Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Confira os deputados que votaram pela urgência para tirar direitos dos trabalhadores

Acompanhe na relação a seguir quais os deputados que votaram contra ou a favor do regime de urgência para a tramitação do PL 4330, o projeto da terceirização total e indiscriminada que reduzirá direitos dos trabalhadores.
ATENÇÃO
Quem votou SIM está contra os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
Quem votou NÃO foi contra o rolo compressor do Eduardo Cunha para votar essa PL.
Esta lista foi elaborada pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.
ParlamentarPartidoVoto

Roraima (RR)
Abel Mesquita Jr.PDTSim
Carlos AndradePHSSim
Hiran GonçalvesPMNNão
Jhonatan de JesusPRBNão
Maria HelenaPSBNão
Remídio MonaiPRSim
ShéridanPSDBSim
Total Roraima: 7

Amapá (AP)
André AbdonPRBNão
Cabuçu BorgesPMDBSim
Janete CapiberibePSBNão
Jozi RochaPTBSim
Marcos ReateguiPSCSim
Professora MarcivaniaPTNão
Total Amapá: 6

Pará (PA)
Arnaldo JordyPPSNão
Beto FaroPTNão
Beto SalamePROSNão
Delegado Éder MauroPSDSim
Edmilson RodriguesPSOLNão
Elcione BarbalhoPMDBSim
Francisco ChapadinhaPSDSim
Hélio LeiteDEMSim
Joaquim PassarinhoPSDSim
José PriantePMDBSim
Josué BengtsonPTBSim
Júlia MarinhoPSCNão
Nilson PintoPSDBSim
Simone MorgadoPMDBSim
Zé GeraldoPTNão
Total Pará: 15

Amazonas (AM)
Alfredo NascimentoPRNão
Arthur Virgílio BisnetoPSDBSim
Átila LinsPSDSim
Conceição SampaioPPSim
Hissa AbrahãoPPSSim
Marcos RottaPMDBSim
Pauderney AvelinoDEMSim
Silas CâmaraPSDSim
Total Amazonas: 8

Rondonia (RO)
Expedito NettoSolidariedSim
Lucio MosquiniPMDBSim
Luiz CláudioPRSim
Marcos RogérioPDTNão
Mariana CarvalhoPSDBSim
Marinha RauppPMDBSim
Nilton CapixabaPTBSim
Total Rondonia: 7

Acre (AC)
Alan RickPRBSim
AngelimPTNão
César MessiasPSBSim
Flaviano MeloPMDBSim
Jéssica SalesPMDBSim
Leo de BritoPTNão
RochaPSDBSim
Sibá MachadoPTNão
Total Acre: 8

Tocantins (TO)
Carlos Henrique GaguimPMDBSim
César HalumPRBSim
Dulce MirandaPMDBSim
Irajá AbreuPSDSim
Josi NunesPMDBSim
Lázaro BotelhoPPSim
Profª Dorinha RezendeDEMNão
Vicentinho JúniorPSBSim
Total Tocantins: 8

Maranhão (MA)
Aluisio MendesPSDCSim
André FufucaPENSim
Cleber VerdePRBNão
Deoclides MacedoPDTNão
Eliziane GamaPPSNão
Hildo RochaPMDBSim
João CasteloPSDBSim
João Marcelo SouzaPMDBSim
José ReinaldoPSBSim
Junior MarrecaPENSim
Juscelino FilhoPRPSim
Pedro FernandesPTBSim
Rubens Pereira JúniorPCdoBNão
Victor MendesPVSim
Waldir MaranhãoPPSim
Weverton RochaPDTNão
Zé CarlosPTNão
Total Maranhão: 17

Ceará (CE)
Adail CarneiroPHSSim
André FigueiredoPDTNão
Aníbal GomesPMDBSim
Antonio BalhmannPROSSim
Arnon BezerraPTBSim
Cabo SabinoPRNão
Chico LopesPCdoBNão
Danilo FortePMDBSim
Domingos NetoPROSNão
Genecias NoronhaSolidariedSim
Gorete PereiraPRSim
José Airton CiriloPTNão
José GuimarãesPTNão
Leônidas CristinoPROSNão
Luizianne LinsPTNão
MacedoPSLNão
Moroni TorganDEMNão
Moses RodriguesPPSNão
Odorico MonteiroPTNão
Raimundo Gomes de MatosPSDBSim
Ronaldo MartinsPRBNão
Vitor ValimPMDBNão
Total Ceará: 22

