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Apesar do inegável avanço da direita no país, uma nova centro-direita que se revelou a partir do momento em que Marina Silva e o PSB aderiram à candidatura Aécio Neves, no segundo turno, transformou-se na grande perdedora da eleição presidencial deste ano. E este texto pretende comprovar esse fato com números, acima de tudo.
Lembremo-nos de como tudo começou. No início oficial da campanha eleitoral à Presidência de 2014, Dilma tinha uma situação confortável e caminhava para uma reeleição tranquila. Pesquisa Datafolha divulgada em 18 de julho último mostrava Dilma Rousseff com 36% dos votos totais, Aécio Neves com 20% e Eduardo Campos com 8%.
No segundo pelotão, o Pastor Everaldo Pereira (PSC) aparecia com 3%; José Maria (PSTU), Luciana Genro (PSol), Eduardo Jorge (PV), Rui Costa Pimenta (PCO), e Eymael (PSDC), com 1% cada. Os candidatos Levy Fidelix (PRTB) e Mauro Iasi (PCB) não atingiram 1%. Uma parcela de 13% dos eleitores votaria em branco ou anulariam o voto e 14% estavam indecisos.
Havia empate numérico entre Dilma e os candidatos de oposição, mas era esperável uma reação da petista, quem, até então, apanhava diariamente da mídia sem poder dar o contraponto que a propaganda eleitoral no rádio e na TV, a começar dali a dias, lhe permitiria.
Eis que menos de 30 dias depois, especificamente no dia 13 de agosto – considerado o mais azarado daquele que é conhecido como “mês do desgosto” –, Eduardo Campos perde a vida em um dos acidentes aéreos mais estranhos da história recentíssima, apesar de as investigações terem apontado para “fatalidade” ou “erro do piloto”.
No âmbito da campanha virulenta e cheia de golpes que seria movida contra Dilma enquanto era acusada de “jogo baixo” por fazer críticas legítimas a propostas dos adversários tais como autonomia do Banco Central ou choque monetário para “baixar a inflação a 3%”, os mesmos golpistas que, recentemente, criaram uma página fake do portal G1 para inventar que o doleiro Yousseff teria sido encontrado morto no dia do segundo turno começaram, após a morte de Campos, a espalhar que o PT ou a própria Dilma estariam por trás da morte do ex-governador de Pernambuco.
Como se veria mais adiante, porém, Dilma não teria nada a ganhar com aquele acidente. E tampouco Aécio.
A única que lucrou com tudo aquilo foi Marina.
A comoção causada no país e, sobretudo, em Pernambuco, terra de Campos, com sua família mergulhando de cabeça na política poucos minutos após sua morte (o irmão do ex-governador lançou-se candidato a vice em uma chapa com Marina pelo PSB que sequer fora cogitada, em momento como aquele), fez Marina disparar nas pesquisas.
Cinco dias após a morte de Campos, no cenário em que Marina assumia a candidatura à Presidência no lugar dele, Dilma apareceu com 36% das intenções de voto e a ex-senadora do Acre com 21%, agora empatada com Aécio Neves (PSDB), que teria a preferência de 20% do eleitorado.
Pastor Everaldo (PSC) aparecia com 3% e Zé Maria (PSTU) e Eduardo Jorge com 1% cada. Os candidatos Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB), Luciana Genro (PSol), Rui Costa Pimenta (PCO) e Eymael (PSDC) não atingiam 1%. Uma parcela de 8% dos eleitores votaria em branco ou anularia o voto e 9% estavam indecisos.
Em 1º de setembro, em menos de duas semanas como candidata oficial à Presidência da República, Marina Silva (PSB) deixou para trás Aécio e alcançou a presidente Dilma. Agora aparecia como favorita também para bater a petista no 2º turno.
Desde a primeira quinzena de agosto, a candidata do PSB passara de 21% para 34% das intenções de voto, mesmo índice obtido por Dilma. Quem mais perdeu terreno na corrida presidencial fora Aécio, quem, na pesquisa anterior, empatava com Marina com 20% e, agora, caíra para 15%.
Um mês e quatro dias depois, em 5 de outubro, Marina obteria, no primeiro turno, 2,9 pontos percentuais a mais do que no primeiro turno de 2010, quando recebeu 19,33% dos votos. Além de pífio aumento do seu capital eleitoral, Marina só venceu a eleição presidencial em dois Estados, Acre e Pernambuco.
Vários fatores influenciaram a queda de Marina a partir da pesquisa em que apareceu empatada com Dilma. Tudo começou no enterro de Campos, quando ela se deu a posar para “selfies” com eleitores, toda sorridente, exatamente sobre o caixão do falecido.
Em seguida, sua candidatura começaria a mostrar a que veio. Com uma banqueira a tiracolo – ou com Marina a tiracolo da banqueira –, a candidata do PSDB passou a se mostrar por inteira.
