato contra uma obra que certamente levaria civilização a uma parte do país que vive no século XIX, se tanto.
São peças publicitárias bem elaboradas, com deslocamentos de equipes de filmagens financiadas por milhares de ONGs estrangeiras, com o apoio de personalidades internacionais como Leonardo Di Caprio, Sigourney Weaver, James Cameron e Arnold Schwarzenegger, entre muitos outros, além, agora, de atores e atrizes da Globo que embarcaram na onda dos famosos internacionais e fizeram a versão tupiniquim do movimento “ambientalista”.
A campanha contra Belo Monte é cara e esmagadora. Vários comentaristas, aqui no blog e em redes sociais, disseram que meus posts recentes sobre o assunto tinham sido as primeiras posições diferentes que haviam visto até então. Contudo, estão enganados. Não faz muito tempo, o jornalista Paulo Henrique Amorim publicou em seu blog relatório que a Agencia Brasileira de Inteligência, a Abin, fez sobre esses movimentos contra a construção da usina.
Quem quiser pode ler o relatório da Abin, publicado por PHA, clicando aqui. Contudo, se o leitor quiser poupar tempo, basta saber que além de elencar as ONGs estrangeiras que atuam na região o que o tal relatório revela – e que desperta desconfiança – é a informação de que governos estrangeiros estão financiando essas ONGs e as campanhas multimilionárias que vêm empreendendo contra uma obra que, a despeito dos danos ambientais, certamente levaria civilização a um Estado que mais lembra o Velho Oeste americano.
O relatório da Abin não levanta nenhuma ilegalidade, por enquanto, mas vídeo recente gravado em resposta ao do Movimento Gota D’Água, com os atores e atrizes da Globo, revela o tamanho dessa onda internacional contra Belo Monte ao citar o número espantoso de mais de 100 mil ONGs envolvidas na campanha, além das incessantes incursões de estrangeiros na região. Abaixo, o vídeo “Quem Manda no Brasil?”.
São mais do que conhecidas as ambições internacionais sobre a Amazônia e as personalidades e governos estrangeiros que relativizam a soberania brasileira sobre o território. Há até um site especializado que oferece informações sobre a cobiça estrangeira e que mostra que a preocupação ambiental de países que destruíram suas reservas naturais nem sempre é o objetivo de campanhas que, repito, podem manter 61% do território brasileiro no século XIX, se tanto.Não se pode negar, claro, que existe muita gente de boa fé militando contra a construção de Belo Monte. Tampouco se nega que a construção dessa obra tem que ser feita sob intensa fiscalização para impedir abusos e violações ambientais e sociais. Contudo, de uma coisa o leitor pode ter certeza: a única forma de garantir a soberania brasileira sobre a Amazônia é levar o desenvolvimento sustentável à região.
O Brasil tem que tomar posse da Amazônia antes que algum aventureiro o faça “em nome da humanidade” enquanto gasta fortunas em peças publicitárias e expedições salvacionistas. Fortunas, aliás, que poderiam resolver os problemas sociais que castigam os exíguos contingentes populacionais daquela região sofrida e esquecida. O desenvolvimento, se vier, acabará com a farra de escravagistas, latinfundiários e seus pistoleiros no Pará.
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