Piauí (PI)
Assis CarvalhoPTNão
Átila LiraPSBNão
Heráclito FortesPSBSim
Iracema PortellaPPSim
Júlio CesarPSDSim
Marcelo CastroPMDBSim
Merlong SolanoPTNão
Paes LandimPTBSim
Rodrigo MartinsPSBSim
Silas FreirePRSim
Total Piauí: 10

Rio Grande do Norte (RN)
Antônio JácomePMNAbstenção
Beto RosadoPPSim
Fábio FariaPSDSim
Felipe MaiaDEMSim
Rafael MottaPROSNão
Rogério MarinhoPSDBSim
Walter AlvesPMDBSim
Zenaide MaiaPRSim
Total Rio Grande do Norte: 8

Paraíba (PB)
Aguinaldo RibeiroPPNão
Benjamin MaranhãoSolidariedSim
Damião FelicianoPDTNão
Efraim FilhoDEMSim
Hugo MottaPMDBSim
Luiz CoutoPTNão
Manoel JuniorPMDBSim
Pedro Cunha LimaPSDBSim
Rômulo GouveiaPSDSim
Veneziano Vital do RêgoPMDBNão
Wellington RobertoPRSim
Wilson FilhoPTBSim
Total Paraíba: 12

Pernambuco (PE)
Anderson FerreiraPRSim
Augusto CoutinhoSolidariedSim
Betinho GomesPSDBSim
Bruno AraújoPSDBSim
Carlos Eduardo CadocaPCdoBNão
Daniel CoelhoPSDBSim
Eduardo da FontePPSim
Fernando Coelho FilhoPSBSim
Fernando MonteiroPPSim
Gonzaga PatriotaPSBSim
Jarbas VasconcelosPMDBSim
João Fernando CoutinhoPSBSim
Jorge Côrte RealPTBSim
Kaio ManiçobaPHSSim
Luciana SantosPCdoBNão
Mendonça FilhoDEMSim
Pastor EuricoPSBSim
Raul JungmannPPSNão
Ricardo TeobaldoPTBSim
Silvio CostaPSCSim
Tadeu AlencarPSBNão
Wolney QueirozPDTNão
Zeca CavalcantiPTBNão
Total Pernambuco: 23

Alagoas (AL)
Arthur LiraPPSim
Cícero AlmeidaPRTBNão
Givaldo CarimbãoPROSSim
Marx BeltrãoPMDBSim
Maurício Quintella LessaPRSim
PaulãoPTNão
Pedro VilelaPSDBSim
Ronaldo LessaPDTNão
Total Alagoas: 8

Sergipe (SE)
Adelson BarretoPTBSim
Andre MouraPSCNão
Fábio MitidieriPSDSim
Fabio ReisPMDBSim
João DanielPTNão
Jony MarcosPRBNão
Laercio OliveiraSolidariedSim
Valadares FilhoPSBSim
Total Sergipe: 8

Bahia (BA)
Afonso FlorencePTNão
Alice PortugalPCdoBNão
Antonio BritoPTBAbstenção
Antonio ImbassahyPSDBSim
Arthur Oliveira MaiaSolidariedSim
BacelarPTNNão
BebetoPSBNão
Benito GamaPTBSim
Cacá LeãoPPSim
CaetanoPTNão
Claudio CajadoDEMSim
Daniel AlmeidaPCdoBNão
Davidson MagalhãesPCdoBNão
Elmar NascimentoDEMSim
Erivelton SantanaPSCSim
Félix Mendonça JúniorPDTSim
Fernando TorresPSDSim
Irmão LazaroPSCSim
João Carlos BacelarPRSim
João GualbertoPSDBSim
Jorge SollaPTNão
José Carlos AleluiaDEMSim
José Carlos AraújoPSDSim
José NunesPSDSim
José RochaPRNão
Márcio MarinhoPRBNão
Mário Negromonte Jr.PPSim
Moema GramachoPTNão
Paulo AziDEMSim
Paulo MagalhãesPSDNão
Roberto BrittoPPSim
Ronaldo CarlettoPPSim
Sérgio BritoPSDSim
Tia EronPRBSim
Uldurico JuniorPTCNão
Valmir AssunçãoPTNão
Waldenor PereiraPTNão
Total Bahia: 37

