Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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domingo, 30 de abril de 2017

DATAFOLHA: LULA DISPARA E VENCE EM TODOS CENÁRIOS

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Vereador: "negros já estão quase brancos, saindo com loira, comendo em restaurantes"

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Em discussão na Câmara de Rio Grande (RS) acerca da reserva de 20% de vagas para pessoas autodeclaradas negras ou pardas no serviço público municipal, o vereador Wilson B. Duarte da Silva (PMDB) constrangeu boa parte do público ao dizer que "os negros querem se favorecer, isso que é racismo"; segundo ele, "os negros já estão quase brancos, estão saindo com loira, polaca, estão comendo em restaurantes..."

Rio Grande do Sul 247 – Em discussão na Câmara de Rio Grande (RS) acerca da reserva de 20% de vagas para pessoas autodeclaradas negras ou pardas a fim de ingressarem no serviço público municipal, o vereador Wilson B. Duarte da Silva (PMDB) constrangeu boa parte do público presente. De acordo com o parlamentar, "os negros querem se favorecer, isso que é racismo, afinal os negros já estão quase brancos, estão saindo com loira, polaca, estão comendo em restaurantes...". Leia abaixo texto de Jailton de Freitas Neves, coordenador do Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe, publicado no Jornal Agora:

Na Sessão Plenária em que a pauta discutida na Câmara de Vereadores do Rio Grande/RS era o Projeto de Lei que dispõe sobre a reserva de 20% de vagas para autodeclarados negros e pardos para o ingresso no serviço público municipal. A Casa Legislativa estava amplamente ocupada por representantes de movimentos negros, coletivos, ONG's, assim como cidadãs de diversos setores da sociedade riograndina, dentre as manifestações dos parlamentares, causou repúdio a todos presentes a fala do vereador Wilson B. Duarte da Silva (Kanelão) – PMDB.

O vereador Kanelão não se constrangeu em desqualificar a luta do Povo Negro entoando um discurso desrespeitoso àqueles que lutam por igualdade de oportunidades e contra toda forma de opressão: "Os negros querem se favorecer, isso que é racismo, afinal os negros já estão quase brancos, estão saindo com loira, polaca, estão comendo em restaurantes..."

Desprezando os índices estatísticos nacionais e a realidade de nossa periferia, assegurou que o povo negro não necessita de políticas públicas para inserção no mercado de trabalho, uma vez que já frequentam restaurantes, galgam posições e até casam-se com brancas (os). Para o Vereador, o alegado embranquecimento dos Negros da cidade do Rio Grande, respalda a posição contrária às ações afirmativas. Não é de espantar a posição do vereador Kanelão - como representante da burguesia - à defesa de seus interesses. Discurso de teor racista, que seguido de vaias, causou indignação a todos.

Dados divulgados pelo próprio governo demonstram que a mestiçagem racial não democratizou, de maneira alguma, as relações entre as "raças". Isso simplesmente porque a riqueza do nosso País não foi "miscigenada". Nos últimos dez anos dos governos do PT, os homicídios praticados contra jovens brancos diminuíram 33%, enquanto entre os jovens negros cresceu 23,4%. Os negros que representam 52% da população brasileira aparecem como 67% dos moradores das favelas. O número de 41.127 negros mortos, em 2012, e 14.928 brancos é um retrato cruel das diferenças raciais no Brasil e apenas apontam o estado emocional subjacente que vive cada pessoa e cada família negra brasileira.

Embora trabalhem tanto quanto os brancos, os negros recebem salários muito menores. Conforme a Síntese de Indicadores Sociais 2012, publicada pelo IBGE, enquanto um branco recebe em média 3,5 salários mínimos mensais, uma simples mudança no tom da pele derruba esse rendimento para 2,2 salários no

Estado, o que representa uma diferença de 59%.

Como a dominação de classe, combinada à opressão racial, se manteve, o mito da democracia racial permanece até hoje como escudo ideológico dessa dominação/opressão. O Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe repudia o discurso e atitude do vereador Kanelão e se coloca como alternativa na luta contra o racismo burguês e capitalista e na defesa dos trabalhadores (as) negros(as) do Rio Grande. Esta luta transcende as questões raciais, pois mostra ser uma luta de classe, que precisa ser combatida com todo vigor.

domingo, 10 de novembro de 2013

Folha, o urubu naval, diz que estes operários vão sofrer sem emprego. Parece?

