Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Marcelo Madureira e o fim do Casseta


Por Altamiro Borges


Para a tristeza dos tucanos e de outros bichos da direita nativa, a Central Globo de Comunicação informou na sexta-feira (26) que o programa "Casseta & Planeta Urgente", exibido há 18 anos pela emissora, sairá do ar no final de dezembro. O elenco até tentou maquiar o enterro, informando em seu sítio que tiraria "férias". Mas os patrões confirmaram que as férias serão eternas, que o programa chegou mesmo ao fim.

Segundo o grupo, um novo projeto humorístico poderá entrar no ar no segundo semestre de 2011. Não há idéia de que como será. "Se a gente tivesse uma não precisaríamos sair dessa forma", relatou de la Peña, em entrevista ao G1. Ele explicou que o fim do "Casseta", que era transmitido às noites das terças-feiras, ocorreu após um período de "inquietação do grupo" e não teve relação com alguma decisão da TV Globo.

Amarga queda de audiência

De acordo com o sítio da Folha, porém, a decisão de encerrar o programa não foi tão amigável assim. Parece que nem a TV Globo aguentava mais o "humor" do elenco. Nos últimos meses, o humorístico amargava uma das piores audiências da década, chegando a registrar médias na casa dos 20 pontos (cada ponto corresponde a 60 mil domicílios na Grande SP). Há dois anos, ele registrava 30 pontos de média.

O grupo poderia aproveitar as "férias" para analisar o "humorismo" de alguns de seus integrantes, em especial do bravateiro Marcelo Madureira. Na fase recente, ele se transformou num ícone da direita brasileira. Virou estrela do Instituto Millenium, uma organização golpista que reúne os barões da mídia e outros ricaços. Deu várias declarações fascistóides contra o governo Lula e a candidata Dilma Rousseff.

Bico de "bobo da corte"

Com o fim do "Casseta", Madureira até poderia fazer um bico junto ao seu candidato derrotado. Seria o bobo da corte para alegrar as noites de Serra, um ranzinza que ficou ainda mais deprimido com o resultado das eleições e das brigas internas no PSDB. 

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Entenda o 3º turno midiático

Talvez o humorístico global Casseta & Planeta seja a melhor expressão do ódio que a Globo devota ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como se sabe, o “casseta” Marcelo Madureira , editor do programa, está entre o time de “pensadores” do anti-lulismo midiático, tendo sido cultuado naquele evento inesquecível da Associação Nacional de Jornais em que a “dona Judith” reafirmou a papel da grande mídia de braço auxiliar da oposição tucano-pefelê.
A edição desta semana da atração humorística da rede de concessões públicas de rádio e tevê da família Marinho, a pretexto do humorismo político veiculou um programa cheio de rancor e deboche – em vez de humorismo – contra o presidente da República. Um programa que não guarda a menor similaridade com os sentimentos da maioria absoluta dos brasileiros em relação àquele que chega ao fim de oito anos de mandato amado por seu povo como nenhum outro governante da história contemporânea deste país.
O estrebuchar do rancor global, um sentimento diminuto travestido de deboche e de tentativa de tripúdio contra a impotência da sociedade de impedir o uso político de concessões públicas, começa com um anúncio de jornal: “Procura-se emprego”. Para quem? Para o presidente que a mídia oposicionista tem dito que se exaspera por estar para perder as regalias do poder.
Até aí, ótimo. Lula manifestou mesmo tristeza por deixar um cargo cujo exercício gerou resultados tão auspiciosos ao seu povo. Brincar com isso me parece que seria um prato cheio para qualquer humorista que aborde a política em seu trabalho – e os que abordam costumam ser os melhores, para o meu gosto. A maldade está no uso de calúnias, de histórias inventadas como a de que o presidente seria alcoólatra, fato que jamais alguém comprovou por meio do menor indício sério.
Em dado momento do programa, a versão satírica de um apresentador de tevê apresenta a Lula a casa na qual ele morará depois que deixar a Presidência. A construção é uma grande churrasqueira na qual há um chuveiro de cachaça em que Lula mergulha de terno e tudo, sugerindo que se embriagará até cair quando deixar o poder.
A piada de mau gosto resume o desejo de transformar o fim do mandato de Lula em terceiro turno, onde a vitória seria da família que permanecerá no “poder” enquanto que Lula, na visão dessa família, será apeado dele – provavelmente para sempre. Para tanto, o uso descarado da concessão pública para infernizar o fim do mandato presidencial envereda pela tentativa de transformar em incompetente o governo que chega ao fim.
O cavalo de batalha, desta vez, é a transformação em escândalo nacional de um problema episódico e localizado no ENEM. Como se fosse algum absurdo ocorrer algum problema na realização de cerca de uma dezena de milhões de exames em um país deste tamanho.
Aliás, convenhamos, tratou-se de um erro bem menos sério do que a confecção de livros didáticos errados pelo governo de São Paulo, então ocupado por José Serra. Em um dos exemplos mais clamorosos, centenas de milhares de livros de geografia com mapas contendo dois Paraguais foram distribuídos a centenas de milhares de alunos da rede estadual de ensino. A mídia não deu um pio, comparando-se com o que faz por conta do ENEM.
Mas não é só a derrota eleitoral que açula a fúria midiática, assim como não é só a Globo que declarou guerra ao fim do mandato de Lula – o que não quer dizer que essa guerra persistirá em relação ao governo Dilma, por mais que seja provável que venha a ocorrer.
Matéria de hoje da Folha de São Paulo esclarece a fúria midiática no estertor do governo Lula. O ministro Franklin Martins (Comunicação Social) afirmou ontem que o governo está disposto a levar adiante a discussão de novas regras para o setor de mídia digital mesmo que não haja consenso sobre o assunto. “A discussão está na mesa, está na agenda, ela terá de ser feita. Pode ser feita num clima de entendimento ou de enfrentamento“, afirmou.
É evidente que a mídia tenta sinalizar ao governo Dilma o que haverá que enfrentar se levar adiante a proposta de estabelecer marcos regulatórios para a comunicação no Brasil. Repetindo o mantra sobre “censura”, Globo e companhia ignoram a estratégia do governo de trazer para o debate agências reguladoras de vários países desenvolvidos que exercem a regulação que se pretende por aqui sem que a imprensa desses países diga uma palavra sobre cerceamento de sua liberdade.
Essa é a grande batalha que haverá que enfrentar nos próximos anos. O governo Dilma chega com força – sobretudo no Legislativo e no Judiciário – para civilizar a comunicação no Brasil, pondo fim a uma farra em que empresários que se julgam donos do país usam concessões públicas para os próprios fins econômicos e políticos. Nunca antes neste país houve condição melhor para tanto.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010