Minas Gerais (MG)
Adelmo Carneiro LeãoPTNão
Ademir CamiloPROSNão
Aelton FreitasPRNão
Bilac PintoPRSim
Caio NarcioPSDBSim
Carlos MellesDEMSim
Dâmina PereiraPMNSim
Delegado Edson MoreiraPTNSim
Diego AndradePSDSim
Dimas FabianoPPSim
Domingos SávioPSDBSim
Eduardo BarbosaPSDBSim
Eros BiondiniPTBSim
Fábio RamalhoPVSim
Gabriel GuimarãesPTNão
Jaime MartinsPSDSim
Jô MoraesPCdoBNão
Júlio DelgadoPSBAbstenção
Laudivio CarvalhoPMDBNão
Leonardo MonteiroPTNão
Leonardo QuintãoPMDBSim
Lincoln PortelaPRNão
Luis TibéPTdoBSim
Luiz Fernando FariaPPSim
Marcelo Álvaro AntônioPRPNão
Marcelo AroPHSSim
Marcos MontesPSDSim
Marcus PestanaPSDBSim
Margarida SalomãoPTNão
Mário HeringerPDTSim
Mauro LopesPMDBSim
Misael VarellaDEMSim
Newton Cardoso JrPMDBSim
Odelmo LeãoPPSim
Padre JoãoPTNão
Pastor FranklinPTdoBSim
Paulo Abi-AckelPSDBSim
Raquel MunizPSCSim
Reginaldo LopesPTNão
Renzo BrazPPSim
Rodrigo de CastroPSDBSim
Rodrigo PachecoPMDBSim
Saraiva FelipePMDBSim
Silas BrasileiroPMDBSim
Stefano AguiarPSBSim
Subtenente GonzagaPDTNão
Tenente LúcioPSBSim
Toninho PinheiroPPSim
Wadson RibeiroPCdoBNão
Weliton PradoPTNão
Zé SilvaSolidariedSim
Total Minas Gerais: 51

Espírito Santo (ES)
Carlos ManatoSolidariedSim
Dr. Jorge SilvaPROSNão
Evair de MeloPVSim
Givaldo VieiraPTNão
Helder SalomãoPTNão
Lelo CoimbraPMDBSim
Marcus VicentePPSim
Paulo FolettoPSBSim
Sergio VidigalPDTSim
Total Espírito Santo: 9

Rio de Janeiro (RJ)
Alessandro MolonPTNão
Alexandre SerfiotisPSDSim
Alexandre VallePRPSim
Altineu CôrtesPRSim
AureoSolidariedSim
Benedita da SilvaPTNão
Cabo DacioloPSOLNão
Celso JacobPMDBSim
Celso PanseraPMDBNão
Chico AlencarPSOLNão
Chico D’ AngeloPTNão
Clarissa GarotinhoPRNão
Cristiane BrasilPTBSim
DeleyPTBNão
Dr. JoãoPRSim
Eduardo CunhaPMDBArt. 17
Ezequiel TeixeiraSolidariedSim
Fabiano HortaPTNão
Felipe BornierPSDSim
Fernando JordãoPMDBSim
Francisco FlorianoPRNão
Glauber BragaPSBNão
Hugo LealPROSNão
Indio da CostaPSDSim
Jair BolsonaroPPSim
Jandira FeghaliPCdoBNão
Jean WyllysPSOLNão
Julio LopesPPSim
Leonardo PiccianiPMDBSim
Luiz Carlos RamosPSDCNão
Luiz SérgioPTNão
Marcelo MatosPDTNão
Marcos SoaresPRSim
Marquinho MendesPMDBSim
Miro TeixeiraPROSNão
Otavio LeitePSDBSim
Paulo FeijóPRSim
Roberto SalesPRBNão
Rodrigo MaiaDEMSim
Rosangela GomesPRBNão
Sergio ZveiterPSDSim
Simão SessimPPSim
Soraya SantosPMDBSim
Sóstenes CavalcantePSDSim
Walney RochaPTBSim
Washington ReisPMDBSim
Total Rio de Janeiro: 46