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Não posso deixar passar o lançamento da P-58, ontem,  sem comentar a matéria apelativa publicada na edição da Folha no mesmo dia, dizendo que “conclusão de plataforma deve deixar rastro de demissões em cidade gaúcha“, a de Rio Grande, onde foi montada a embarcação, a partir de um superpetroleiro japonês, o Welsh Venture, desde outubro de 2011.
Curioso, porque não leio no jornal que o final da construção de um shopping center “deixa um rastro de demissões”, nem que o final de obra de um conjunto de prédios fizesse isso. Nem que tenha feito uma reportagem sobre o desemprego dos trabalhadores da indústria naval quando Roger Agnelli comprou na China e na Coreia os 12 supergraneleiros da Vale…
Depois, porque o jornal afirma que “a conclusão das obras em plataformas de petróleo deixará de 5.000 a 9.000 operários sem trabalho no polo naval do município”.
Bom, a P-58, quando muito, empregou 3 mil pessoas. Para chegar a este número, só se somarmos todos os que trabalharam em todas as três plataformas já entregues na cidade, a primeira delas em 2009/10.
encomenavalPortanto, a conta da Folha está inflada até dizer chega.
Olhe para a fotografia dos trabalhadores do estaleiro durante a visita da presidenta…É cara de quem está prevendo ficar desempregado, ver a família em dificuldades?
A reportagem da Folha não resiste a uma destas imagens sequer.
Os trabalhadores que o estaleiro está cheio de encomendas: dois outros navios (P-75 e P-77) vão ser convertidos lá, a partir de março do ano que vem. Daqui a pouco mais de quatro meses, portanto.

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Bem pertinho, no Estaleiro Rio Grande, como a gente mostrou ontem, montam-se os dois primeiros navio-plataforma da série de oito que serão produzidos lá.
Mas tem outras obras contratadas por lá.
Aliás, o que está se formando ali é nada menos que o maior pólo naval do país, onde já há 13 estaleiros e que está recebendo outro gigante, o Estaleiros do Brasil, em São José do Norte,  um investimento total de R$ 1,2 bilhão, que vai fazer a integração dos equipamentos de processamento de óleo no casco da P-74, que está tendo o casco reformado no Estaleiro Inhaúma, no Rio de Janeiro.
Há ainda três navios-sonda para o pré-sal – dos 28 que serão feitos aqui – também já contratados ali.
Não há “rastro de demissões” numa indústria que passou de dois mil para 70 mil trabalhadores em 12 anos.
Mesmo um pequeno momento de descontinuidade numa empresa pode ser amplamente compensado em outras unidades ou mesmo com acordos de lay-off, por dois ou três meses, com garantia do emprego e redução temporária do salário, desde que negociada com o sindicato. E isso nem acaba acontecendo, porque muitos dos trabalhadores que estão no Sul vêm do Nordeste, onde na Bahia e em Pernambuco os estaleiros também estão cheios de encomenda.
Ao contrário, a Petrobras teve de investir para formar, através de um programa de educação profissional, o Prominp, 100 mil pessoas, desde 2004 e já anuncia para o primeiro trimestre de 2014 a abertura de mais 17 mil vagas em cursos profissionais – onde o aluno é remunerado – para formar trabalhadores e técnicos nas modalidade solicitadas por sua cadeira de fornecedores, sobretudo os navais.
A recuperação – agora nem isso: explosão – do setor naval, no qual já fomos a segunda maior indústria do mundo, que desapareceu e hoje já voltou a der a quarta maior do planeta, é à prova de urubus.
Por: Fernando Brito

terça-feira, 18 de junho de 2013

Mais uma da Petrobras “em crise”


Saiu agora de manhã do porto de Rio Grande (RS), a plataforma P-63 da Petrobras, que – depois de uma escala na Ilha de Santana, em Macaé, para receber os últimos ajustes nos equipamentos, cumprindo exigências do Ibama,  e rumar para o campo de Papa Terra, na Bacia de Campos, um dos maiores do pós-sal, localizado bem diante de Cabo Frio (RJ), a 110 km da costa e com profundidade de 1.200 m.
A P-63, cuja operação deverá começar em agosto, vai, progressivamente, acrescentar 140 mil barris diários à produção brasileira de petróleo ultrapesado e um milhão de metros cúbicos por dia de gás.
A neblina da manhã que você vê na foto encobre menos os enormes 334 metros de comprimento – três campos de futebol – da P-63 do que uma mídia que só está interessada em desqualificar a Petrobras e “dar uma mãozinha” aos tubarões do nosso petróleo.
Por: Fernando Brito