Tim Pool já é uma fonte de informação confiável nos Estados Unidos.
Faz parte do TheOther99, os outros 99%, um coletivo de mídia.
Tim usa um celular para fazer o papel de uma emissora de TV ambulante.
Ele usa o celular para fazer upstream no Ustream.
Upstream é a transmissão de imagens ao vivo, via internet.
O Tim acompanha as manifestações e passeatas.
Ontem, o canal em que ele transmite — canal gratuito, diga-se, e que não depende de concessão governamental — chegou aos 250 mil telespectadores. Dadas as dificuldades de deslocamento por causa das barreiras policiais e o jogo duro da polícia contra repórteres, Tim passou a ser uma fonte dos próprios jornalistas.
Eu mesmo vi o Tim durante alguns minutos.
De Nova York a São Paulo, ao vivo, sem intermediários:
Aliás, Tim Pool é o intermediário.
Ele transmite até mesmo suas escapadas para beber um café no bar da esquina. Vai descrevendo a cena, entrevistando pessoas, fazendo um relato em primeiro pessoa do que vê.
Assim como ele, há várias outros ativistas fazendo upstream para o Occupy NY. Alguns usam laptops, outros telefones celulares.
Além do Ustream, há vários outros serviços gratuitos do gênero, como o Justin.TV ou a Twitcam.
Ou seja, com os celulares de última geração qualquer um pode ser uma emissora de TV ao vivo, desde que o serviço de telefonia seja razoável.
Depois dos blogs, do twitter, do facebook, a TV ao vivo, na internet, é a revolução dentro da revolução.
Logo depois da transmissão, o vídeo é salvo como arquivo. A gravação fica lá no canal, para quem quiser ver. Pode ser editada para o You Tube. E reproduzida em um blog.
A certa altura, ontem, Tim Pool era visto por 20 mil telespectadores. Gente que interagia com ele via twitter.
O que o Tim tem a ensinar aos estudantes da USP, que reclamaram porque o Fantástico fez uma longa entrevista com eles mas colocou no ar pequenos trechos?
Pensem menos no Murdoch e façam sua própria mídia, diria o Tim (presumo).
Ontem o Occupy NY colocou mais de 30 mil pessoas nas ruas de Manhattan. Juntou militantes, estudantes e sindicalistas. As mídias sociais não “fizeram” o movimento. Mas pelo menos ajudaram a furar o bloqueio do New York Post e do Rupert Murdoch.
E, quem quis, teve informação que não foi filtrada pela Globo.
PS do Viomundo: Os experts do blog tem muito a ensinar, também. Podem fazê-lo nos comentários. Obrigado antecipado.
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