São Paulo (SP)
Alex ManentePPSSim
Alexandre LeiteDEMSim
Ana PeruginiPTNão
Andres SanchezPTNão
Antonio BulhõesPRBNão
Antonio Carlos Mendes ThamePSDBSim
Arlindo ChinagliaPTNão
Arnaldo Faria de SáPTBNão
Baleia RossiPMDBSim
Beto MansurPRBSim
Bruna FurlanPSDBSim
Bruno CovasPSDBSim
Capitão AugustoPRSim
Carlos SampaioPSDBSim
Carlos ZarattiniPTNão
Celso RussomannoPRBNão
Dr. Sinval MalheirosPVSim
Eduardo BolsonaroPSCSim
Eduardo CuryPSDBSim
Eli Correa FilhoDEMSim
Evandro GussiPVSim
Fausto PinatoPRBNão
FlavinhoPSBSim
Gilberto NascimentoPSCSim
GoulartPSDSim
Guilherme MussiPPSim
Herculano PassosPSDSim
Ivan ValentePSOLNão
Jefferson CamposPSDSim
João Paulo PapaPSDBSim
Jorge Tadeu MudalenDEMSim
José MentorPTNão
Keiko OtaPSBSim
Lobbe NetoPSDBSim
Luiz Lauro FilhoPSBSim
Luiza ErundinaPSBNão
Major OlimpioPDTSim
Mara GabrilliPSDBSim
Marcelo SquassoniPRBSim
Marcio AlvinoPRSim
Miguel HaddadPSDBSim
Miguel LombardiPRSim
Milton MontiPRSim
Missionário José OlimpioPPSim
Nelson MarquezelliPTBSim
Nilto TattoPTNão
Orlando SilvaPCdoBNão
Paulo Pereira da SilvaSolidarideSim
Paulo TeixeiraPTNão
Renata AbreuPTNNão
Ricardo IzarPSDSim
Ricardo TripoliPSDBSim
Roberto AlvesPRBNão
Roberto FreirePPSSim
Samuel MoreiraPSDBSim
Sérgio ReisPRBNão
Silvio TorresPSDBSim
TiriricaPRSim
Valmir PrascidelliPTNão
Vanderlei MacrisPSDBSim
Vicente CandidoPTNão
VicentinhoPTNão
Vinicius CarvalhoPRBNão
Vitor LippiPSDBSim
Walter IhoshiPSDSim
William WooPVSim
Total São Paulo: 66

Mato Grosso (MT)
Adilton SachettiPSBSim
Ezequiel FonsecaPPSim
Fabio GarciaPSBSim
Nilson LeitãoPSDBSim
Professor Victório GalliPSCSim
Ságuas MoraesPTNão
Valtenir PereiraPROSNão
Total Mato Grosso: 7

Distrito Federal (DF)
Alberto FragaDEMSim
Augusto CarvalhoSolidariedSim
Erika KokayPTNão
IzalciPSDBSim
Laerte BessaPRSim
Ronaldo FonsecaPROSSim
Roney NemerPMDBSim
Total Distrito Federal: 7

Goiás (GO)
Alexandre BaldyPSDBSim
Célio SilveiraPSDBSim
Daniel VilelaPMDBSim
Delegado WaldirPSDBSim
Fábio SousaPSDBSim
Giuseppe VecciPSDBSim
Heuler CruvinelPSDSim
João CamposPSDBSim
Jovair ArantesPTBSim
Lucas VergilioSolidariedSim
Magda MofattoPRSim
Marcos AbrãoPPSSim
Pedro ChavesPMDBSim
Roberto BalestraPPSim
Sandes JúniorPPSim
Total Goiás: 15

Mato Grosso do Sul (MS)
Carlos MarunPMDBSim
DagobertoPDTSim
Elizeu DionizioSolidariedSim
Geraldo ResendePMDBSim
MandettaDEMSim
Tereza CristinaPSBSim
Vander LoubetPTNão
Zeca do PtPTNão
Total Mato Grosso do Sul: 8

Paraná (PR)
Alex CanzianiPTBSim
Alfredo KaeferPSDBSim
Aliel MachadoPCdoBNão
Assis do CoutoPTNão
Christiane de Souza YaredPTNNão
Diego GarciaPHSSim
Dilceu SperaficoPPSim
Enio VerriPTNão
Evandro Rogerio RomanPSDSim
Hermes ParcianelloPMDBSim
João ArrudaPMDBNão
LeandrePVSim
Leopoldo MeyerPSBNão
Luciano DucciPSBSim
Luiz Carlos HaulyPSDBSim
Luiz NishimoriPRSim
Marcelo BelinatiPPNão
Nelson MeurerPPNão
Osmar BertoldiDEMSim
Osmar SerraglioPMDBSim
Ricardo BarrosPPSim
RossoniPSDBSim
Rubens BuenoPPSSim
Sandro AlexPPSSim
Sergio SouzaPMDBSim
Toninho WandscheerPTNão
Zeca DirceuPTNão
Total Paraná: 27