Marina insultou a comunidade homossexual retirando apoio às suas causas de seu programa de governo, deu declarações sobre o comando da economia que chegaram a chocar até economistas de linha neoliberal, que não esperavam que uma candidatura do partido socialista fosse mais conservadora do que a do próprio candidato in pectore da direita brasileira, Aécio Neves.
Em Pernambuco, Marina obteve a única grande vitória da oposição no Nordeste: 48% dos votos válidos. Porém, a partir de sua adesão tardia, porém convicta, à agenda tucana, sua popularidade despencou não só no país, mas, sobretudo, em Pernambuco, onde os 48% de votos de Marina no primeiro turno, os 5,92% de Aécio e o 1,83% dos nanicos, que perfaziam 49, 83% dos votos totais, viraram pó.
A duas semanas da eleição em segundo turno, de acordo com o Datafolha Marina agora atraía, no país, praticamente tanta rejeição (13%) quanto apoio (16%) a Aécio.
Porém, foi na eleição presidencial em segundo turno em Pernambuco que a candidata do PSB literalmente derreteu. Os 48% que Marina obteve naquele Estado no primeiro turno reduziram-se a menos de 30% dos votos válidos mesmo com o apoio entusiasmado da família de Eduardo Campos a Aécio Neves.
Por fim, o PSB, que conseguiu aumentar em 10 deputados sua bancada na Câmara no primeiro turno, trocou esse “lucro” pela participação que tinha no governo federal no primeiro governo Dilma, no qual tinha ministérios e muito prestígio e influência.
Agora na oposição, com perda de nomes importantes do partido como Roberto Amaral, que tende a se desfiliar da legenda, o PSB não tem motivos para comemorar o futuro.
Dilma tem quatro anos e dois meses de poder pela frente. Ao longo desses anos, a tendência é a de que haja migração de parlamentares de partidos de oposição para partidos governistas, como acontece em toda legislatura devido ao fisiologismo que permeia o Legislativo no Brasil. Desse modo, os tais dez deputados que o PSB obteve este ano, podem virar fumaça.
Claro que Marina pode vir a se fortalecer entre a direita, mas não é provável. Um dos motivos que fizeram sua candidatura se desidratar ao fim da campanha do primeiro turno foi a desconfiança que ela gera entre a direita, que preferiu e sempre preferirá Aécio ou qualquer outro tucano.
O colunista da Veja Reinaldo Azevedo, por exemplo, bateu tanto em Marina quanto no PT no primeiro turno. E esse fenômeno irá se reproduzir enquanto o partido preferido da direita continuar sendo o PSDB.
Além de Marina e o PSB se desmoralizarem à esquerda e no Nordeste, o partido perdeu metade dos governos estaduais que obteve em 2010, quando conseguiu governar seis estados. A partir de 2015, o PSB comandará Pernambuco, Distrito Federal e Paraíba.
Valeu o PSB aumentar sua bancada em 10 deputados – que nem sabe se vão permanecer no partido – em troca da desmoralização de sua imagem “socialista” e da consequente perda de metade dos governos estaduais? Não sei você, leitor, mas acho que não foi um grande negócio.
E se Dilma e o PT perderam apoio no país em 2014, Aécio e o PSDB perderam a eleição e o partido perdeu 3 governos estaduais em relação a 2010, quando elegeu 8 governadores – agora, elegeu 5.
Apesar de o PT ter perdido 18 deputados federais, caindo de 88 para 70, além de ter mantido a Presidência da República conseguiu os mesmos cinco governos estaduais que em 2010. Porém, passou a governar Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país, depois de São Paulo.
Quem mais ganhou com a eleição de 2014, portanto, foram, primeiro, o PT, por razões óbvias, e, em segundo, o PSDB, por ter aumentado em pouco mais de 4 pontos percentuais sua votação em relação à eleição presidencial de 2010 e em 10 deputados sua bancada na Câmara, tornando-se mais forte na oposição e tendo um candidato altamente competitivo para 2018: Aécio Neves.
Já quanto a Marina e PSB, grande parte dos que votaram nela nos primeiros turnos de 2010 e 2014 é de esquerda e acreditou que sua candidata seria de esquerda até que ela aderisse a Aécio. Em 2018, portanto, esse eleitorado de esquerda que confiou em Marina, não confiará mais. E o eleitorado de direita terá opção bem “melhor” em Aécio.
Marina Silva e o PSB, portanto, foram os grandes derrotados nas eleições de 2014. Ir para a direita não lhes fez nada bem. Até porque, oportunismo e traição não são o melhor caminho para quem tem planos a longo prazo, como deve ter todo partido político. O PSB e Marina foram vítimas de ambição desmedida e afobação. Deu no que deu.
