Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Paulo Nogueira: Gentili, o chapa branca

A teoria de Nogueira é certíssima. Hoje em dia, no Brasil, é muito fácil falar mal do PT ou do governo. Porque vivemos uma democracia, e o PT tem tradição democrática de lidar tranquilamente com a crítica (diferente de alguns partidos, que promovem censura em redes sociais, e pedem a “cabeça” de jornalistas).

Na verdade, criticar o PT virou a coisa mais politicamente correta que há. Politicamente incorreto seria, numa plateia de riquinhos, elogiar o PT. Ou fazer uma piada que zombasse do ódio da mídia à Lula.
Politicamente incorreto seria fazer piada com a sonegação da Globo. Aí sim teríamos um humor corajoso. O humor que caras como Danilo Gentili fazem é humor de puxa-saco da elite financeira. Chapa branquismo da pior espécie.
Por isso são tão decadentes.
O humor chapa branca de Danilo Gentili e assemelhados
Por Paulo Nogueira, no Diario do Centro do Mundo.
Falei já aqui do que é jornalismo chapa branca: é escrever tudo aquilo que os donos das companhias de mídia querem que você escreva. Você ataca as pessoas e as ideias das quais os barões da mídia não gostam. E é altamente positivo para os favoritos dos empresários jornalísticos, como Joaquim Barbosa e José Serra.
Isto é o jornalismo chapa branca, na versão brasileira do novo milênio. Alguns jornalistas têm dificuldade extrema em reconhecer isso. Dias atrás, a jornalista Míriam Leitão disse que jamais escreveu ou disse qualquer coisa que não fosse ideia exclusivamente dela.
Temos então um caso raro: o de uma absoluta, torrencial, intransponível coincidência de ideias entre os donos da Globo e Míriam Leitão. Eles não devem discordar sequer sobre a escalação da seleção brasileira.
O fenômeno da “chapa-branca-que-não-parece-chapa-branca-mas-é” está presente também no humorismo brasileiro. Seus representantes se apresentam como “politicamente incorretos”, mas quem acredita nisso acredita em tudo.
Como os jornalistas chapa branca, os humoristas chapa branca investem contra pessoas que o chamado “1%” – cuja voz é precisamente a Globo – detesta.
Você já os viu fazer humor politicamente incorreto com a compulsão de sonegar da Globo, por exemplo? Não viu. E não verá. As boas relações com a “turma do dinheiro” são vitais para que os humoristas chapa branca ganhem convite para participar (ou até liderar) programas de rádio e tevê, e para que sejam incluídos em eventos empresários nos quais o cachê é uma beleza.
Um desses humoristas me chamou particularmente a atenção num vídeo que circulou pelo Twitter estes dias: Danilo Gentili.
No vídeo, sob olhares de Lobão e de Olavo Carvalho, Gentili conta uma história que, segundo ele, resume o Brasil: a dele mesmo.
Vou abreviar: ele diz que, por ter nascido num cortiço em Santo André, sabe que os pobres brasileiros detestam a “praga chamada PT”. Sua certeza se funda em bases científicas: os amigos pretéritos de cortiço. Eles xingavam Lula. Os votos e as pesquisas, naturalmente, não são nada diante da amostragem de Gentili.
A “livre iniciativa” o salvou. Gentili se refere à “livre iniciativa” como um fundamentalista evangélico fala da salvação pela “palavra” – a bíblia.
Pesquisei sobre Gentili depois de ver o vídeo. Vi que ele ficou furioso porque a Folha disse que a comédia Mato sem Cachorro, na qual ele trabalha, faz sucesso de bilheteria mesmo sem ter nenhum humorista famoso. Ele se considerou injustiçado, porque é “famoso”.
Vi também uma piada que ele fez quando Dilma era candidata. “Muita gente vai votar nela porque foi presa e torturada”, disse ele. “Eu não. Se ela foi presa e torturada é porque é idiota.” Isso é o que se chama de analfabetismo político num grau irremediável.
Nelson Rodrigues disse certa vez que se a televisão é de baixo nível é porque seu público também é, e o baixo nível de ambas as partes, por isso, fica justificado e mutuamente absolvido. Vale o mesmo para Gentili – e derivados — e sua plateia.
Aquele tipo de piada com Dilma é “politicamente incorreto”. Mas, na verdade, é “economicamente correto”, ou chapa branca. Você não brinca com os donos do poder econômico. Com eles, você é dócil como um poodle amestrado. Abana o rabinho a um estalo dos dedos.
Você granjeia fama como um “rebelde”, “iconoclasta” – sendo exatamente o oposto disso, um defensor sem graça e sem causa do establishment.
Sobre o Autor: O jornalista Paulo Nogueira, baseado em Londres, é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.
BabacaEssenciaMasculina