Santa Catarina (SC)
Carmen ZanottoPPSSim
Celso MaldanerPMDBSim
Cesar SouzaPSDSim
Décio LimaPTNão
Edinho BezPMDBSim
Esperidião AminPPSim
Geovania de SáPSDBNão
João RodriguesPSDSim
Jorge BoeiraPPSim
Jorginho MelloPRSim
Marco TebaldiPSDBSim
Mauro MarianiPMDBSim
Pedro UczaiPTNão
Rogério Peninha MendonçaPMDBSim
Ronaldo BenedetPMDBNão
Valdir ColattoPMDBSim
Total Santa Catarina: 16

Rio Grande do Sul (RS)
Afonso HammPPSim
Afonso MottaPDTNão
Alceu MoreiraPMDBSim
Bohn GassPTNão
Carlos GomesPRBSim
Covatti FilhoPPSim
Danrlei de Deus HinterholzPSDSim
Darcísio PerondiPMDBNão
Fernando MarroniPTNão
Giovani CheriniPDTSim
Heitor SchuchPSBNão
Henrique FontanaPTNão
Jerônimo GoergenPPSim
João DerlyPCdoBNão
José FogaçaPMDBNão
José Otávio GermanoPPSim
Jose StédilePSBNão
Luis Carlos HeinzePPSim
Luiz Carlos BusatoPTBNão
Marco MaiaPTNão
MarconPTNão
Maria do RosárioPTNão
Mauro PereiraPMDBSim
Nelson Marchezan JuniorPSDBSim
Onyx LorenzoniDEMSim
Osmar TerraPMDBSim
Paulo PimentaPTNão
Renato MollingPPSim
Ronaldo NogueiraPTBNão
Sérgio MoraesPTBSim
Total Rio Grande do Sul: 30

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Eles devolveram o sentido de ir às ruas no 1º de Maio

A rua funciona: presidente do Senado, Renan Calheiros, não quer entrar para a lista dos coveiros da CLT. Renan diz que o Senado vai analisar 'sem pressa' a PL 4330 e critica o desmonte da CLT defendido pela bancada dos patrões liderada por Aécio & Cunha.


Alerta aos coveiros da CLT: depois de seis anos de arrocho e desregulação brutal do mercado de trabalho, a Espanha concentra as maiores taxas de desemprego da Europa -- das 29 áreas com o dobro da taxa média da UE, 13 são espanholas. Na Andaluzia, 35% estão sem trabalho



'Acho que os trabalhadores ainda não entenderam a gravidade da situação, se entendessem as mobilizações de rua seriam maiores' (Patrícia Almeida Ramos, presidente da Associação dos Magistrados de Justiça do Trabalho de São Paulo ,sobre a PL 4 330)


A PL das terceirizações pretende acabar de vez com a agenda do desenvolvimento para jogar o país na lógica global do neoliberalismo espoliativo.


