Aécio Neves deixou de ser o "queridinho". Ao menos é isto que parte da imprensa paulista está disseminando na última semana. Lembremos que o queridinho de parte da imprensa paulista é José Serra. Mas, mesmo assim, Aécio tem enfrentado dificuldades reais. Destaco 4 obstáculos:
1) É mineiro, de fato e direito. Uma barreira para a grande imprensa paulista, a mais nacional do país. E também o faz muito "tímido" para os padrões da política nacional. Aécio tem dificuldades para aparecer publicamente com arma em punho, criticando, sendo agressivo. Quase sempre, aparece com pauta positiva. E conversa em demasia nos bastidores, o que o faz mais invisível ainda;
2) Esteve, nos últimos oito anos, sob a guarda de Lula, o político mais popular do país. Lula o blindou dos ataques petistas, o que vale dizer, de muitas ongs, redes sociais e movimento sindical. Agora, o cenário é outro e está apanhando para valer;
3) Não entra no nordeste. Este é principal obstáculo territorial. E o nordeste é o segundo colégio eleitoral regional do país. Sem nordeste, seu fôlego é curto. Para piorar, o DEM deve se fundir com o PMDB em 2013. Ou o PSDB faz uma proposta melhor ao DEM (com todos problemas advindos da disputa Serra-Aécio) ou...
4) Discurso anacrônico. Choque de gestão e privatização não dá mais. Foi agenda pré-crise 2008. Agora, alguma pitada de Keynes é ordem do dia. E Aécio nem sabe quem foi Keynes.
2) Esteve, nos últimos oito anos, sob a guarda de Lula, o político mais popular do país. Lula o blindou dos ataques petistas, o que vale dizer, de muitas ongs, redes sociais e movimento sindical. Agora, o cenário é outro e está apanhando para valer;
3) Não entra no nordeste. Este é principal obstáculo territorial. E o nordeste é o segundo colégio eleitoral regional do país. Sem nordeste, seu fôlego é curto. Para piorar, o DEM deve se fundir com o PMDB em 2013. Ou o PSDB faz uma proposta melhor ao DEM (com todos problemas advindos da disputa Serra-Aécio) ou...
4) Discurso anacrônico. Choque de gestão e privatização não dá mais. Foi agenda pré-crise 2008. Agora, alguma pitada de Keynes é ordem do dia. E Aécio nem sabe quem foi Keynes.
Rudá Ricci
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