Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Esse é o "jornalismo" da Globo Falta o Ali Kamel na foto

Esse é o "jornalismo" da Globo
Falta o Ali Kamel na foto
Missa2.jpg
No histórico discurso em que proclamou o fim da Globo Overseas Investment BV, um dos filhos do Roberto Marinho afirmou com a mais deslavada hipocrisia (a verdade é dura...):
- Nosso primeiro compromisso é com o jornalismo...
- ...significa reafirmar nossa paixão pelo jornalismo e o compromisso com nossos princípios editoriais
- O nosso compromisso com a verdade... nos torna um porto seguro da informação e um dos alicerces da vida democrática...
- Só com uma empresa que permanece e se sustenta conseguimos produzir jornalismo independente


kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk..........



Na missa de sétimo dia de Jorge Bastos Moreno, um dos vibrantes e rotundos exemplos do "jornalismo independente" da Globo Overseas, essa histórica foto foi capturada.

Da Esquerda para a Direita, o Boca Mole, da lista de alcunhas da Odebrecht, o Ministro a quem o Mineirinhochama de "Gilmar" e manda acertar um voto com o senador Flexa Ribeiro, o gatinho angorá, que usa sapato marrom com terno cinza claro, o Escritor, também da lista de alcunhas e, na mesma lista, à Direita, o Botafogo, que exerce a Presidência golpista.

Não se trata, como se percebe, de uma daquelas cenas de delegacia de polícia, em que suspeitos são fotografados diante da câmera em preto e branco. 

Absolutamente!
Jamais!

Trata-se de uma homenagem singela a um "jornalista independente".

Que mereceu uma página inteira no Globo Overseas de elogios lacrimejantes do Gilberto Freire com “i”, outro independente.

E ternos encomios da Cegonhóloga e do Ataulpho Merval, que ainda nao aprendeu com a Ana Maria Machado como usar "porque" e "por que"...

Todos eles independentes, como o patrão!

Quá, quá, quá!

PHA

quarta-feira, 14 de junho de 2017

MP-SP acoberta Alckmin e Serra nos casos metrô e CPTM

festa tucana
Enquanto ficamos olhando para o deboche que tem sido Michel Temer e Aécio Neves irem escapando ilesos de denúncias com todas as provas possíveis e imagináveis para condenar alguém em qualquer tribunal do planeta, em São Paulo uma farsa criminosa afronta qualquer um que se digne a olhar.
Há vários anos que o país tem assistido à novela conhecida como escândalo dos trens paulistas. Empresas fornecedoras de bens e serviços para o Metrô de São Paulo e para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) venderam seus produtos a preços superfaturados aos governos Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra.
O escândalo estourou em 2008 com o caso Alstom, uma série de denúncias de suborno envolvendo a empresa francesa Alstom e governos de vários países do mundo.
No Brasil, foi apontado o envolvimento de autoridades ligadas ao Governo do Estado de São Paulo. Tais denúncias foram veiculadas pela imprensa internacional, especialmente pelo Wall Street Journal e por Der Spiegel, a partir de 2008.
Conforme consta em documentos enviados ao Ministério da Justiça do Brasil pelo Ministério Público da Suíça, pelo menos 34 milhões de francos franceses teriam sido pagos em suborno a autoridades do Governo do Estado de São Paulo e a políticos paulistas através de empresas offshore, ou seja, empresas criadas em paraísos fiscais, onde gozam de proteção por regras de sigilo que dificultam investigações.
Estranhamente, as investigações no exterior não geraram investigação por parte do órgão que tem por obrigação funcional fiscalizar o governo do Estado de São Paulo: o Ministério Público Estadual de São Paulo.
Em 2013, o Conselho Nacional do Ministério Público abriu o processo para apurar atraso do procurador Rodrigo De Grandis para responder a pedido de cooperação feito pela Suíça ao MP paulista, para investigar três pessoas ligadas à empresa francesa Alstom acusadas no país europeu de distribuir propina a servidores e políticos.
Surpresa: quando o caso bateu em Gilmar Mendes foi arquivado.
Segundo noticiou o jornal “Folha de S.Paulo” em outubro de 2013, o pedido, suíço feito em fevereiro de 2011 ficou parado por mais de três anos porque o procurador em tela disse ter “esquecido o processo em uma gaveta”. A Suíça ficou à espera de resposta e, como não recebia, arquivou o caso.
Após a reportagem da Folha, a cooperação com o país europeu foi retomada. Contudo, desde 2013 o Ministério Público paulista não toma qualquer providência nem contra esse caso nem contra, por exemplo, a compra de 65 trens por R$ 2 bilhões há 5 anos, sendo que, hoje, só 2 estão operando.
Para quem não sabe, Há quase quatro anos o governo de São Paulo abriu licitação para comprar 65 trens para operar nas linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em dois lotes. O valor total do negócio ficou em torno de R$ 2 bilhões.
Mais “surpresas”: até hoje apenas 11 trens foram entregues e somente dois estão funcionando, segundo informações do Jornal Hoje, da Globo.
Pior do que isso é que, enquanto o Ministério Público de São Paulo foca, exclusivamente, nos funcionários do metrô e da CPTM e nos empresários que fizeram negócios com essas empresas públicas, delatores da Odebrecht acusam o governador Geraldo Alckmin e o ex-governador José Serra de terem recebido propina por obras NO METRÔ E NA CPTM (!!!).
O vídeo que você vai assistir a seguir aborda o assunto em maior profundidade e demonstra como todo esse tal “combate à corrupção” vendido por “pastores” do Ministério Público não passa de uma farsa, já que a instituição tem acobertado um dos maiores escândalos de corrupção deste país. Assista, abaixo, a reportagem.
Em seguida, uma nota do Blog que peço que você leia
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terça-feira, 6 de junho de 2017

