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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Credibilidade do Estadão escorre pelo esgoto.Noticiário do Estadão perde confiabilidade

Até algum tempo atrás, o noticiário do Estadão era visto como o mais objetivo e confiável da velha mídia. Essa postura mudou radicalmente nos últimos anos. A cobertura politizada do caso Vale é demonstração do viés que acabou determinando a queda de qualidade do noticiário do jornal.

O jornal sustentou ter ouvido "um ex-funcionário, três ministros, quatro parlamentares e dois advogados do sistema financeiro" para garantir que uma das moedas de troca, para a demissão de Roger Agnelli, tinha sido a garantia de continuidade do Bradesco no Banco Postal dos Correios.

A matéria foi assinada por 11 (!) jornalistas - incluindo o diretor da sucursal de Brasília, Rui Nogueira.

Ontem, o Bradesco perdeu o leilão do Banco Postal para o Banco do Brasil.
"Na semana passada, a reportagem do Estado ouviu dois diretores da Vale e um ex-funcionário, três ministros, quatro parlamentares e dois advogados do sistema financeiro. Em comum, todos mantêm relacionamento direto com a mineradora e todos são ou foram (nos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) intermediários de conversações e negociações da empresa com o governo. (...)
Banco Postal. Atualmente, a exclusividade de uso do Banco Postal, da estatal Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), está nas mãos do Bradesco. Em 2001, o banco pagou R$ 200 milhões pelo serviço - desembolsa mais cerca de R$ 360 milhões ao ano por participação dos Correios na quantidade de transações realizadas nas agências do Banco Postal. O faturamento mínimo estimado para o Bradesco nesse segmento é de R$ 1 bilhão.
O negócio financeiro da ECT vai ser licitado novamente neste ano e, agora mais do que nunca, o Bradesco evita confrontos com o Planalto, articulando, ao mesmo tempo, uma solução negociada para a escolha do substituto de Agnelli na Vale".

O que selou o destino de Agnelli para que ele perdesse o comando da Vale - economia - Estadao.com.br
Segundo fontes ouvidas pelo 'Estado', a demissão do executivo foi motivada principalmente pela parceria entre o Bradesco e Banco do Brasil
03 de abril de 2011 | 0h 00
Adriana Fernandes, Karla Mendes, Lu Aiko Otta e João Domingos - O Estado de S.Paulo

Oficializada na quinta-feira pelo conselho de administração, a saída de Roger Agnelli da presidência da Vale foi comemorada no Palácio do Planalto e no Ministério da Fazenda. O saldo final da disputa em torno do comando da mineradora revela que Agnelli, 51 anos, vai sair depois de um desgaste político sem precedentes imposto pelo governo.

Sai porque defendeu a empresa das ingerências partidárias, sai porque não teve "jogo de cintura" - como admitem até seus aliados -, mas sai sem que essas sejam as verdadeiras razões de sua queda.

Na semana passada, a reportagem do Estado ouviu dois diretores da Vale e um ex-funcionário, três ministros, quatro parlamentares e dois advogados do sistema financeiro. Em comum, todos mantêm relacionamento direto com a mineradora e todos são ou foram (nos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) intermediários de conversações e negociações da empresa com o governo.

O estoque de trombadas políticas entre Agnelli e o Planalto é significativo, mas a síntese que melhor explica a queda do executivo é esta: os interesses empresariais do Bradesco, a partir da crise de 2008 e da parceria com o Banco do Brasil, definiram o destino de Agnelli.

"Genuinamente, o Bradesco não queria a saída de Agnelli, mas pesaram os interesses empresariais (do banco) e, então, ele topou", resumiu um executivo da Vale que pediu, assim como as demais fontes ouvidas, para não ser identificado.
Banco Postal. Atualmente, a exclusividade de uso do Banco Postal, da estatal Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), está nas mãos do Bradesco. Em 2001, o banco pagou R$ 200 milhões pelo serviço - desembolsa mais cerca de R$ 360 milhões ao ano por participação dos Correios na quantidade de transações realizadas nas agências do Banco Postal. O faturamento mínimo estimado para o Bradesco nesse segmento é de R$ 1 bilhão.

O negócio financeiro da ECT vai ser licitado novamente neste ano e, agora mais do que nunca, o Bradesco evita confrontos com o Planalto, articulando, ao mesmo tempo, uma solução negociada para a escolha do substituto de Agnelli na Vale. A ideia é escolher um "homem da mina", e não "um financista" - o nome mais cotado é Tito Martins, atual diretor de Operações de Metais Básicos. No Planalto, todas as fontes tratam Tito como um "nome cotadíssimo", mas que "não está 101% decidido".

Enquanto não decide o sucessor de Agnelli, o Bradesco trabalha para manter o Banco Postal nas suas mãos. O edital diz que só podem participar bancos com ativos de R$ 21,6 bilhões e patrimônio líquido de R$ 2,16 bilhões, no mínimo. Com essas condições, podem participar do leilão BB, Itaú, Bradesco, Caixa, Santander, HSBC, Votorantim, Safra, BTG Pactual, Banrisul, BNP Paribas e Citibank, conforme levantamento da consultoria Austin Rating.

Advogados que analisaram o edital dizem que o item 5.1.11.1 pode favorecer o Bradesco ao estabelecer que o valor total estimado para repasse à ECT, pelo período inicial de um ano, referente às transações bancárias, será de R$ 337,3 milhões. Como o Bradesco já opera o Banco Postal, é mais fácil para a instituição cumprir a regra do que um entrante.

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