Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Alunos cotistas: médicos tão bons quanto os outros


Não posso encerrar o dia sem deixar de registrar a ótima matéria do Estadão sobre o desempenho da primeira turma de Medicina a se formar na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – a UERJ – sob o regime de admissão por cotas.
Ao contrário do que alardeiam os que defendem posições discriminatórias, sociais ou raciais, não houve  diferença de rendimento entre alunos não-cotistas e cotistas.
Dos 43 cotistas admitidos – selecionados em faixas por origem na escola pública, etnia, deficiência e baixa renda – apenas quatro não concluíram o curso, mesmo número registrado entre os não-cotistas.
Dos 35 cotistas ouvidos pelo jornal, 25 passaram nas provas para residência, onde não há cotas ou qualquerhandicap. E outros nove não a fizeram ainda, por não terem escolhido a especialidade a seguir ou precisarem ir trabalhar imediatamente, para ganhar mais que a bolsa de R$ 2.200 dos residentes. Entre 44 não-cotistas ouvidos,  oito não estão aprovados para a residência.
Parabéns a todos os novos médicos, cotistas e não cotistas. Que vocês, que são a prova viva de que, com oportunidades, todos podem chegar lá, pratiquem a Medicina com a dedicação e o espírito de solidariedade social que marca esta experiência.
Este post é uma singela homenagem ao Ali Kamel, o mais notável adversário das cotas, autor de um classico da moderna antropologia brasileira, “Não somos racistas”.
A propósito, leia a entrevista com o Secretário de Justiça da Bahia sobre o efeito da obra de Kamel na propagação do preconceito no Brasil.
 PHC.

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