Apesar do inegável avanço da direita no país, uma nova centro-direita que se revelou a partir do momento em que Marina Silva e o PSB aderiram à candidatura Aécio Neves, no segundo turno, transformou-se na grande perdedora da eleição presidencial deste ano. E este texto pretende comprovar esse fato com números, acima de tudo.
Lembremo-nos de como tudo começou. No início oficial da campanha eleitoral à Presidência de 2014, Dilma tinha uma situação confortável e caminhava para uma reeleição tranquila. Pesquisa Datafolha divulgada em 18 de julho último mostrava Dilma Rousseff com 36% dos votos totais, Aécio Neves com 20% e Eduardo Campos com 8%.
No segundo pelotão, o Pastor Everaldo Pereira (PSC) aparecia com 3%; José Maria (PSTU), Luciana Genro (PSol), Eduardo Jorge (PV), Rui Costa Pimenta (PCO), e Eymael (PSDC), com 1% cada. Os candidatos Levy Fidelix (PRTB) e Mauro Iasi (PCB) não atingiram 1%. Uma parcela de 13% dos eleitores votaria em branco ou anulariam o voto e 14% estavam indecisos.
Havia empate numérico entre Dilma e os candidatos de oposição, mas era esperável uma reação da petista, quem, até então, apanhava diariamente da mídia sem poder dar o contraponto que a propaganda eleitoral no rádio e na TV, a começar dali a dias, lhe permitiria.
Eis que menos de 30 dias depois, especificamente no dia 13 de agosto – considerado o mais azarado daquele que é conhecido como “mês do desgosto” –, Eduardo Campos perde a vida em um dos acidentes aéreos mais estranhos da história recentíssima, apesar de as investigações terem apontado para “fatalidade” ou “erro do piloto”.
No âmbito da campanha virulenta e cheia de golpes que seria movida contra Dilma enquanto era acusada de “jogo baixo” por fazer críticas legítimas a propostas dos adversários tais como autonomia do Banco Central ou choque monetário para “baixar a inflação a 3%”, os mesmos golpistas que, recentemente, criaram uma página fake do portal G1 para inventar que o doleiro Yousseff teria sido encontrado morto no dia do segundo turno começaram, após a morte de Campos, a espalhar que o PT ou a própria Dilma estariam por trás da morte do ex-governador de Pernambuco.
Como se veria mais adiante, porém, Dilma não teria nada a ganhar com aquele acidente. E tampouco Aécio.
A única que lucrou com tudo aquilo foi Marina.
A comoção causada no país e, sobretudo, em Pernambuco, terra de Campos, com sua família mergulhando de cabeça na política poucos minutos após sua morte (o irmão do ex-governador lançou-se candidato a vice em uma chapa com Marina pelo PSB que sequer fora cogitada, em momento como aquele), fez Marina disparar nas pesquisas.
Cinco dias após a morte de Campos, no cenário em que Marina assumia a candidatura à Presidência no lugar dele, Dilma apareceu com 36% das intenções de voto e a ex-senadora do Acre com 21%, agora empatada com Aécio Neves (PSDB), que teria a preferência de 20% do eleitorado.
Pastor Everaldo (PSC) aparecia com 3% e Zé Maria (PSTU) e Eduardo Jorge com 1% cada. Os candidatos Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB), Luciana Genro (PSol), Rui Costa Pimenta (PCO) e Eymael (PSDC) não atingiam 1%. Uma parcela de 8% dos eleitores votaria em branco ou anularia o voto e 9% estavam indecisos.
Em 1º de setembro, em menos de duas semanas como candidata oficial à Presidência da República, Marina Silva (PSB) deixou para trás Aécio e alcançou a presidente Dilma. Agora aparecia como favorita também para bater a petista no 2º turno.
Desde a primeira quinzena de agosto, a candidata do PSB passara de 21% para 34% das intenções de voto, mesmo índice obtido por Dilma. Quem mais perdeu terreno na corrida presidencial fora Aécio, quem, na pesquisa anterior, empatava com Marina com 20% e, agora, caíra para 15%.
Um mês e quatro dias depois, em 5 de outubro, Marina obteria, no primeiro turno, 2,9 pontos percentuais a mais do que no primeiro turno de 2010, quando recebeu 19,33% dos votos. Além de pífio aumento do seu capital eleitoral, Marina só venceu a eleição presidencial em dois Estados, Acre e Pernambuco.
Vários fatores influenciaram a queda de Marina a partir da pesquisa em que apareceu empatada com Dilma. Tudo começou no enterro de Campos, quando ela se deu a posar para “selfies” com eleitores, toda sorridente, exatamente sobre o caixão do falecido.
Em seguida, sua candidatura começaria a mostrar a que veio. Com uma banqueira a tiracolo – ou com Marina a tiracolo da banqueira –, a candidata do PSDB passou a se mostrar por inteira.
