Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 20 de setembro de 2016

Parente corta investimento em 25% e pede para comprar plataformas fora do Brasil



Petrobras prevê investir US$ 74,1 bilhões entre 2017 e 2021, uma queda de 25% em relação ao Plano de Negócios e Gestão 2015-2019, informou a estatal em comunicado ao mercado nesta terça-feira 20; redução dos aportes é ainda maior quando comparada com o plano de negócios da estatal em 2014, de US$ 220,6 bilhões em cinco anos; além da queda nos investimentos, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu autorização à Agência Nacional do Petróleo (ANP) para que a empresa importe plataformas de produção do petróleo, ferindo a lei que estabelece um percentual mínimo de conteúdo nacional; decisão acontece depois da venda de uma área do pré-sal e da principal rede de dutos da empresa 

247 – No mesmo dia em que anuncia uma redução de investimentos de 25% entre 2017 e 2021, conforme seu novo Plano de Negócios e Gestão, vem à tona a notícia de que o presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu autorização à Agência Nacional do Petróleo (ANP) para que a empresa importe plataformas de produção do petróleo.

A decisão fere a lei que estabelece um percentual mínimo de conteúdo nacional e vem na esteira de outras ações polêmicas da nova gestão da estatal, como a venda da área de Carcará, no pré-sal, à estatal norueguesa Statoil, e da Nova Transportadora do Sudeste (NTS), que opera a malha de gasodutos da estatal.

Segundo reportagem da Folha sobre o pedido da Petrobras para comprar uma plataforma no exterior para a produção na área de Libra, a estatal confirmou o pedido à ANP – necessário para que não sejam cobradas multas à empresa pelo descumprimento dos compromissos de conteúdo legal –, mas não explica os motivos.

A ANP pediu informações adicionais à companhia para dar sequência à análise do pedido. O contrato de Libra prevê conteúdo local mínimo de 55%, mas um instrumento legal permite o perdão pelo não cumprimento dos compromissos em caso de falta de fornecedores ou de preços mais elevados do que no mercado internacional.

Leia mais na reportagem da Reuters sobre o plano de negócios:
Petrobras reduz plano de investimento em 25%, para US$74,1 bi, em 5 anos

Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras prevê investir 74,1 bilhões de dólares entre 2017 e 2021, uma queda de 25 por cento em relação ao Plano de Negócios e Gestão 2015-2019, revisado em janeiro deste ano, informou nesta terça-feira a petroleira em comunicado ao mercado.
O corte de investimento foi geral, ainda que a empresa continue priorizando investimentos na exploração e produção do pré-sal.

"A carteira de investimentos do Plano prioriza projetos de exploração e produção de petróleo no Brasil, com ênfase em águas profundas. Nas demais áreas de negócios, os investimentos destinam-se, basicamente, à manutenção das operações e à projetos relacionados ao escoamento da produção de petróleo e gás", afirmou a estatal em nota.



Analistas ouvidos pela Reuters aguardavam investimentos até 2021 de cerca de 80 bilhões de dólares.
A redução dos aportes é ainda maior quando comparada com o plano de negócios da petroleira em 2014, de 220,6 bilhões de dólares em cinco anos, quando a companhia ainda não havia reportado perdas bilionárias pelo escândalo de corrupção e os preços do petróleo estavam mais altos.

A Petrobras prevê investimentos da área de Exploração & Produção de 60,6 bilhões de dólares), sendo que 76 por cento do montante será alocado para desenvolvimento da produção, 11 por cento para exploração e 13 por cento para suporte operacional. No plano anterior, a principal divisão da empresa receberia investimentos de 80 bilhões de dólares.

