Quando a crise financeira dos EUA passou a atropelar o resto do mundo, a resposta do governo Lula foi serena. O presidente acalmou o país: “Lá fora a crise poderá ser um tsunami, mas aqui, se chegar, não vai passar de marolinha”.
Os tucanos, José Serra à frente, apoiado no coro da mídia dominante (O Globo, Rede Globo, Estadão,Folha e Veja, das famílias Marinho, Mesquita, Frias e Civita), consideraram as medidas irresponsáveis. Alegaram que o Brasil, “na contra-mão do mundo”, ia se estrepar. A “única medida possível”, pontificou Serra, é “cortar gastos”.
A campanha obsessiva de Serra, sua turma e sua mídia golpista (vejam no alto a capa de O Globo, já comemorando uma catástrofe em março de 2009) só parou quando o Brasil, graças à ação do governo Lula, superou o pior e passou a ser festejado como o primeiro país a sair da crise. Em seguida, retomou o crescimento, que este ano deve chegar a 7,5%, desmoralizando o catastrofismo da “profecia” serrista para os brasileiros.
O operário e a receita errada do doutor
Essa é a história contada abaixo, em pouco mais de nove minutos, num video editado para o You Tube. Na parte inicial, estão imagens do alarmismo propagado pela Rede Globo – que ainda ouviu Serra, politicos notórios do PSDB (como Tasso Jereissatti) e economistas alinhados com ele. A imagem conspícua de Regina Duarte, ectoplasma de 2002, é o arremate adequado. A boboca tinha medo do pesadelo errado.
Isso ajuda ainda a entender porque o país, nos oito anos de Serra como ministro de outro doutor (FHC: Sorbonne, Stanford), quebrou três vezes e bateu às portas do FMI de chapéu na mão (hoje emprestamos ao FMI e as reservas beiram US$ 290 bi). Diplomas são importantes (Lula sabe disso: construiu 14 universidades; FHC, nem uma única). Mas não bastam.
A arrogância do falso profeta
Acompanhei o debate econômico nos dois últimos anos. Não entendia a posição de Serra, seus tucanos e sua mídia. Só podia ser explicada pela obsessão unânime, nos sucessivos episódios politicos a partir de 2005, de varrer Lula do poder. Como confessou abertamente um deles: “vamos ficar livres dessa raça por 30 anos” (imagino que se referia aos pobres e negros, além do PT).
Hoje sabemos o que se passou e o resultado positivo da aposta correta do governo Lula – onde também há múltiplos diplomas e PhDs. No video um Serra professoral sentencia: “É um erro econômico”. Mas o erro foi dele: a arrogância. Acabou punido pelo desatino de confiar nos áulicos, como um tal de Reinaldo Azevedo (foto abaixo). Ouvir gente assim inabilita qualquer diploma.
Lições das histórias infantis
Graças à mídia dominante (Globo, Veja,Folha, Estadão) das quatro famílias, os tucanos passaram a falar – ou escrever – para eles mesmos. Se o coro não destoa, se todo mundo diz a mesma coisa, não passa pela cabeça deles que algo pode estar errado? Falta aquele garoto da historinha para alertar que o rei não veste uma roupa deslumbrante – está nu.
Se fala apenas com os áulicos que o servem, se a leitura é Veja e na tela está a Globo, dois dos que o incensam, só lhe resta dialogar com o próprio espelho. Em outra historinha um espelho mágico diz à rainha má que há outra, sim, mais bela do que ela. Serra precisa de um espelho. Nem precisa ser mágico. Apenas para advertí-lo de que Lula – ou Dilma – nada tem do apedeuta pintado por Azevedo.
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