Marina insultou a comunidade homossexual retirando apoio às suas causas de seu programa de governo, deu declarações sobre o comando da economia que chegaram a chocar até economistas de linha neoliberal, que não esperavam que uma candidatura do partido socialista fosse mais conservadora do que a do próprio candidato in pectore da direita brasileira, Aécio Neves.
Em Pernambuco, Marina obteve a única grande vitória da oposição no Nordeste: 48% dos votos válidos. Porém, a partir de sua adesão tardia, porém convicta, à agenda tucana, sua popularidade despencou não só no país, mas, sobretudo, em Pernambuco, onde os 48% de votos de Marina no primeiro turno, os 5,92% de Aécio e o 1,83% dos nanicos, que perfaziam 49, 83% dos votos totais, viraram pó.
A duas semanas da eleição em segundo turno, de acordo com o Datafolha Marina agora atraía, no país, praticamente tanta rejeição (13%) quanto apoio (16%) a Aécio.
Porém, foi na eleição presidencial em segundo turno em Pernambuco que a candidata do PSB literalmente derreteu. Os 48% que Marina obteve naquele Estado no primeiro turno reduziram-se a menos de 30% dos votos válidos mesmo com o apoio entusiasmado da família de Eduardo Campos a Aécio Neves.
Por fim, o PSB, que conseguiu aumentar em 10 deputados sua bancada na Câmara no primeiro turno, trocou esse “lucro” pela participação que tinha no governo federal no primeiro governo Dilma, no qual tinha ministérios e muito prestígio e influência.
Agora na oposição, com perda de nomes importantes do partido como Roberto Amaral, que tende a se desfiliar da legenda, o PSB não tem motivos para comemorar o futuro.
Dilma tem quatro anos e dois meses de poder pela frente. Ao longo desses anos, a tendência é a de que haja migração de parlamentares de partidos de oposição para partidos governistas, como acontece em toda legislatura devido ao fisiologismo que permeia o Legislativo no Brasil. Desse modo, os tais dez deputados que o PSB obteve este ano, podem virar fumaça.
Claro que Marina pode vir a se fortalecer entre a direita, mas não é provável. Um dos motivos que fizeram sua candidatura se desidratar ao fim da campanha do primeiro turno foi a desconfiança que ela gera entre a direita, que preferiu e sempre preferirá Aécio ou qualquer outro tucano.
O colunista da Veja Reinaldo Azevedo, por exemplo, bateu tanto em Marina quanto no PT no primeiro turno. E esse fenômeno irá se reproduzir enquanto o partido preferido da direita continuar sendo o PSDB.
Além de Marina e o PSB se desmoralizarem à esquerda e no Nordeste, o partido perdeu metade dos governos estaduais que obteve em 2010, quando conseguiu governar seis estados. A partir de 2015, o PSB comandará Pernambuco, Distrito Federal e Paraíba.
Valeu o PSB aumentar sua bancada em 10 deputados – que nem sabe se vão permanecer no partido – em troca da desmoralização de sua imagem “socialista” e da consequente perda de metade dos governos estaduais? Não sei você, leitor, mas acho que não foi um grande negócio.
E se Dilma e o PT perderam apoio no país em 2014, Aécio e o PSDB perderam a eleição e o partido perdeu 3 governos estaduais em relação a 2010, quando elegeu 8 governadores – agora, elegeu 5.
Apesar de o PT ter perdido 18 deputados federais, caindo de 88 para 70, além de ter mantido a Presidência da República conseguiu os mesmos cinco governos estaduais que em 2010. Porém, passou a governar Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país, depois de São Paulo.
Quem mais ganhou com a eleição de 2014, portanto, foram, primeiro, o PT, por razões óbvias, e, em segundo, o PSDB, por ter aumentado em pouco mais de 4 pontos percentuais sua votação em relação à eleição presidencial de 2010 e em 10 deputados sua bancada na Câmara, tornando-se mais forte na oposição e tendo um candidato altamente competitivo para 2018: Aécio Neves.
Já quanto a Marina e PSB, grande parte dos que votaram nela nos primeiros turnos de 2010 e 2014 é de esquerda e acreditou que sua candidata seria de esquerda até que ela aderisse a Aécio. Em 2018, portanto, esse eleitorado de esquerda que confiou em Marina, não confiará mais. E o eleitorado de direita terá opção bem “melhor” em Aécio.
Marina Silva e o PSB, portanto, foram os grandes derrotados nas eleições de 2014. Ir para a direita não lhes fez nada bem. Até porque, oportunismo e traição não são o melhor caminho para quem tem planos a longo prazo, como deve ter todo partido político. O PSB e Marina foram vítimas de ambição desmedida e afobação. Deu no que deu.
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