Já a área de Refino e Gás Natural receberá investimentos de 12,4 bilhões de dólares no período, sendo 50 por cento destinados à continuidade operacional dos ativos e o restante a projetos relacionados ao escoamento da produção de óleo e gás. No plano anterior, a divisão de Abastecimento tinha uma previsão de 10,9 bilhões de dólares e a de Gás e Energia, de 5,4 bilhões de dólares.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

As razões de um canalha contra o Brasil

 
QUAL O INTERESSE DESSE GRUPO MIDIÁTICO, CONCESSIONÁRIA PÚBLICA DE 
 
COMUNICAÇÃO, EM TENTAR PREJUDICAR UM PAÍS INTEIRO POR CONTA DE UM 
 
LADRÃO DESQUALIFICADO ? TALVEZ ISSO FAÇA PARTE DO DNA DESSA 
 
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA QUE HÁ DÉCADAS CONSPIRA CONTRA O PAÍS E SEU 
 
POVO. QUAL A VANTAGEM DA GLOBO NESSA TRAMA TODA ? QUEM FOI MEMBRO 
 
ATIVO NO SUICÍDIO DE UM PRESIDENTE, DEMOCRATICAMENTE ELEITO E TEVE 
 
PARTICIPAÇÃO ATIVA EM UMA QUARTELA ÀS CUSTAS DE DÓLARES, DEVE TER 
 
MOTIVOS $$  DE BASTANTE INTERESSE PARA QUE TUDO, TUDO , SEJA ENTREGUE 
 
AO CAPITAL INTERNACIONAL. VEREMOS !!

Blog opedeuta

canalha

O Globo oferece espaço ao ladrão Paulo Roberto Costa, hoje, para atacar a decisão da Petrobras de construir navios e sondas de petróleo no Brasil.

Diz ele que a decisão foi “política”, não técnica.

É claro que foi: foi uma decisão de política industrial que privilegia a produção nacional, o emprego nacional e a capacidade tecnológica nacional.


Ou seja, que privilegia o Brasil.

Pode ter havido desvios em contratos? Pode e deve ser apurado.

Mas, da mesma forma, pode-se desviar – e até com mais facilidade, pois o dinheiro já está lá fora – na compra ou no afretamento destes equipamentos no exterior, se o contratante é um ladrão.

Diz o jornal:

“Em um dos depoimentos de sua delação premiada, divulgado na quinta-feira, Costa afirmou que a decisão de produzir navios para a Petrobras no Brasil “foi política e não técnica”, elevando os custos da estatal. Segundo ele, era muito mais barato e vantajoso encomendar de estaleiros da Coreia do Sul, por exemplo.”

Eu, particularmente, acho que teria sido “mais barato e vantajoso” ter mandado o senhor para a Coreia, mas a do Norte.

Mas, senhor ladrão, permita-me uma pergunta:

A sua decisão de roubar foi técnica ou  política?

Assim como poderia ter saído mais barato comprar um navio lá fora, não teria sido mais barato fazer contratos como os que o senhor fez sem embutir a propina?

O senhor, senhor ladrão, ignora os milhares  de encomendas, de empregos, de renda para os trabalhadores brasileiros que isso gerou – e gera ainda, apesar do que o senhor fez – e para suas famílias?

Porque a família dos operários não conta, se o senhor locupletou sua mulher, filhas e genros – todos perdoados no atacado pelo ínclito juiz Sérgio Moro –  com o dinheiro proveniente de sua roubalheira?

Só num país onde a imprensa se acanalhou um bandido como o senhor tem espaços nos jornais para deitar regras sobre o que seria uma decisão “técnica”.

O senhor é um ladrão, e ainda haverá quem lhe diga isso com todas as letras e sem temor, porque este estigma está em sua testa, por mais que o fantasiem de “salvador do país” e  “esperança dos honestos”.

Porque é ladrão e ladrão da pior espécie, o ladrão público, que o senhor é.

Por maiores que sejam seus arreglos com a Justiça e com a mídia, por mais que se acovardem os que devem enfrentá-lo, não há como tirar esta marca do senhor, nem em mil anos.

