Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Você quer voltar para a lama tucana?

O blog Seja Dita a Verdade (conheça-o AQUI) teve a boa idéia de recordar o tempo dos tucanos – FHC e seus amigos José Serra, Ricardo Sérgio, Eduardo Jorge, Sérgio (Serjão) Motta,  irmãos Mendonça de Barros e tanta gente mais – através das capas deVeja, a mais tucana das revistas. A sessão nostalgia valeu o esforço, até porque o candidato Serra, no atual papel de vítima inocente de adversários malvados que o atacam na rua com bolinhas de papel, refugia-se nos santinhos para apagar o passado.
Desde o início da campanha o atual candidato do PSDB, cujo sonho de consumo na fase pre-eleitoral era formar chapa com José Roberto Arruda (“vote num careca e leve dois”, lembram-se?), jura a todo momento que é “ficha limpa” e “ético”, sem mácula na carreira política, e que no seu partido não há “ficha suja”. Chegou mesmo a rotular de “blogs sujos” aqueles que ousam expor suas práticas habituais, passadas e presentes. Mas não é essa a história que as capas de Veja contam.
A particularidade sobre aquele amontoado de escândalos é que os tucanos perceberam, desde o primeiro momento, que para garantir a impunidade bastava impedir as investigações do Ministério Público (inventaram a figura do Engavetador-Geral da República), da Polícia Federal (só no governo Lula ela foi adequadamente equipada para levar avante as investigações de corrupção), do Congresso (impedido com compra de votos de formar CPIs) e da mídia (silenciada, em seguida às denúncias, pela propaganda oficial, compra de assinaturas e outras benesses).
Isso permite que tucanos circulem por aí hoje jurando que foram difamados e caluniados. Como observou o Seja Dita a Verdade e confirmam as capas da revista que hoje serve aos próprios tucanos mediante recompensa em anúncios e assinaturas milionários, de 1995 a 2002 os casos de corrupção, dossiês, caixa dois, propinas e maracutaias em geral enriqueciam capas de revistas e primeiras páginas de jornal, ainda que depois as denúncias desaparecessem subitamente.
Naquele tempo, distante do país e com a atenção desviada para outros escândalos (os casos de sexo e demais trapalhadas do presidente Bill Clinton, alvo permanente da fúria republicana), sobrava-me pouco tempo para acompanhar nossa mídia de forma sistemática. Mas ela própria tinha o cuidado, em tempo de eleição presidencial, de somar-se aos então donos do poder, num esforço conjunto para impedir que o inimigo comum, Lula, ganhasse e mudasse as regras do jogo. Pelo menos até 2002.
Aí vão, em ordem cronológica, algumas das mais sugestivas capas de Veja.
Primeiro mandato FHC – 1995-1998
17-02-1995
29-11-1995
21-05-1997
05-11-1997
19-11-1997
06-05-1998
06-05-1998
18-11-1998
25-11-1998

Segundo mandato FHC – 1999-2002
21-01-1999
10-03-1999
21-04-1999
28-04-1999
05-05-1999
06-06-1999
09-02-2000
05-04-2000
19-07-2000
09-08-2000
11-04-2001
02-05-2001
16-05-2001
06-06-2001
09-05-2002
29-05-2002

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

“Vídeo bomba” mostra o que está em jogo no segundo turno

Não seria nada mal se eleitores e eleitoras dedicassem alguns minutos de seus dias para conversar um pouco sobre o assunto exibido em um pequeno vídeo que fala sobre o presente e o futuro do país. Considerando a quantidade de baixarias que circula na internet e fora dela, esse vídeo é, como gosta de dizer nossa imprensa, uma bomba. Feita para pensar.

Em um certo sentido, é compreensível que esta tenha sido a escolha da campanha de Serra. Trata-se de uma escolha que tem como motivação a necessidade de desviar a atenção da população brasileira para o verdadeiro debate que devia estar sendo feito. O debate sobre as idéias e propostas do candidato para o presente e o futuro do país.

Entre tantos vídeos que vêm circulando pela internet, vale a pena destacar um que mostra claramente um dos principais debates que devia estar sendo feito, a saber, o debate sobre as propostas econômicas dos candidatos. Considerando a quantidade de baixarias e mentiras que vem circulando na internet e fora dela, essa pequena produção aparece como algo bombástico: vídeo-bomba mostra o que está em jogo no segundo turno! – poderia ser a manchete no medíocre tom sensacionalista que viceja em nossas redações.

