Delegados-deputados veem postura leniente dos juízes em relação aos alvos de operações da PF
Para os deputados Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) e Fernando Francischini (PSDB-PR), o Judiciário não pode dar a mesma brecha para Demóstenes. Responsável pela operação que prendeu Dantas em 2008 e alçado a herói nacional logo depois, Protógenes fala que abafar os resultados da Operação Monte Carlo seria um atentado contra a sociedade.
O argumento do advogado de Demóstenes é o de que nenhum senador pode ser grampeado, a não ser com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, juristas e policiais federais são unânimes em relação à validade das provas obtidas na Operação Monte Carlo
"Temos que observar esse caso não só pelo aspecto técnico, mas também pelo lado do povo. Estamos falando de provas gravadas nas quais um senador nitidamente transgride regras. Isso não pode ser abafado", ressalta o deputado.
Para Fernando Francischini, que também é delegado da Polícia Federal e deputado, o Judiciário deve abandonar a postura formalista que adotou nos últimos anos.
"Nos últimos anos, infelizmente, o Judiciário vem atendendo aos investigados da Polícia Federal, e não ao povo. Foi assim na Operação Boi Barrica, na Castelo de Areia. Isso é uma humilhação para o Brasil", protesta o parlamentar, que também defende punição exemplar para o senador e para os outros deputados envolvidos no caso. "No mínimo, todos deveriam pedir afastamento imediatamente".
Defensor de uma reforma no Judiciário, Protógenes crê que a Justiça não se adequou à evolução das investigações e dos sistemas de inteligência utilizados pela polícia, sobretudo a partir da década de 2000.
"Se você parar para olhar a lei, ela legisla sobre o passado. Antes, você podia questionar papéis adquiridos ilegalmente. Mas dispensar provas cabais e robustas, como tem acontecido, é inaceitável. É uma coisa que só se sustenta no passado. Hoje, não tem o menor cabimento. É algo que precisa mudar", reforçou o deputado do PCdoB.
O argumento do advogado de Demóstenes é o de que nenhum senador pode ser grampeado, a não ser com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, juristas e policiais federais são unânimes em relação à validade das provas obtidas na Operação Monte Carlo
"Temos que observar esse caso não só pelo aspecto técnico, mas também pelo lado do povo. Estamos falando de provas gravadas nas quais um senador nitidamente transgride regras. Isso não pode ser abafado", ressalta o deputado.
Para Fernando Francischini, que também é delegado da Polícia Federal e deputado, o Judiciário deve abandonar a postura formalista que adotou nos últimos anos.
"Nos últimos anos, infelizmente, o Judiciário vem atendendo aos investigados da Polícia Federal, e não ao povo. Foi assim na Operação Boi Barrica, na Castelo de Areia. Isso é uma humilhação para o Brasil", protesta o parlamentar, que também defende punição exemplar para o senador e para os outros deputados envolvidos no caso. "No mínimo, todos deveriam pedir afastamento imediatamente".
Defensor de uma reforma no Judiciário, Protógenes crê que a Justiça não se adequou à evolução das investigações e dos sistemas de inteligência utilizados pela polícia, sobretudo a partir da década de 2000.
"Se você parar para olhar a lei, ela legisla sobre o passado. Antes, você podia questionar papéis adquiridos ilegalmente. Mas dispensar provas cabais e robustas, como tem acontecido, é inaceitável. É uma coisa que só se sustenta no passado. Hoje, não tem o menor cabimento. É algo que precisa mudar", reforçou o deputado do PCdoB.
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