E em algum lugar há de haver gente capaz de chamá-lo assim, como o que o senhor é: ladrão.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

PETROBRAS BATE RECORDE DE PRODUÇÃO NO PRÉ-SAL

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Dilma lança a P-62. Petrobras bate recorde de novas plataformas e mira salto na produção


 Autor: Fernando Brito
p62
Enquanto os bobalhões da mídia se dedicam a reproduzir factóides – como o da maquininha virtual que foi transformada em “consultoria americana” para prever a falência da Petrobras, a piada do ano – a petroleira brasileira vai preparando a base para o maior salto já registrado de aumento de produção na indústria petrolífera.
Amanhã, a presidenta Dilma Roussef participa, no Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, da cerimônia de conclusão da P-62, um navio plataforma capaz de processar 180 mil barris de petróleo por dia, e que vai operar no campo de Roncador, na Bacia de Campos, o  mesmo da pior cena já vivida pela atividade petroleira no Brasil: o afundamento da P-36, no governo FHC.
É a nona plataforma construída apenas neste ano de 2013.
Juntas, elas tem uma capacidade de produção de quase 1,5 milhão de barris por dia. Ou 70% de tudo o que a Petrobras produz hoje.
Plataformas, entretanto, não são como comprar um carro na concessionária e sair dirigindo. É preciso tempo para contectá-las aos poços, iniciar o comissionamento de carga nas suas instalações lentamente, ajustar e apurar o funcionamento destas imensas bombas de óleo em pleno oceano.
Nada pode ser feitos às pressas, de qualquer maneira.
A entrada em produção plena leva meses e, em casos onde há poços produzindo próximos a outros em perfuração, até anos, enquanto funcionam com carga parcial.
Lentamente, de agora até 2020, nossa produção vai subir até cerca de 5 milhões de barris – em petróleo e em gás – o que significa simplesmente dobrar a produção atual.
Em 2014, mais 11 plataformas serão licitadas.
Reproduzo, aí embaixo, o filme publicitário que a empresa lançou no final de semana.
Que desperta amor ou ódio, na medida em que se ame ou odeie a ideia de um Brasil livre e rico, para seu povo.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Mais uma da Petrobras “em crise”


Saiu agora de manhã do porto de Rio Grande (RS), a plataforma P-63 da Petrobras, que – depois de uma escala na Ilha de Santana, em Macaé, para receber os últimos ajustes nos equipamentos, cumprindo exigências do Ibama,  e rumar para o campo de Papa Terra, na Bacia de Campos, um dos maiores do pós-sal, localizado bem diante de Cabo Frio (RJ), a 110 km da costa e com profundidade de 1.200 m.
A P-63, cuja operação deverá começar em agosto, vai, progressivamente, acrescentar 140 mil barris diários à produção brasileira de petróleo ultrapesado e um milhão de metros cúbicos por dia de gás.
A neblina da manhã que você vê na foto encobre menos os enormes 334 metros de comprimento – três campos de futebol – da P-63 do que uma mídia que só está interessada em desqualificar a Petrobras e “dar uma mãozinha” aos tubarões do nosso petróleo.
Por: Fernando Brito

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Contra a Petrobras, são “valentes”. Com a Vale…



