Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Serra, o conto de fadas ao contrário

Quando a crise financeira dos EUA passou a atropelar o resto do mundo, a resposta do governo Lula foi serena. O presidente acalmou o país: “Lá fora a crise poderá ser um tsunami, mas aqui, se chegar, não vai passar de marolinha”.

 O presidente, com o respaldo da equipe econômica, adotou um conjunto de medidas, entre elas a redução de impostos para incentivar o consumo.
Os tucanos, José Serra à frente, apoiado no coro da mídia dominante (O Globo, Rede Globo, Estadão,Folha e Veja, das famílias Marinho, Mesquita, Frias e Civita), consideraram as medidas irresponsáveis. Alegaram que o Brasil, “na contra-mão do mundo”, ia se estrepar. A “única medida possível”, pontificou Serra, é “cortar gastos”.
A campanha obsessiva de Serra, sua turma e sua mídia golpista (vejam no alto a capa de O Globo, já comemorando uma catástrofe em março de 2009) só parou quando o Brasil, graças à ação do governo Lula, superou o pior e passou a ser festejado como o primeiro país a sair da crise. Em seguida, retomou o crescimento, que este ano deve chegar a 7,5%, desmoralizando o catastrofismo da “profecia” serrista para os brasileiros.
O operário e a receita errada do doutor
Essa é a história contada abaixo, em pouco mais de nove minutos, num video editado para o You Tube. Na parte inicial, estão imagens do alarmismo propagado pela Rede Globo – que ainda ouviu Serra, politicos notórios do PSDB (como Tasso Jereissatti) e economistas alinhados com ele. A imagem conspícua de Regina Duarte, ectoplasma de 2002, é o arremate adequado. A boboca tinha medo do pesadelo errado.
Ao contrário de Serra, que se julga administrador competente a pretexto de ter diploma de economista com doutorado no exterior, Lula (com Dilma na foto ao lado) orgulha-se de ter chegado aonde chegou apesar de ser apenas um operário com formação de torneiro mecânico em curso do SENAI. Mas na crise a desastrosa receita econômica do Doutor Serra teria jogado o Brasil no fundo do poço.
Isso ajuda ainda a entender porque o país, nos oito anos de Serra como ministro de outro doutor (FHC: Sorbonne, Stanford), quebrou três vezes e bateu às portas do FMI de chapéu na mão (hoje emprestamos ao FMI e as reservas beiram US$ 290 bi). Diplomas são importantes (Lula sabe disso: construiu 14 universidades; FHC, nem uma única). Mas não bastam.
A arrogância do falso profeta
Acompanhei o debate econômico nos dois últimos anos. Não entendia a posição de Serra, seus tucanos e sua mídia. Só podia ser explicada pela obsessão unânime, nos sucessivos episódios politicos a partir de 2005, de varrer Lula do poder. Como confessou abertamente um deles: “vamos ficar livres dessa raça por 30 anos” (imagino que se referia aos pobres e negros, além do PT).
Em Princeton um economista ilustre – Paul Krugman, ganhador do Nobel e estudioso aplicado de Keynes – insistia num rumo oposto ao de Serra (criticado na charge de Kayser). Queixou-se de que o governo Obama injetava estímulo insuficiente, devia gastar mais para deter a recessão. Aqui o que mais impressionava era a certeza de Serra. Atacava duro, com o peso dos diplomas, reais ou supostos.
Hoje sabemos o que se passou e o resultado positivo da aposta correta do governo Lula – onde também há múltiplos diplomas e PhDs. No video um Serra professoral sentencia: “É um erro econômico”. Mas o erro foi dele: a arrogância. Acabou punido pelo desatino de confiar nos áulicos, como um tal de Reinaldo Azevedo (foto abaixo). Ouvir gente assim inabilita qualquer diploma.
Lições das histórias infantis
Degenerados intelectuais são incapazes de raciocinar, limitam-se às idéias fixas, delírios, obsessões, insultos. Dão-se ao requinte de reciclar os xingamentos a cada dia. Quem opta pela leitura de criaturas desse nível, pela ilusão indouta de se manter atualizado com a espinafração da vez, corre o risco de desqualificar a própria sensatez – ou o diploma, se o tem.
Graças à mídia dominante (GloboVeja,FolhaEstadão) das quatro famílias, os tucanos passaram a falar – ou escrever – para eles mesmos. Se o coro não destoa, se todo mundo diz a mesma coisa, não passa pela cabeça deles que algo pode estar errado? Falta aquele garoto da historinha para alertar que o rei não veste uma roupa deslumbrante – está nu.
Se fala apenas com os áulicos que o servem, se a leitura é Veja e na tela está a Globo, dois dos que o incensam, só lhe resta dialogar com o próprio espelho. Em outra historinha um espelho mágico diz à rainha má que há outra, sim, mais bela do que ela. Serra precisa de um espelho. Nem precisa ser mágico. Apenas para advertí-lo de que Lula – ou Dilma – nada tem do apedeuta pintado por Azevedo.

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