Oposição quer eleições gerais antes do pacote e sindicatos marcam protesto contra o arrocho na Irlanda. Governo tem moção de desconfiança. Mercados assombrados pelo medo de contágio: crise bancária e fiscal na Europa poderá se espalhar dos países chamados periféricos - Grécia, Irlanda e Portugal - para os maiores - Espanha e Itália. Fuga maciça de capitais assombra as noites e angustia os dias de governos e instituições da União Européia. Ações do Banco da Irlanda caíram 36% ontem. Estimativas indicam que o Estado (mínimo) irlandês,virtualmente quebrado, precisará de um papagaio de 65 bilhões de euros para se financiar nos próximos três anos; bancos igualmente quebrados, buscam 30 bi de euros. A preocupação é: de onde virão os compradores para a dívida dos países periféricos se o Euro virar um mico aos olhos dos mercados? (FT, Bloomberg. Leia 'Amnésia neoliberal: Como o Tigre Celta virou um Haiti Financeiro' ; Carta Maior, 23-11)
A SUPREMACIA DAS FINANÇAS DESREGULADAS: CUSTOS
"(a desregulação financeira) cria distorções ao comércio que tornam as negociações multilaterais irrelevantes (...) se por anos se negocia uma concessão de redução de uma barreira comercial em 5%, em apenas alguns dias a valorização de uma moeda pode ser bem superior ao impacto do corte tarifário que se debatia" (ministro Celso Amorim; Estadão, 23-11)
NO AVESSO DA ORTODOXIA QUE ARRUINOU A IRLANDA:
BRASIL VALORIZA FUNCIONALISMO PÚBLICO
"...um professor de universidade, com doutorado e dedicação exclusiva, ganhava R$ 2.167,56 em 2002 e, neste ano, com o pagamento da terceira parcela do reajuste escalonado, seu salário é de R$ 10.446,81. Outro caso: os servidores de nível intermediário, setor em que havia muito arrocho salarial, receberam também amplos reajustes. Havia casos em que a remuneração inicial era de R$ 668,00 e no final da carreira só chegava a R$ 1.144,14. Esses valores variam hoje de R$ 2.473,52 a R$ 4.436,50..." (Lula, "O Presidente Responde"; 23-11)
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