Há uma exploração sem limites nesta questão judicial contra a Petrobras, que se refere a débitos fiscais supostamente devidos pela gestão Fernando Henrique, entre 1999 e 2002.
Como se sabe, o caso envolve a tributação de remessas da empresa efetuadas ao exterior para pagar o frete de plataformas de petróleo contratadas no exterior.
A empresa, como é seu direito, está discutindo a procedência da dívida e seu montante, tanto que já tem um provisionamento, em seu balanço, de R$ 4,5 bilhões em razão da pendência judicial.
Não houve condenação definitiva ao pagamento dos alegados R$7,4 bilhões e, portanto, não se justifica que a empresa perca, sem nenhum acordo para a solução do litígio, a Certidão Negativa de Débitos, sem a qual não pode operar importações e exportações nem participar de processos licitatórios, como os leilões de áreas petrolíferas.
É tão óbvio que suspender a capacidade da Petrobras  de prover estas necessidades do país em matéria de derivados de petróleo cria graves riscos sociais e é motivo mais do que suficiente para que, cautelarmente, ela não sofresse a suspensão da certidão durante a discussão do débito. Era, como dizem os franceses “ça va sans dire”, óbvio e não é possivel compreender porque o ministro Benedito Gonçalves tenha alegado que a empresa “não comprovou não demonstrou de forma convincente, em seu pedido, “o risco de danos irreparáveis”, como está nos jornais.
Nem o Ministério Público, que não costuma ter muita condescendência com ninguém, se opôs a uma cobrança intempestiva e açodada.
O que é interessante observar é que não se fez 10% deste alvoroço quando se condenou a Vale – a Vale do Agnelli – a pagar quatro vezes mais  - R$ 30 bilhões – em impostos devidos por operações no exterior. E olha que, no caso da Vale, já havia sentença executória do Superior Tribunal de Justiça em favor da Fazenda Nacional, o que não é o caso da dívida da Petrobras.
Você leu alguma notícia sobre tirarem uma certidão e impedirem a Vale de exportar? Não? Nem eu.
Aliás, a execução da sentença contra a Vale – expedida em maio de 2011 -está suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal, primeiro por liminar e, depois, por decisão plenária, em abril último.
Mas era a Vale, uma empresa formalmente privada, embora a maior parte das ações esteja em mãos de bancos oficiais e fundos de pensão de estatais.
Não é a Petrobras, onde se garante a exploração da mídia, louca para a empresa enfrentar problemas e abrir espaço para as multinacionais.
Que, se a  gente bobear, engatam o navio lá fora mesmo e chupam o petróleo que pertence ao Brasil, como a Petrobras pertence.
Com ela, todos ficam “valentes”.
Ao contrá
 Por: Fernando Brito

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Dilma batiza a P-59 e afunda o PiG

Dilma lembrou que foi Nunca Dantes que se insurgiu contra compra de navios da Petrobrás no exterior.

Nos anos 80, o Brasil era a segunda indústria naval do mundo.

Depois, com o sombrio neolibelismo (*), a indústria naval brasileira afundou.

(É uma especialidade da dupla Cerra/FHC.)

Por causa do Nunca Dantes, o Brasil trouxe os estaleiros de volta.

Saiu hoje no Blog da Petrobrás:

Dilma Rousseff batiza a plataforma P-59


A P-59 será a sexta plataforma do tipo autoelevatória da Petrobras em operação no país. Com isto, a empresa aumenta seu alcance em profundidade d’água rasa para 106 m. As atuais operam em até 70m. A Companhia investiu cerca de US$ 360 milhões na construção da plataforma, projetada para atender aos cronogramas operacionais de exploração e produção da Companhia nos próximos anos e dar suporte à eventual estratégia de incorporação de novos blocos exploratórios em águas rasas, dependente ainda de leilões da ANP.

No discurso, a Presidenta reafirmou a política econômica em curso desde 2003: desenvolver e distribuir os benefícios do desenvolvimento com o povo.

(Clique aqui para ler “as crianças são mais importantes que o PIB” e aqui para ler “a inadimplência vai cair”.)

Depois dessa guinada promovida pelo Nunca Dantes, ela realiza o que chamou de “modificar condições”:

- os juros nunca dantes – ela fez questão de usar  expressão que o PiG (**) odeia – foram tão baixos;

- a taxa de câmbio hoje impede o sucateamento da indústria nacional por moedas estrangeiras manipuladas (menção implícita à China);

- e a redução progressiva dos impostos.

O Brasil vai sair da crise sem tirar os direitos dos trabalhadores, como a Espanha fez: semana passada cancelou o décimo-terceiro salário.

E não adianta nada.

Tem país na Europa (deve ser a Grécia – PHA), disse ela, em que a taxa de desemprego é de 25% e isso põe na rua, desempregada, a metade da população jovem do país.

E lá eles continuam a cortar direito do trabalhador e a aumentar impostos.

Dilma quer usar a crise para melhorar: reduzir o custos, reduzir os impostos, aumentar a capacitação do trabalhador e com ele distribuir os bônus do crescimento.

Ela lembrou que foi o Nunca Dantes que se insurgiu contra a compra de navios e plataformas da Petrobrás no exterior.

E a solução encontrada para produzir a P-59, da associação da Petrobrás com empresas privadas, se reproduzirá.

Porque ela e o Lula sabem que o brasileiro é capaz de produzir essas obras que ela chamou de “fantásticas” (o ansioso blogueio prefere “espetacular”- PHA).