por: Saul Leblon 

Guilherme Zocchio / Flickr

A sofreguidão conservadora cometeu um erro do qual talvez não consiga mais se redimir. Ou pelo menos não tão cedo, nem  tão facilmente. 
Vitoriosa ou derrotada, carregará na testa para semore a marca de ferro com as iniciais do seu dono: ‘Fiesp’.
Em ordem unida, a bancada dos patrões –inclua-se o tucanato e respectivas subespécies do mesmo ninho ideológico--  abraçou uma bandeira que empresta incandescente transparência às reais intenções por trás da cruzada moralista catalisada pela Lava Jato. 
A terceirização total da força de trabalho no país  – doa a quem doer, como parece ser a determinação do adido patronal no Legislativo, Eduardo Cunha--  carrega  abrangência e letalidade suficientes para expor a matriz dos interesses que hoje fustigam o governo, sangram o PT, asfixiam a Petrobrás e não hesitam em quebrar o Brasil.
Com tal radicalidade, a PL 4330 ressuscitou algo que parecia ter se perdido  na imparcial conduta do juiz Moro no combate à corrupção: a luta de classes.
Borrada igualmente fica a narrativa  que equipara a encruzilhada do desenvolvimento brasileiro a uma monocausal paralisia sanável com água, sabão,  arrocho e fim do governo do PT.
Nenhuma faxina restauradora terá o efeito desejado, porém, ressalva o jogral conservador, se a viga mestra do edifício econômico não for recolocada no devido lugar: ‘é preciso derrubar o custo Brasil’, cortando a  mãe de todos os despropósitos, o custo do trabalho.
Esse é o  pulo do gato do país de Getúlio Vargas para o de Aécio, Skaf & Cunha e assemelhados.
A isso se propõe a PL 4330, ao autorizar o desmonte da CLT em todos os setores, para todas as funções laborais, em plena retração do emprego e da economia brasileira.
O ímpeto conservador quebrou o cristal do combate entre puros e sujos ao fazer aflorar a pertinência da luta dos trabalhadores e de suas organizações contra a pantagruélica bocarra dos detentores da riqueza.
Foi esse discernimento perigoso que escapou da garrafa para as ruas de todo o país na semana passada, em manifestações de dezenas de milhares de pessoas em 23 estados contra a terceirização.
A evidência prática do que é capaz uma frente ampla motivada e mobilizada –neste caso em pouquíssimos dias e com o boicote sabido do dispositivo conservador--  gerou efeitos igualmente pedagógicos.
Informe-se para os devidos fins: a rua funciona.
Lula sabe disso. Mas o cerco dos punhos de renda ao seu redor insiste em sombrear seu discernimento.
Desta vez não deu.
Em questão de horas, a bancada dos patrões recuou.  
Depois de votar maciçamente pela implosão dos direitos trabalhistas, o Congresso adiou o escrutínio das emendas finais à PL 4330 para a próxima quarta-feira, 22/04. 
Não sem defecções.
Metade da bancada do PSDB hesita agora em expor seu rosto e seu nome na  votação final. 
A rua funciona.                                                                                                                                                                                                                                        
Essa  lição tem um valor inestimável nos dias que correm.
Em primeiro lugar, para tirar o campo progressista do atoleiro das elucubrações existenciais e focar no que importa.
O que importa, insista-se contra o enfado dos punhos de renda, é construir nas ruas a frente ampla progressista que pode representar os intereses majoritários da sociedade no enfrentamento da ofensiva das elites.
O conservadorismo brasileiro, guardadas as devidas proporções, resolveu reeditar aqui o 1984 inglês.
Como se sabe, o 1984 inglês passou à convenção dos valores mercadistas como o ano em que o neoliberalismo veio à luz, graças à derrota sangrenta imposta por Margareth Tatcher a uma greve de mineiros de carvão que durou um ano. 
O sindicato era um símbolo da luta operária europeia tendo sido o principal responsável pela conquista de uma avançada legislação de direitos trabalhistas ainda no século XIX. 
A primeira ministra conservadora tinha opinião formada sobre isso.
“Maggie’ encarava o poder mineiro como a antessala do comunismo. 
Via na sua tenacidade um inibidor da liberdade dos mercados, que onerava os custos de produção, alimentava a inflação, corroía a competitividade da economia inglesa nos mercados mundiais.
Soa familiar? 
Exatamente.
Para esmagar os mineiros, a primeira-ministra, cuja morte em abril de 2013 inspirou um animado carnaval fora de época nas ruas da Inglaterra, não poupou truculência e contou com a solidariedade de classe.
Reagan forneceu carvão a baixo custo à amiga ‘Maggie’  para que seu governo pudesse atravessar o inverno rigoroso da velha Albion, sem ceder aos trabalhadores. 
Vitoriosa, Tatcher aproveitou o refluxo do movimento operário para completar o serviço.
Uma legislação restritiva imobilizou os sindicatos. 