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O “Calunista” que é a "cara da VEJA" ...

REINALDO AZEVEDO
Por Luís Nassif

Azevedo foi um jornalista apagado até os 40 anos de idade. Depois, entrou para a revista “Primeira Leitura”, que cerrou as portas quando foi denunciado o esquema de patrocínios políticos absurdos que a mantinha e que envolveu a NOSSA CAIXA do governo tucano de São Paulo. Patrocínio desfeito, a ira do “Rei” com seus ex-amigos do PT, partido a que ele era filiado, virou um caso patológico.
Foi, então, contratado por Mario Sabino para se tornar o blogueiro da Veja,  incumbido dos ataques aos adversários e da bajulação aos aliados e à empresa. Pratica ambos com notável desenvoltura.
Dedica a Sabino temor reverencial. Quando não recebe ordens diretas da direção, procura se antecipar ao que considera ser a opinião da revista.
Às vezes erra e entra em pânico.
Quando Barack Obama despontou nas pesquisas, escreveu comentário preconceituoso contra ele. No final de semana a edição da revista elogiava o candidato. Sua reação foi um e-mail temeroso a Sabino, perguntando das conseqüências do escorregão.
Acalmou-se quando recebeu o “nihil obstat”. Passou recibo no Blog, divulgando o e-mail súplice e a absolvição generosa.
Tenta reproduzir o ideal “yuppie” do grupo, como apregoar que sempre foi bem sucedido (até os 40 anos era jornalista apagado e  desempregado), gostar de uísque escocês e separar parte de suas cinco horas de sono para “fazer amor”. Aprecia quando comentários supostamente assinados por leitores (grande parte dos comentários é de "anônimos", que tanto podem ser leitores quanto o próprio blogueiro) realçam sua inteligência e charme.
Gosta de ser chamado de "meu Rei" e "tio Rei" pelos leitores. Esbanja preconceito contra negros, mulheres, abusa de um linguajar chulo, não tem limites para caluniar ou difamar críticos da revista.
Seu blog participa do  circuito de blogs que fazem eco às "denúncias" lançadas pelo lobby de Daniel Dantas.
É reconhecidamente pessoa desequilibrada, com pendores homofóbicos. Tem obsessão por insinuações sexuais contra adversários e é especialmente agressivo com mulheres. Consegue saltar, sem nenhum filtro, da agressão mais escatológica contra os "inimigos" à bajulação mais rasteira às chefias.
Em qualquer publicação, independentemente do porte, seu desequilíbrio seria contido dentro de limites editoriais. Na Veja de Eurípedes-Sabino não só tem autorização para fazer o que quiser-até sugerir "boquetes" ao presidente - como é estimulado a isso.
Graças à falta de  discernimento de Eurípedes e Sabino e à pouca importância que ambos - mais a Abril - dedicam ao trabalho de preservação da imagem da revista, Azevedo representa uma espécie de caricatura, a parte mais grotesca do processo de degradação editorial da revista. É um esgoto sem filtro. Todo o seu desequilíbrio é despejado diariamente no Blog e sua atuação festejada por Sabino.
Hoje em dia, junto ao universo crescente dos freqüentadores da Internet, a imagem de Veja tornou-se irremediavelmente ligada à de Azevedo, o "tio Rei".


É o exemplo mais acabado do processo de deterioração moral e editorial que tomou conta da revista.


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