É por essas e outras que o PiG (**) diariamente tenta vender a Petrobrax à Chevron – clique aqui para ver como o PiG (**) trabalha para beneficiar as empresas estrangeiras, contra a Petrobás.


Paulo Henrique Amorim



(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Chevron do Cerra: foi um erro operacional ?

 
O Cerra ia entregar o Brasil a um hotel flutuante ?


Amigo navegante engenheiro de petróleo  levanta  hipóteses para explicar o vazamento da Chevron  do Cerra e que o PiG (*) levou onze dias para noticiar.

Clique aqui para ver a batalha do Fernando Brito do Tijolaço para esclarecer o vazamento

Teria sido um erro operacional, diz o amigo navegante.

Houve uma elevação da pressão na perfuração, o que teria indicado a perda de controle sobre o poço.

O risco de um blow out, uma explosão, nesses casos, é muito alto.

Para evitar a explosão, teria sido injetada uma quantidade de lama (um procedimento usual) acima do normal.

O que teria provocado o rompimento do reservatório.

O amigo navegante também suspeita que a plataforma da Chevron seja obsoleta.

Suspeita-se que a Chevron a tenha alugado pela ninharia de US$ 330 mil/ dia, enquanto uma plataforma zero bala se alugue por US$ 600 mil / dia.

Uma plataforma como essa da Chevron, no Mar do Norte, deixaria de perfurar (diante dos riscos)  para se tornar um flotel – um hotel flutuante para atender as diversas plataformas na área.

Pois essa seria a Chevron que, segundo o WikiLeaks, receberia do Padim Pade Cerra o pré-sal de presente.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O “nacionalismo” naval da Folha está furado