A mudança na correlação de forças pavimentou a desregulação e a privatização da economia inglesa, consolidando-se então as bases do que ficaria conhecido como a hegemonia neoliberal no planeta. 
O triunfo, porém,  não teria sido tão retumbante  – pelo menos não a ponto de oferecer uma nova síntese capitalista--  sem a rendição do Partido Trabalhista, de Neal Kinnock.
Objetivamente, os trabalhistas –a social democracia inglesa-- deixaram os mineiros sem retaguarda política ao aderir aos albores do neoliberalismo.
Anos mais tarde, ao fazer um balanço do seu ciclo, Tatcher mostrou-se reconhecida. Ao ser indagada  sobre qual teria sido a sua principal obra, respondeu com um sorriso mordaz: ‘Tony Blair’.
O desafio da frente ampla progressista é não permitir que 2015 seja o 1984 brasileiro.
Não é pouco o que está em jogo.
A PL 4330 não é um embate pontual.
Trata-se de uma chave-mestra.
Com ela pretende-se  arrombar a agenda do desenvolvimento para, de uma forma definitiva, enquadrá-lo na lógica global do neoliberalismo espoliativo.
A exemplo do que se passou sob Tatcher, a desregulação do mercado de trabalho brasileiro não apenas favorece essa mutação.
Ela torna essa travessia funcional; estruturalmente compulsória.
Ao desativar o potencial ordenador que a pujança do mercado de massa brasileiro exerce nas balizas do desenvolvimento, abrem-se as portas para uma mexicanização da economia.
Mão de obra barata e pobreza sem fim; abertura comercial desenfreada e desmonte de políticas soberanas de desenvolvimento.
Nem Brics, nem pré-sal, nem integração latino-americana. 
Maquiladoras, Alca, desigualdade, gangues, anomia.
Revogada a estaca estruturante deixada por Vargas –que redundou no sindicalismo metalúrgico do ABC e num Presidente operário até hoje não digeridos pelas ‘classes produtivas’ (sic)  tudo o mais escorre  com a água do banho.
Políticas sociais, previdência universal, valorização do salário mínimo, SUS etc
Não há tempo para ingenuidade.
A velocidade espantosa com que as coisas se dão exige respostas de uma prontidão engajada e corajosa. 
Há apenas dois anos, o país discutia o ‘apagão’ de mão de obra e a frontera do pleno emprego.
Em 29/04/2013, uma reportagem de ‘O Globo’  tinha como título: ‘’Dificuldade para contratar, a maior queixa das empresas’. O texto exprimia a insatisfação empresarial com uma taxa de desemprego que escavava o seu ponto mais baixo em uma década. 
‘O apagão, antes concentrado em cargos mais qualificados, começa também a chegar a outros setores, como construção civil e comércio’, lamentava a reportagem.
Derrubar as pilastras do pleno emprego e de seus desaforos intrínsecos  – salários reais em alta, benefícios maiores, sindicatos fortes e empregados altivos — é a obra demolidora a que se atira diuturnamente o mutirão do arrocho desde então.
É essa a filiação da A PL 4330.
Trata-se de uma marretada de classe; uma margareth tatcher na forma de lei.
Para demolir ao mesmo tempo dois inconvenientes: o custo do trabalho e o poder político do trabalhador.
A ambição não é nova.
Em 2001, uma legislação equivalente foi aprovada na Câmara Federal, presidida então pelo tucano Aécio Neves. 
Antes que a medida chega-se ao Senado, porém,  Lula chegou ao poder. 
Arquivou-se por 14 anos o assalto à carteira do trabalho.
A vulnerabilidade atual  do PT, associada à transição de ciclo econômico que estreitou a margem de manobra do governo, reabriu a ‘cunha’ para ombrear o país ao mundo e colocar de joelhos o trabalho assalariado. 
Lênin classificava esse tipo de ofensiva como ‘formas científicas de extrair o suor ’. 
Assim como a reengenharia dos anos 80, o downsizing  da década seguinte, o assalto ao suor do povo brasileiro agora é vendido à opinião púbica como um poderoso impulso ao crescimento e à criação de vagas. 
Se a experiência precedente servir de parâmetro não há razões para tanto otimismo. 
Como diz o editorial de Carta Maior no Especial sobre os Brics (leia nesta pág) :
‘A  devastação do mundo do trabalho pelo desemprego e a supressão de direitos é a tônica do nosso tempo. É como se uma  gigantesca  engrenagem cuidasse de tomar de volta tudo aquilo que transgrediu os limites da democracia política formal em direção  a uma verdadeira democracia econômica e social. 
Instala-se em seu lugar um paradigma de eficiência feito de desigualdade ascendente.
A política contribuiu de maneira inestimável para o modo como essa lógica se impôs. 
Erros e derrotas acumulados pela esquerda mundial desde os anos 70, sobretudo a colonização de seu arcabouço programático pelos valores e interditos neoliberais – de que tanto se orgulha Tatcher--  alargaram os vertedouros de uma dominância financeira cuja presença tornou-se ubíqua em todas as esferas da vida humana. 
A queda do Muro de Berlim, em  1989, consagraria aquilo que os mais apressados se atreveram a denominar de ‘fim da historia’. Não era. Mas os sinais vitais nunca se mostraram tão frágeis para inaugurar um novo ciclo.
