Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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domingo, 10 de novembro de 2013

Folha, o urubu naval, diz que estes operários vão sofrer sem emprego. Parece?

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Não posso deixar passar o lançamento da P-58, ontem,  sem comentar a matéria apelativa publicada na edição da Folha no mesmo dia, dizendo que “conclusão de plataforma deve deixar rastro de demissões em cidade gaúcha“, a de Rio Grande, onde foi montada a embarcação, a partir de um superpetroleiro japonês, o Welsh Venture, desde outubro de 2011.
Curioso, porque não leio no jornal que o final da construção de um shopping center “deixa um rastro de demissões”, nem que o final de obra de um conjunto de prédios fizesse isso. Nem que tenha feito uma reportagem sobre o desemprego dos trabalhadores da indústria naval quando Roger Agnelli comprou na China e na Coreia os 12 supergraneleiros da Vale…
Depois, porque o jornal afirma que “a conclusão das obras em plataformas de petróleo deixará de 5.000 a 9.000 operários sem trabalho no polo naval do município”.
Bom, a P-58, quando muito, empregou 3 mil pessoas. Para chegar a este número, só se somarmos todos os que trabalharam em todas as três plataformas já entregues na cidade, a primeira delas em 2009/10.
encomenavalPortanto, a conta da Folha está inflada até dizer chega.
Olhe para a fotografia dos trabalhadores do estaleiro durante a visita da presidenta…É cara de quem está prevendo ficar desempregado, ver a família em dificuldades?
A reportagem da Folha não resiste a uma destas imagens sequer.
Os trabalhadores que o estaleiro está cheio de encomendas: dois outros navios (P-75 e P-77) vão ser convertidos lá, a partir de março do ano que vem. Daqui a pouco mais de quatro meses, portanto.

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Bem pertinho, no Estaleiro Rio Grande, como a gente mostrou ontem, montam-se os dois primeiros navio-plataforma da série de oito que serão produzidos lá.
Mas tem outras obras contratadas por lá.
Aliás, o que está se formando ali é nada menos que o maior pólo naval do país, onde já há 13 estaleiros e que está recebendo outro gigante, o Estaleiros do Brasil, em São José do Norte,  um investimento total de R$ 1,2 bilhão, que vai fazer a integração dos equipamentos de processamento de óleo no casco da P-74, que está tendo o casco reformado no Estaleiro Inhaúma, no Rio de Janeiro.
Há ainda três navios-sonda para o pré-sal – dos 28 que serão feitos aqui – também já contratados ali.
Não há “rastro de demissões” numa indústria que passou de dois mil para 70 mil trabalhadores em 12 anos.
Mesmo um pequeno momento de descontinuidade numa empresa pode ser amplamente compensado em outras unidades ou mesmo com acordos de lay-off, por dois ou três meses, com garantia do emprego e redução temporária do salário, desde que negociada com o sindicato. E isso nem acaba acontecendo, porque muitos dos trabalhadores que estão no Sul vêm do Nordeste, onde na Bahia e em Pernambuco os estaleiros também estão cheios de encomenda.
Ao contrário, a Petrobras teve de investir para formar, através de um programa de educação profissional, o Prominp, 100 mil pessoas, desde 2004 e já anuncia para o primeiro trimestre de 2014 a abertura de mais 17 mil vagas em cursos profissionais – onde o aluno é remunerado – para formar trabalhadores e técnicos nas modalidade solicitadas por sua cadeira de fornecedores, sobretudo os navais.
A recuperação – agora nem isso: explosão – do setor naval, no qual já fomos a segunda maior indústria do mundo, que desapareceu e hoje já voltou a der a quarta maior do planeta, é à prova de urubus.
Por: Fernando Brito

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Dilma lança P-58 e visita “fábrica” de plataformas para o pré-sal

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Agora de manhã, além de presidir a cerimônia de conclusão do navio-plataforma P-58 – feito, como a maioria do seu tipo, a partir de um antigo casco de superpetroleiro, o  Welsch Venture, Dilma Rousseff visitará uma das mais importantes iniciativas que o pré-sal está permitindo à indústria naval brasileira: uma fábrica de navios-plataforma de petróleo gigantes, conhecida como Projeto Replicantes.
Os replicantes serão oito navios do tipo FPSO – que recebem, processam, armazenam e transferem para petroleiros a produção de diversos poços de petróleo interligados – construídos em série. Como são montados com peças idênticas, um ao lado do outro, num imenso dique seco na cidade gaúcha de Rio Grande, a velocidade de construção é maior e o custo cerca de 25% menor que uma obra naval equivalente feita pelos métodos convencionais.
Além disso, por não se tratar de uma estrutura adaptada – única, portanto – a economia de projeto e execução – e, futuramente, de manutenção – atinge também as instalações dos equipamentos de convés. Na foto acima, você vê o primeiro dos replicantes, a P-66, já com suas formas bem definidas e, ao lado, o início da montagem da P-67.Esta, e apenas esta, terá algumas partes vindas da China, para acelerar o processo de fabricação. Ou outros seis replicantes, cada um deles medindo 288 metros de comprimento, serão inteiramente montados no Brasil, até 2018.
As P-66 e 67 vão para o campo de Lula, produzindo a partir de 2016, cada uma, 150 mil barris de petróleo por dia.
Já os 330 metros de comprimento do casco da P-58, a partir da semana que vem, começam a receber  as estruturas adicionais de processamento de óleo, fabricadas em Niterói (RJ) e transportadas para o Rio Grande do Sul por balsas. Quem passar pela ponte Rio-Niterói e observar, logo após a Ilha de Mocanguê, dia e noite, guindastes imensos movimentando torres de tanques e tubos cinza e amarelos, fique sabendo que daqui a alguns meses por ali vão estar passando por ali  petróleo e gás do pós e do pré-sal do campo de Parque das Baleias, na porção capixaba de Bacia de Campos.
Portanto, quem não perceber que, daqui a pouco, o que vai acontecer não é uma simples solenidade de visita a obras não está entendendo o quanto isso significa de progresso e afirmação para a indústria, a engenharia, o emprego e a economia de um Brasil que, até pouco tempo, comprava no exterior todos os equipamentos de produção de petróleo.
Sob os aplausos, aliás, dos que diziam que “lá fora é mais barato”, esquecendo que o mais barato é o que fica em casa, dando trabalho a seu povo e riqueza ao seu país.
Por: Fernando Brito