A sólida dianteira de Haddad em SP, reafirmada pelo Ibope e o Datafolha desta 5ª feira, deixa ao conservadorismo pouca margem para reverter uma vitória histórica do PT e -- talvez-- a derradeira derrota na biografia política de José Serra. Ainda assim há riscos. E não são pequenos. Há alguma coisa de profundamente errado com a liberdade de expressão num país em que, a cada escrutínio eleitoral, a maior preocupação de uma parte da opinião pública e dos partidos, nos estertores de uma campanha como agora, não seja propriamente com o embate de idéias, mas com a 'emboscada da véspera''. Não se argui se ela virá; apenas como e quando a maior emissora de televisão agirá na tentativa de raptar o discernimento soberano da população, sobrepondo-lhe suas preferências, seus candidatos e seus interditos.Tornou-se uma aflita tradição nacional acompanhar a contagem regressiva dessa fatalidade que desgraçadamente instalou-se no calendário eleitoral para corroê-lo por dentro. Após 10 anos no governo, as forças progressistas não tem mais o direito de contemporizar com uma doença maligna que pode invalidar a democracia e desfibrar a sociedade. Que a votação deste domingo seja a última tendo as urnas como refém da Globo,seus anexos e aliados.
Ato na USP: "Haddad é resposta da civilização à barbárie"
No ato "São Paulo quer Mudança", promovido no final da tarde de terça-feira pelo Coletivo de Estudantes em Defesa da Educação Pública, professores da Universidade de São Paulo (USP) manifestaram apoio à candidatura de Fernando Haddad (PT). Nas falas, a eleição de Haddad foi apontada como uma possibilidade de mudança, uma resposta da civilização à barbárie. Para a professora Marilena Chauí, Haddad aparece para São Paulo como uma passagem do medo, vindo da atual gestão, para a esperança no resgate da imagem cidadã da cidade.
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