Quando a gente fala que a mídia manipula a informação, não está dizendo que ela mente.
Está dizendo que distorce, aumentando um lado, reduzindo o outro.
Vejam o caso da manchete – e mais quase toda uma página  interna da edição de hoje da Folha de S. Paulo.
“90% das plataformas de petróleo são compradas no exterior”
Aí vem a conta marota.
Como foram compradas 22 plataformas e, destas, só três foram integralmente construídas aqui, tem-se que 3/22 é igual a  13,6%. E então, 87% dão estrangeiras. Arredondando, 90%, não é?
Aí você, pacientemente, lê toda a matéria. A repórter Leila Coimbra jamais escreve a expressão 90%, senão uma vez, para dizer que das  48 plataformas da petroleira privada OSX, 90% serão construídas no Brasil, no estaleiro que o grupo empresarial de Eike Batista está começando a construir no Porto do Açu, em sociedade com a sul-coreana Hyundai Heavy Industries, e que será, segundo os planos, o maior estaleiro das Américas.
Como a empresa já achou e extrai petróleo, é óbvio que ela não iria esperar ficar pronto o estaleiro e que o estaleiro produzisse as plataformas, não é? Até porque, é evidente, um estaleiro não é simples como “fazer um puxadinho” e construir uma plataforma não é fazer um toldo de varanda. Portanto, nada mais natural que, na fase inicial, ela comprasse quatro plataformas em estaleiros que fazem uma atrás da outra.
Mas vá lá, é uma empresa privada e, se a Folha não se incomoda em que a Vale – segundo ela, empresa privada também, embora o estado tenha a maioria das ações do consórcio controlador – faça navios lá fora, é estranho que se incomode com o fato de a OSX fazê-lo. E, como se viu, nem é o caso.
Bom, sobram então, dos 15 equipamentos utilizados no gráfico que ilustra a matéria, 11 equipamentos pertencentes à Petrobras, e só três deles  feitos no exterior: a TLP-61 e os navios-plataforma (FPSO) Santos e Angra dos Reis.
E por que? Os dois FPSO foram comprados porque se destinam aos sistemas definitivos de exploração dos campos de Tupi e Lula, os primeiros do pré-sal. Eles substituem outros, afretados no exterior, que fizeram os testes de longa duração, mas que não têm capacidade de suportar o megavolume – 100 mil barris/dia – que os poços terão na sua operação comercial.  Foi, portanto, uma opção de velocidade na entrada de operação do pré-sal.
Opção que, de forma alguma, substitui ou reduz o empenho da Petrobras em desenvolver a indústria naval e petrolífera nacionais. Tanto que os FPSO apontados como tendo “parte nacional, parte estrangeira” são, na sua maioria, cascos comprados e reformados estruturalmente no exterior – eles têm previsão de ficarem ancorados no poço por 20 anos, não podem vir á terra para pequenos reparos – e convertidos aqui em navios-plataforma. O P-58 está no Estaleiro Estaleiro Rio Grande – que vai fazer oito outros FPSO, chamados “replicantes” – e o P-52 no Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco. Lá, também, será sendo feito o “Cidade de São Paulo”, que tem apenas o casco importado da China.
Aliás, uma das características comuns a muitos navios-plataforma do tipo FPSO é serem construídos, por opção econômica, a partir de cascos de antigos navios petroleiros de grande capacidade – os chamados VLCC, Very Large Crude Carriers – que não são mais competitivos como navios de longo curso mas que se prestam perfeitamente – por sua enorme capacidade de tanques -  à operação quase estacionária de um navio-plataforma. Daí a necessidade de reforma do casco, em geral em dique seco, para reforçar suas características estruturais. O complexo não é o casco, mas a construção de uma plataforma de petróleo sobre ele.
E a TLP-61? É simples, é uma plataforma de um tipo diferente, pioneira no Brasil. E não está sendo feita no exterior, não.  Está sendo feita no Estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis.
Mas, como é uma plataforma de outro tipo, diferente de todas já utilizadas pela Petrobras, a execução do projeto implicará a utilização de uma balsa especial para a etapa de mating (acoplamento do casco ao convés). A balsa existente no Brasfels, utilizada na construção de P-52, P-51 e P-56, não se encaixa à P-61, por que a  distância entre  suas colunas é menor do que em plataformas semissubmersíveis, como as que usa a Petrobras.  Assim, a nova balsa será construída no estaleiro da Keppel Fels em Singapura, junto com uma parte do convés e dos topsides da plataforma, que chegam ao estaleiro brasileiro no fim deste ano.
Agora, se a Folha se preocupa tanto com a questão da nossa capacidade de construir aqui plataformas para a exploração de petróleo, ao ponto de dedicar uma capa do caderno de economia à nossa “incapacidade” de fazê-las, porque dedicou, no dia da inauguração da P-52, no início deste mês, a plataforma com maior índice de nacionalização já alcançado (73%), apenas dois parágrafos de uma pequena matéria, como voc~e pode ver na reprodução publicada aí ao lado?
Seria isso o que o neoacadêmico Merval Pereira disse outro dia, desqualificando os blogs, a “capacidade de hierarquizar a notícia” da grande mídia?

sexta-feira, 3 de junho de 2011

“É tudo nosso. Nós move o Brasil”


Amanhã, com a presença da presidenta da República, Dilma Rousseff, a plataforma P-56 da Petrobras será batizada. E a maneira mais legal que encontrei  de ilustrar este post foi reproduzir o vídeo, que encontrei no Youtube,  gravado, meio de brincadeira, por três dos quatro mil operários que construíram essa gigante de 54 mil toneladas, e que vai processar 100 mil barris de petróleo e comprimir 6 milhões de m³ de gás por dia, no Campo de Marlim Sul, localizado na Bacia de Campos.
Na brincadeira dos três, sai uma frase que comove, até por ser dita com a pureza de que sente, em lugar de fazer discurso. É tudo nosso. Nós que move o Brasil”. E é mesmo (quase) tudo nosso, porque a P-56 tem um recorde de nacionalização: além do casco ser integralmente feito em Angra dos Reis, pelo estaleiro Brasfeld e em Itaguaí, pela Nuclep, os módulos que ele suporta têm 73% de materiais e equipamentos feitos no Brasil.
Amanhã, quando a madrinha da P-56, a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), batiza-la, começarão os ajustes finais para sua viagem até a Bacia de Campos, onde essa gigante vai fazer de seus 137 metros de altura o mastro de uma bandeira invisível, mas sensível: o povo brasileiro é um povo capaz, e muito capaz, de fazer o que achavam que era impossível fazer aqui em outras épocas. Sim, é tudo nosso, e que importa a concordância… É mesmo nós que move o Brasil!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Brasil construirá laboratório marítimo em plataforma desativada