Não por acaso, ao sobrevir o colapso neoliberal em 2008 configurou-se ineditamente uma ruptura capitalista desprovida de força social capaz de transformá-la em mudança de época.
O que se paga agora em perdas e danos sociais é a fatura desse vazio’.
Para clarear as coisas: não foi a crise atual que gerou o arrocho e a pobreza em desfile no planeta.
Foi a precarização do trabalho irradiada desde meados dos anos 80, bem como a implosão das fronteiras nacionais do desenvolvimento –sobretudo com o advento das cadeias globais na indústria-- que conduziram ao desfecho explosivo da crise de 2008. 
Para quem cogita que a PL 4330 possa conter uma semente de mostarda de modernidade e de capacidade de regeneração do crescimento e do emprego brasileiro , vale lembrar: 
Reagan em 1981, antes até de Tatcher, impôs um derrota  simbólica esmagadora à greve  dos controladores de vôo norte-americanos. A partir daí, desencadeou um devastador  sucateamento laboral nos EUA.
Fatos: 
-desde 2000, a classe média americana munida de diploma universitário  não tem aumento real  de poder de compra;
-mais de 46 milhões de norte-americanos vivem agora na pobreza, constituindo-se na taxa mais elevada dos últimos 17 anos: 15,1% ;
-em termos absolutos, o contingente atual de pobres dos EUA é o maior desde que Census Bureau começou a elaborar as estatísticas há 52 anos.;
-os EUA gastam atualmente US$ 80 bi  por ano com ajuda alimentar - o dobro do valor registrado há cinco anos;
- desde os anos 80, a dependência de ajuda para alimentação cresce mais entre os trabalhadores com alguma formação universitária --  sinal de que sob a égide  dos mercados desregulados, a  ex- classe média afluente não consegue sobreviver sem ajuda estatal;
- cerca  de 28% por cento das famílias que recebem vale-refeição são chefiadas por uma pessoa com alguma formação universitária;
- hoje o food stamps atende  1 em cada sete norte- americanos;
- de  2000 a 2011 , salários baixos e desigualdade  foram responsáveis por 13% da expansão do programa – contra  3,5%  entre 1980 e 2000;
- pesquisas relativas ao período de 1979 e 2005 (ciclo neoliberal anterior à crise) revelam que 90% dos lares norte-americanos viram sua renda cair nesse período; apenas 1% das famílias ascendeu à faixa superior a meio milhão de dólares;
- 21% dos menores norte-americanos vivem em condições de pobreza atualmente.
O quadro acima não é genuíno. 
Um quarto de todos os lares da Inglaterra e País de Gales, cerca de 20 milhões de pessoas, vive em estado de pobreza atualmente, num sólido legado de sucessivos governos neoliberais, desde Tatcher, passando por Blair até chegar a Cameron;
-relatório recente da OCDE - não propriamente uma trincheira progressista -- indica que a renda média de 10% das pessoas mais ricas nos países desenvolvidos  é nove vezes superior à renda media dos 10% mais pobres.
Foi sobre essa base social esfacelada pela precarização e a transferências de empregos e empresas às 'oficinas asiáticas', que se instalou o colapso neoliberal. 
Ao incentivar o consumo dos sem renda com uma oferta desmedida de crédito, a especulação financeira desencadeou a espiral que levaria às subprimes.
O resto é sabido.
Ao contrário do que afirma o trio Cunha, Skaf & Aécio, portanto, o desmonte do mundo do trabalho não apenas se revela uma resposta inadequada à superação da crise e à criação de vagas , como se destaca entre os fatores que desencadearam o seu colapso nas nações ricas.
Estamos falando de economias cuja participação do trabalho na renda nacional  –embora declinante— ainda é bem superior à brasileira, que recuou de mais de 56% nos anos 50,  para um patamar inferior a 40% ao final do governo FHC.
Embora tenha  retomado  a curva ascendente no ciclo do PT, persiste ainda muito distante do pico registrado há mais de meio século.
É sob esse pano de fundo que a PL 4330 evidencia seu impulso regressivo, capaz de arrastar diferentes elos e dinâmicas da luta pelo desenvolvimento no século XXI.
Esse risco gigantesco, paradoxalmente, encerra também o poder de desencadear o seu antídoto.
Qual?
A energia coletiva hoje desperdiçada em descrença individual, prostração solitária, perplexidade imobilizante, sectarismo ideológico e uma incontável constelação de pequenas reuniões em casas de amigos, em foruns sindicais, em debates universitarios e conversas avulsas de brasileiras e brasileiros  inconformados com o assalto conservador em marcha no país.
As manifestações do último dia 15 podem ter sido a primeira trinca nesse dique de perplexidade em direção a uma frente ampla da revolta  com o desassombro, da esperança com o engajamento coletivo.
A petulância conservadora chegou a tal ponto no Brasil que o presidente da Câmara marcou a nova votação do PL 4330 para a semana anterior ao 1º de Maio.
Chegou  a tal ponto que devolveu o sentido de ir às ruas  neste dia 1º de Maio de 2015.
A ver.

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