Pobre de direita: ele ganha 2 mil (por fora) e tem pena do patrão

pobre de direita

A tarde cinzenta e chuvosa chegava a parecer noite, de tão escura. Os outros carros com os faróis e lanternas reluzentemente acesos e o meu com um farol e uma lanterna enguiçados. “Pode confundir outros motoristas”, pensei.
Semanas antes, fora a um eletricista de automóveis que me pediu uma centena e meia de reais para trocar duas lâmpadas do tamanho de bolinhas de gude. De um carro popular. Recusei a extorsão e fui deixando até que, na tarde escura e chuvosa, percebi que por conta de alguns reais estava me arriscando.
A oficina surgiu milagrosamente, como que em resposta aos meus pensamentos e necessidades. Bem montadinha. A limpeza me deixou com boa impressão. Dois homens uniformizados passaram uma sensação de confiança.
É a esse que eu vou…
Dois homens. Um deles, um rapaz de uns 35 anos, branco, olhos claros; o outro, branco, careca, também de olhos claros, porém cinquentão como eu.
Cumprimentaram-me educadamente e o mais jovem se retirou em seguida, saindo em um dos veículos estacionados dentro do estabelecimento.
O careca começou a desmontar minha lanterna traseira. Jogando conversa fora, perguntei como andavam os negócios.
O mecânico diz que, graças àquele filho da puta que falou que era uma “marolinha”, estava tudo uma merda no Brasil.
Meu ímpeto foi lhe dizer que Lula falou que a crise seria uma “marolinha” no já distante 2008 e, depois daquilo, o Brasil se recuperou rapidamente da crise iniciada com a quebra do banco dos irmãos Lehman. E que esta crise nada tinha que ver com aquela.
Porém, preferi descobrir mais sobre quem se confundia daquele jeito. Confesso que o diálogo me deixou perturbado.
— Você é o proprietário da oficina?
— Não, não, sou prestador de serviço. Autônomo.
— Você presta serviço a outras oficinas?
— Não, só a esta.
— Mas tem horário livre, não é?
— Ah, quem me dera… Chego às 7 da manhã e saio às 8 da noite.
— Nossa, trabalha bastante, hein! Pelo menos deve estar tirando uma nota…
— Doce ilusão…
— Como assim, você não ganha uns 5 paus?
— Tá longe disso…
— 4?
— Não.
— 3?
— Não.
— Pô! Mas, perdão, quanto você ganha?
— É comissão de 40% sobre a mão-de-obra…
— Mas quanto dá isso por mês, homem? Desculpe perguntar…
— Sem problemas… Por volta de uns 2 paus.
— Nossa, mas sem registro em carteira?
— Senão o patrão não aguenta, é muito encargo. Ainda bem que a reforma trabalhista vem aí…
— Hein?!
— O problema do Brasil são os encargos comunistas do “nove dedos”…
— Desculpe, mas o autor dos encargos trabalhistas morreu em 1954…
— Que seja, mas o PT ferrou o Brasil.
— Mas, escute, esta bela oficina, cheia de equipamentos caros, toda pintadinha de nova… Esse patrão não poderia pagar uns 800 reais de encargos trabalhistas? Aliás, você mora em que bairro?
— Santo Amaro…
— Mas ele te paga o ônibus?
— Não, eu sou autônomo, microempresário… Liga lá a chave e pisa no freio, por favor.
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quinta-feira, 1 de junho de 2017

