O programa Entrevista Record desta terça-feira, às 22h15, logo após o Heródoto Barbeiro, mostra entrevista que Luiz Fernando Emediato, dono da Geração Editorial, que lançou o “Privataria Tucana”, concedeu a este ansioso blogueiro.
Emediato tratava da possibilidade de sofrer alguma ação na Justiça e contou que nesta terça-feira mesmo conversou com Amaury Ribeiro Junior que lhe disse:
Quero acabar o livro.
Acabar, como ?, perguntou Emediato. O livro está pronto.
Não, respondeu Amaury.
Vou começar a escrever o Privataria II !
É que ficou muito documento de fora, e o Amaury quer divulgar tudo.
Emediato contou que, no início, Amaury pensou em editar o livro sem os documentos, porque o livro poderia ficar maçante.
Emediato ponderou que não: os documentos são exatamente a arma mortífera do livro.
Sobre a aparente transferência ao PSDB a tarefa de processar a Geração e o Amaury, Emediato estranhou.
O livro não trata do PSDB.
A menos que eles se considerem donos da palavra “tucano”.
Por que o Cerra, a filha do Cerra, o genro do Cerra, o Ricardo Sergio de Oliveira, o cunhado do Cerra (Preciado), o Daniel Dantas e o sócio do Cerra (Rioli) não processam ?, pergunta-se o Amaury ?
Primeiro, porque os documentos são públicos.
Não há nada ali obtido de fonte sigilosa ou de forma ilegal.
E segundo, porque o livro começou exatamente com uma ação judicial do Ricardo Sergio de Oliveira contra o Amaury.
Amaury obteve “exceção da verdade” e teve acesso aos documentos da CPMI do Banestado.
Está tudo lá.
Estão todos lá.
Daniel Dantas, Naji Nahas, Ricardo Sergio – toda a privataria.
O ansioso blogueiro observou que colonistas (*) como Merval Pereira e uma outra do jornal Valor argumentam na mesma linha: que o livro não prova que a roubalheira tenha a ver com a privatização, ou a privataria, na feliz expressão de um dos colonistas (*) que chamam o Cerra de Serra: Elio Gaspari, o que usa múltiplos chapéus
Emediato se perguntou: por que cargas d`água o Carlos Jereissati haveria de depositar dinheiro na conta do Ricardo Sergio de Oliveira, não fosse pela privataria tucana ?
Por que cargas d`água a irmã do Daniel Dantas encheria a empresa da filha do Cerra de dinheiro, em Miami (em Miami !), a Decidir, não fosse pela privataria do Governo Fernando Henrique ?
Além do mais, a empresa de Miami tinha uma ninharia de capital e de repente a Decidir recebe um monte de dólares, aqui no Brasil …
O que ela vai dizer ?
Que quem lavou foi a Decidir e não elas, as donas, Verônicas Cerra e Dantas ?
O Fernando Henrique sempre poderá dizer que não sabia do “se isso der m… “.
O Cerra poderá dizer que não sabia que a filha tinha sido indiciada por violação de sigilo fiscal.
Eles não tratam dessas coisas.
Mas, o Ricardo Sergio sabia.
O Daniel Dantas sabia.
(O ansioso blogueiro contou uma historia que corria na Veja, quando se podia dizer que se trabalhava na Veja, num ambiente de respeito. Contava-se que um editor chegou na mesa do editor-chefe, Mino Carta, e pediu espaço para duas reportagens. Uma sobre um foguete lançado da base de Alcântara, no Maranhão. Outra, sobre um foguete que caiu na Praia de Boa Viagem, em Recife. )
Esses – Dantas, Ricardo Sergio, Naji Nahas, Preciado, Rioli, o genro - não podem dizer que o foguete que saiu de Alcântara não é o mesmo que caiu em Recife.
É por isso, disse Emediato, que há esse constragimento geral.
Porque os documentos são públicos.
Indesmentíveis.
E por que os tucanos estão aflitos ?
O livro denuncia também o PT, a briga entre os grupos Palocci/Falcão e Fernando Pimentel, que quase leva Dilma ao precipício.
Depois do programa, Emediato contou que tiha mandado um recado ao presidente do PSDB, Sergio Guerra: ele, Emediato, trabalhou em campanhas do PSDB e sabe de algumas coisas.
Que talvez constem do Privataria II.
Que horror !
Em tempo: o livro vendeu 120 mil exemplares em 20 dias.
Paulo Henrique Amorim
(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
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