Afinal de contas, é isso que vai, em grande medida, decidir como será a vida de milhões de brasileiros e brasileiras nos próximos anos. Não é pouca coisa. Portanto, é preciso atenção sobre o que as duas candidaturas representam. O vídeo acima traça uma cronologia da crise mundial (2008-2009) sob a ótica da imprensa brasileira e da oposição ao governo Lula. Além disso, mostra como o governo de FHC e Serra (1995-2002) conseguiu quebrar o Brasil três vezes, a despeito de ter vendido quase todas as empresas públicas lucrativas. Essa retrospectiva adquire atualidade redobrada no momento em que Serra, finalmente, sai em defesa das privatizações, ainda que o faça de um modo envergonhado, tentando esconder o que realmente pensa sobre o assunto. 

Também é compreensível. As idéias de Serra levaram o Brasil à estagnação e agravaram o quadro de desigualdade social no país. Aliás, não levaram apenas o Brasil à estagnação. São as mesmas idéias, filhas da ideologia do Estado mínimo e da supremacia dos mercados, que levaram a economia mundial à beira do precipício. Neste momento, milhares de pessoas saem às ruas em diversos países da Europa para protestar contra os efeitos perversos dessa crise. 

A imprensa brasileira, é claro, fiel à sua indigência política e cultural, não estabelece nenhum nexo entre o que está acontecendo na economia mundial e a situação brasileira. Acha mais importante debater aborto e questões religiosas. E tem muita gente boa embarcando nesta canoa furada. Então, vale a pena gastar alguns minutos do dia para ver esse vídeo e pensar. Não dói.

Os diagnósticos e previsões que aparecem nele sinalizam o que seria um governo Serra no Brasil. No vídeo, apesar da auto-proclamada “sólida formação” em economia, as profecias e diagnósticos de Serra e seus aliados sobre a economia brasileira acabam se revelando totalmente furadas. Quando estourou a crise mundial, economistas e políticos tucanos remetiam o mesmo discurso: o governo precisa cortar gastos, não há outra coisa a fazer, repete Serra. Pois havia outra coisa a fazer. E o governo Lula fez. 

O conteúdo desse vídeo é um ótimo tema para o segundo turno da campanha eleitoral. Deveria ser ao menos. A população brasileira tem o direito (e o dever, me atreveria a dizer) de conhecer a “sólida formação” do economista Serra que, no auge da crise, disparou a dar entrevistas em que apontava os “graves erros” do governo Lula. O Brasil, lembre-se, foi um dos primeiros países a sair da crise e hoje ostenta taxas de crescimento acima da média mundial. A sólida formação de Serra errou todas suas previsões e suas receitas, felizmente, não foram aplicadas pelo governo Lula. São essas idéias e propostas que estarão em disputa no dia 31 de outubro. 

Não seria nada mal se os eleitores e eleitoras dedicassem alguns minutos de seus dias, daqui até lá, para conversar um pouco sobre o assunto.

Marco Aurélio Weissheimer é editor-chefe da Carta Maior (correio eletrônico: gamarra@hotmail.com)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Serra e FHC, o pesadelo dos aposentados, depenaram aposentadorias


Em fevereiro de 1994, o então Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, meteu a mão em até 39,67% do valor das aposentadorias de quem aposentou nos períodos seguintes.

O tucano excluiu, na mão grande, essa correção monetária passada, do cálculo da aposentadoria (Medida Provisória n. 434/94).

FHC foi eleito, armou sua reeleição, e passou 8 anos, tendo José Serra como o homem forte de seu governo, sem corrigir essa injustiça. Pelo contrário, chegou a chamar aposentados de "vagabundos".

Quando o presidente Lula assumiu a presidência, tratou de arrumar a casa em 2003 e, já em 2004, repôs o reajuste de quem havia sido 'garfado', e pagou os atrasados em parcelas através de um acordo (Lei nº 10.999/2004).

Por essa e por outras, não dá para acreditar quando Serra vem com conversa fiada de que será bonzinho com os aposentados. Todas as vezes em que ele teve oportunidade de fazer algo para melhorar as aposentadorias, foi só arrocho. O passado o condena.

O presidente Lula encontrou o caminho para consertar os estragos e injustiças deixados por FHC e Serra. Muito foi feito nos 8 anos do governo Lula. Muito mais será feito, com Dilma prosseguindo no caminho certo.