Estudos do mar
Governo e cientistas buscam caminhos para avançar nas pesquisas sobre o mar.
Uma das propostas em discussão é viabilizar a primeira plataforma oceânica brasileira, um laboratório em alto mar voltado para pesquisas científicas e tecnológicas.
A ideia foi apresentada aos pesquisadores pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, em simpósio promovido na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília.
Estudos da Petrobras apontam para a possibilidade de aproveitamento da estrutura de plataformas de exploração de petróleo que estão sendo desativadas pela companhia, que podem ser convertidas para laboratórios científicos.
No laboratório serão feitas pesquisas marinhas de alto nível relacionadas às correntes oceânicas, vida marinha, biotecnologia e geologia, sobretudo geologia do petróleo, em apoio à exploração do pré-sal.
Pesquisas oceanográficas
As discussões foram desenvolvidas a partir de três vertentes: Pesquisa e Desenvolvimento, Recursos Humanos e Aspectos Institucionais e Logística.
Ao final dos debates, o grupo chegou ao consenso de que um laboratório oceânico dessa natureza é importante para alavancar as pesquisas oceanográficas no Brasil, sendo um grande investimento, tanto do ponto de vista político-estratégico quanto científico.
Os cientistas prepararam uma série de sugestões, que serão apresentadas ao ministro como subsídio para desenvolvimento de pesquisas, formação e capacitação de recursos humanos em Ciências do Mar, utilizando a Plataforma Oceânica como base para os avanços das pesquisas.
Projeto Pirata
Outra iniciativa para facilitar a coleta de dados sobre o mar é o Projeto Pirata, implantado desde 1997.
Trata-se de uma cooperação entre Brasil, Estados Unidos e França, que trabalha com um conjunto de boias oceânicas ancoradas no Atlântico Tropical, tendo no Brasil a coordenação do INPE (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais), em parceria com a Marinha.
Os equipamentos mantêm registros diários dos valores de temperatura, de salinidade e de precipitação, dados utilizados para o estudo do clima e do oceano. “Essas boias são essenciais para entendermos de que forma o Oceano Atlântico Tropical afeta o clima do Brasil”, ressalta o pesquisador titular do Inpe, Paulo Nobre.
O especialista reforça que o conhecimento na área é importante para se entender a influência do mar em ocorrências como grandes secas e inundações, cada vez mais intensas no País. “Essa variabilidade do clima sobre o Brasil é muito impactada pela dinâmica do Oceano Atlântico. O Oceano Atlântico era, até então, recentemente, um vazio de dados e de conhecimento, então essas boias visam sanar essa falta,” sustenta.
Os dados são coletados pelas boias a cada hora e transmitidos por satélites brasileiros e europeus. As informações são processadas e disponibilizadas na internet, na página do Inpe e de outras instituições nos Estados Unidos e na França, e enviadas a centros de meteorologia para serem utilizados para as previsões de tempo e de clima.
No Brasil, o projeto é estruturado através do Comitê Nacional do Projeto Pirata, que conta com a presidência do Inpe e a participação da Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP), do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), entre outros.
Boias e sensores
A novidade é que o Projeto Pirata começa a trabalhar na consolidação e capacitação dos laboratórios de calibração de sensores na construção das boias no Brasil.
“Esse é um processo que, até então, vinha sendo feito pela NOAA (na sigla em inglês – Administração Oceânica e Atmosférica Nacional) nos Estados Unidos, e agora nós estamos dando mais esse passo que é para que todo o processo das boias – coleta dos dados, retirada anual do mar para calibrações – sejam feitas no Brasil”, informa Nobre.
Os novos rumos do projeto, os investimentos e a operacionalização também já foram discutidos em uma outra reunião no Ministério da Ciência e Tecnologia.