Por Altamiro Borges
Na quarta-feira passada (14), as “meninas do Jô” foram novamente acionadas pela TV Globo. Após um longo tempo de sumiço, Lucia Hippolito, Cristiana Lobo, Lilian Witte Fibe e Ana Maria Tahan voltaram ao programa comandado por Jô Soares. O retorno, em pleno ano de eleições municipais (coincidência?), deve causar preocupação. Afinal, o quarteto é conhecido por suas posições políticas direitistas.
As “meninas do Jô” não têm nada de inocente e neutro. Elas se projetaram no conturbado período do chamado “escândalo do mensalão do PT”, com a sua ácida oposição ao governo Lula. Tornaram-se um símbolo da partidarização da TV Globo, que apostou todas suas fichas no sangramento do ex-presidente da República – beirando inclusive a proposta do impeachment de Lula.
Gafe preconceituosa de Jô Soares
Na reestreia, as “meninas do Jô” evitaram comentários mais polêmicos e corrosivos. Elas trataram de temas gerais, sem a famosa verve oposicionista. O deslize coube ao próprio Jô Soares, que esbanjou preconceito contra os moradores das comunidades do Rio de Janeiro. Mesmo assim, é bom ficar esperto. Será que as “meninas do Jô” irão agora praticar um jornalismo mais isento?
Será que elas vão fazer algum comentário mais crítico sobre as ligações do mafioso Carlinhos Cachoeira com o líder dos demos Demóstenes Torres? Será que vão abordar as denúncias contidas no livro “A privataria tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro? Será que irão destilar seu veneno contra os candidatos do PSDB e do DEM às principais prefeituras do Brasil?
“Haja bolinha de papel”
O próprio Jô Soares deu uma dica sobre qual será o papel das “calunistas” da TV Globo. Informou que “as meninas” voltarão uma vez por mês, pelo menos, “para comentar os fatos como, por exemplo, o mensalão que vai ser julgado agora”. Como já alertou o blog “Os amigos do presidente Lula”, é bom ficar atento às novas manipulações da poderosa emissora.
“Num ano eleitoral, a Rede Golpe escala toda sua programação para sua pauta única de sempre: campanha eleitoral negativa anti-Lula, anti-Dilma, anti-trabalhadores. Se preparem, porque haja bolinha de papel”.
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