Carta aberta ao juiz Sergio Moro

moro e eu
EDUGUIM
Ao senhor doutor Sergio Moro,
Dirijo-me a V. Exa. imediatamente após sua decisão de se afastar do julgamento das acusações que me são feitas pelo Ministério Público e/ou pela Polícia Federal por conta de supostamente eu ter “embaraçado” investigação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Como nunca nos vimos ou tivemos qualquer razão mais íntima para nos desgostarmos, a afirmativa de V. Exa. na decisão em que se afastou do meu caso – a saber, de que não é meu “inimigo capital” – deveria fazer todo sentido. Contudo, tenho dificuldade de acreditar nela.
Confesso, de pronto, que sou o “culpado” por nossa manifesta inimizade por ter  representado contra V. Exa, em maio de 2015, ao Conselho Nacional de Justiça. Contudo, o que me moveu a denunciá-lo à corregedoria da magistratura nunca foi uma questão pessoal, mas de Estado.
Doutor Moro, não pude me conter ao ver a irmã da esposa do senhor João Vaccari Neto ser esmagada “por engano” pela Justiça brasileira. Não sei se hoje a Lava Jato já dispõe de evidência e/ou prova que a comprometam, mas, naquele momento (5/2015), não dispunha.
Aquela senhora teve que voltar às pressas ao Brasil de um evento profissional do qual participava no exterior. Apareceu na grande mídia – em todos os telejornais, jornais, revistas semanais e sites na internet – algemada e conduzida por policiais.
Foram várias aparições. Se, àquela época (2015), o engano que V. Exa. cometeu já me assustava a ponto de eu representar contra si para preservar o direito de todos contra arbítrio estatal, hoje, por experimentar o peso do longo braço da lei, assusto-me muito mais.
À época, V. Exa. afirmou peremptoriamente à imprensa que tinha certeza de que a senhora em questão era Marice Corrêa Lima, cunhada de Vaccari, pessoa que aparecia em gravação da câmera de segurança de um caixa-eletrônico depositando valores para o ex-tesoureiro do PT.
Poucos dias depois, o jornal Folha de São Paulo divulgou perícia nas imagens que comprovou que não era ela.
Tendo sido comprovado que sua “certeza” era infundada, o senhor recuou da mesma forma como faria tantas vezes no futuro, mas só após deixar mais uma vítima pelo caminho.
Um mês após esse erro que tanto custou a uma pessoa inocente – por exposição muito menor e menos vexatória na mídia, perdi meus negócios e atravesso situação financeira dramática, sem falar nos narizes torcidos e nos olhares tortos –, representei ao Conselho Nacional de Justiça pedindo que o parasse ou o fizesse ser mais comedido, pois é preferível mil culpados livres do que um inocente encarcerado.
V. Exa. disse, na decisão em que se afastou do meu caso relativo à Lava jato, que sequer se lembra de que eu o representei ao CNJ. Contudo, dois meses após eu representá-lo, uma frase que escrevi no Twitter meramente criticando-o – ainda que carregando nas tintas – foi considerada crime de opinião por V. Exa, quem, candidamente, assinou representação CRIMINAL contra mim.
Dois meses depois, doutor Moro. E o senhor diz que não se lembra disso também (!!?).
Enfim, em sua decisão recente V. Exa. faz pouco de minha capacidade, de minha honra e, até, do meu trabalho, mas não posso me queixar de críticas suas, já que eu o critico com seriedade equivalente ou até maior.
Com a diferença de que nunca o processei por nada que tenha dito sobre mim e de que não me valho de cargo público para aumentar meu poder de crítica.
Agora, eu gostaria muito de olhar nos seus olhos, doutor Moro, logo após lhe perguntar se V. Exa. acredita mesmo que eu – EU – o ameaçaria de algum tipo de violência – pois é disso que se trata a acusação pessoal que o senhor me fez logo após eu representá-lo por abuso de poder.
Sim, V. Exa. diz que foi docemente levado a representar criminalmente contra mim por “ameaça”, mas o fato é um só: dois meses após eu representá-lo, V. Exa. me representou de volta. Ponto.
Mais uma vez V. Exa. também me acusou de ter “revelado” minhas fontes. Como assim, doutor Moro? Não foi isso que aconteceu. Eu lhe garanto que me foi dito, ainda enquanto era conduzido, que a Lava Jato já sabia quem era a pessoa que me passou as informações.
Mas, enfim, não quero mais discutir isso com V. Exa. porque não vai mais me julgar. Só gostaria de dizer que me senti esbofeteado por essas afirmações sobre “não se lembrar” de ter sido representado por mim ou de ter me representado.
Vou me entender com a Justiça. Vou demonstrar o absurdo que é me acusarem de ter feito alguma coisa sobre a qual vossas senhorias da Lava Jato só ficaram sabendo porque EU, Eduardo Guimarães, divulguei em meu site.
Creio firmemente que, diante de um juizado que nada tenha pessoalmente contra mim, será fácil provar o absurdo da tese criminal falsa de que sou vítima.
Tenho quase seis décadas de vida, doutor Moro. Nunca, nesse tempo todo, cometi qualquer ato ilegal que desse causa a qualquer tipo de sanção legal. Sou um homem íntegro. Jamais acharão um centavo de dinheiro sujo em minha mão.
E tenho certeza de que já procuraram incansavelmente.
Era só o que eu precisa lhe dizer, doutor Moro. Respeitosamente, pois, desejo que passe muito bem.
Eduardo Guimarães
JORNALISTA
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Assista, abaixo, matéria do Jornal Nacional sobre a saída do juiz Moro do meu caso