Uma passeata, para ser eficiente, tem que ser legítima
Coluna Hildegard Angel
EM BOA hora, os humoristas saíram em passeata na Praia de Ipanema para protestar contra a impossibilidade de se fazer piadas políticas em época de eleição. A política, como sabemos, é o filé mignon do humor de qualidade… MAS ESSE protesto oportuno se descaracteriza e fica comprometido quando dá a entender que a censura se deve ao governo. Não é verdade… A LEI das Eleições, 9.504, data de 1997 e, na minirreforma, ganhou penduricalhos que a “turbinaram”, com substitutivos e emendas no que diz respeito ao humor, cujos autores têm nome: são os deputados, do PCdoB, Flavio Dino, candidato a governador do Maranhão, e Manuela D’Ávila… PARA ESSA minirreforma ser aprovada no Plenário da Câmara, os deputados votaram. O TSE apenas cumpre o que está escrito… ENTÃO, NÃO É Lula, não é Dilma, não é o ministro Lewandowski nem é o Franklyn Martins (conforme menção leviana de um dos humoristas desfilantes). São os nossos congressistas!… E ISSO os humoristas da passeata não disseram, não dizem, muito pelo contrário, querem deixar no ar a ideia de que o governo brasileiro cerceia a atividade do humor…

ESSA ATITUDE dúbia, manipuladora, só tira a legitimidade de uma causa que é boa, reduzindo-a a mero instrumento de campanha da oposição… SE NO Brasil de hoje houvesse censura ao humor, nós não teríamos visto, como vimos, no CQC da última segunda-feira, um humorista dizer que o Eike Batista “faturou” a dona Marisa Lula da Silva, nem o humorista ao lado acrescentar que “dona Marisa vai fazer uma coleira com o nome Eike escrito”… ELES SE referiam à atitude descontraída, perfeitamente natural, de ambos, durante um leilão beneficente que o programa acabara de exibir… FOSSE UMA ditadura com censura, como a que já tivemos, na mesma hora os estúdios da Band seriam invadidos por um batalhão militar, Marcelo Tas e seus humoristas seriam presos, colocados no pau de arara, teriam a pele esfolada, a unha arrancada, o olho furado e, se dessem sorte, seriam devolvidos depois pra casa com uma coleira de pregos no pescoço… MAS O mais provável é que virassem “comida pra peixe”, como se fazia na época.

