O jornal Brasil Econômico dedica 392 páginas a uma entrevista com Mauro Paulino, diretor-geral do Datafalha.
(Muitas vezes, é prudente separar o que diz o Datafalha do que diz a Fel-lha de SP (*). É que os “pesquisólogos” da Fel-lha, na ânsia de derrotar a Dilma no teclado do computador – e de servir ao patrão – dizem o que o Datafalha não endossaria. É o caso da Hosian Quenedy, daquela rádio que faz mutreta com a notícia: anunciou a vitória do Arrocho Neves !)
Nessa fluvial entrevista Paulino diz:
“A Dilma permanece como favorita para ganhar no primeiro turno”…
Diz também que levar o Príncipe da Privataria para o palanque do Aécioporto é suicídio.
Que o Lula é o maior cabo eleitoral do país.
E que horário eleitoral não tem a menor importância.
É o que dizem o Príncipe e seu alter ego, o Ataulfo Merval (**).
Então, tá: o Aécioporto, num raro gesto de grandeza, renuncia aos 4′ do seu horário eleitoral e dá à Dilma…
Que tal ?
Paulino faz sensata observação sobre os vazamentos de “pesquisa” que levam a Bolsa a subir e a descer – clique aqui para ler de Carlos Drummond, na Carta Capital, “terrorismo econômico tem nome e sobrenome”.
Diz Paulino: a especulação na bolsa (com os vazamento – PHA) é algo que está me incomodando muito. As pesquisas estão supervalorizadas. Elas não podem ser vistas como prognóstico, e sim como diagnóstico do que já aconteceu.
Taí, Paulino, ah ! se os pesquisólogos da Fel-lha lessem isso !
Se te lessem a Quennedy e sua colega, a Cristiana Globo, que, na GloboNews, analisa as pesquisas como se fossem resultado eleitoral e se refere ao Governo como “eles”.
O Conversa Afiada compartilha desse sentimento de Paulino: o Brasil é o único pais do mundo em que ministro (?) do Supremo dá HC Canguru e se levam duas (e só duas !) pesquisas a sério !
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos, estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.
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