E eu não estou fantasiando. Vi e vivi este filme nos anos 70 no Brasil… POR ISSO, senhores humoristas, façam seus protestos, sim, mas com legitimidade, pra não serem rotulados de humoristas “festivos”, como se usava dizer naquela época negra… OUTRA COISA que está muito na moda dizer, na linha dessa “campanha do medo”, é que há censura em nossa imprensa… NUNCA ANTES neste país se espinafrou tanto (pra não usar outra palavra) um presidente, sua família, seus ministros e aliados como nesta era Lula. E com total liberdade… JAMAIS OUVI, por exemplo, em época anterior, num programa de TV, um comentário tão constrangedor como esse do CQC em relação a uma primeira-dama. E não me venham aqui criticá-la, porque ela se dá ao respeito, sim!…

NOS ANOS FHC, jamais a imprensa tocou no assunto do filho criança do presidente com uma jornalista, morando ambos num conveniente endereço bem longe, em Barcelona, na Espanha… ESSE SILÊNCIO da imprensa não era apenas uma delicadeza com a primeira-dama. Era também o receio de possíveis retaliações comerciais, judiciais, Lei dos Danos Morais etc e tal. Medo que, curiosamente, este atual governo não inspira a jornalista algum. Agora, me digam: onde está a tão proclamada “censura”?…


Do blog do Valdir
Via Brasil Mostra Tua Cara

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Com 13 anos de atraso, humoristas protestam contra entulho autoritário criado por FHC para se reeleger

Corria o ano de 1997, FHC era presidente, surfando no populismo dos déficits fiscais e cambiais do plano real, que quebrou o Brasil no ano seguinte.

Com apoio da Globo, Veja, Estadão e Folha, planejou meticulosamente sua própria reeleição.

A emenda da reeleição foi a maior batalha e o maior escândalo, mas não foi a única para reeleger o demo-tucano.

Era preciso encurtar a campanha eleitoral na TV, para reduzir o período de exposição a críticas da oposição. Era preciso aplicar uma mordaça aos poucos dissidentes da imprensa que ousassem satirizar a imagem do "príncipe dos sociólogos". Era preciso "melar" os debates na TV.

Para isso foi criada, sob medida para reeleger FHC, a Lei 9504, de 30 de setembro de 1997, um ano antes das eleições.

Durante estes 13 anos, a lei nunca incomodou os donos de jornais e TVs e seus humoristas demo-tucanos. Eles se encarregavam de não fazer charges, nem humorismo forte contra FHC, a ponto de prejudicar sua reeleição, nem de serem multados pelo TSE.

Nas eleições de 2002 e 2006, o TSE era extremamente liberal, e os donos da imprensa puderam fazer o quiseram com a imagem de Lula, sem que o TSE e o MPE os incomodasse.

Agora a própria oposição judicializou a política. Acreditando que Serra realmente manteria a dianteira na frente das pesquisas, interessava interditar o debate político no judiciário, para fazer uma campanha silenciosa, travada.

A própria oposição submeteu o TSE aos rigores da lei 9504, processando por propaganda subliminar até a sombra do presidente Lula.

Até blogueiros, como nós, viramos alvo de perseguição, como se blogs fossem mero espaço para anunciantes.

O TSE passou a seguir a Lei 9504 com um rigor excessivo, e nela existe o artigo 45:
Art. 45. A partir de 1º de julho do ano da eleição, é vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e noticiário:
...
II - usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou produzir ou veicular programa com esse efeito;
...
V - veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou crítica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente, exceto programas jornalísticos ou debates políticos;

Após 13 anos da lei em vigor, só quando Dilma ultrapassou Serra, e a ser a candidata alvo para ser depreciada pelas charges, novelas e programas humorísticos, na forma de propaganda sublimnar negativa, "descobriram" que a lei criada para reeleger FHC "censura o humor" e "é inconstitucional".

É bom que o Congresso mude a lei eleitoral, após as eleições, para acabar com excessos e regulamentar o que se entende exatamente por "propaganda subliminar", mas é bom também que se dê nome aos bois de quem criou esse entulho autoritário, que tudo multa, e que quis exercer "controle sobre a imprensa" e sobre o humor, para sua própria reeleição: foi FHC e sua turma, incluindo José Serra, Alckmin, Jereissati, Agripino, Arthur Vigilio, Cesar Maia, e toda essa turma demo-tucana.

Humoristas famosos da Rede Globo e outros canais, só agora que Serra está atrás nas pesquisas, fizeram um protesto em frente ao Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, contra a lei.

Só erraram de endereço. Deveriam tê-lo feito em frente às sedes do PSDB, do DEMos, em frente ao apartamento de César Maia (DEMos), do vice do ex-Gabeira, da mansão de José Serra (PSDB/SP) em Pinheiros, do apartamento de FHC em Higienópolis. http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010/08/com-13-anos-de-atraso-humoristas.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+blogspot%2FEemp+%28Os+Amigos+do+Presidente+Lula%29