Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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domingo, 8 de julho de 2012

A doce ‘ditadura’ de Hugo Chávez

 


Uma das maiores mentiras do nosso tempo é a de que a Venezuela “não é uma democracia” porque haveria “censura à imprensa” naquele país. Essa mentira, aliás, sugere que as eleições todas de que Chávez participou – e venceu – não teriam sido limpas.
A mentira é imensa porque é muito simples desmontá-la. Por conta disso, quando alguém nega a democracia que vige na Venezuela não explica exatamente por que o faz, pois, se dissesse, daria margem ao desmascaramento da farsa.
A mera leitura de um jornal ou a mísera assistência a um programa de televisão desmontam cabalmente a farsa sobre falta de liberdade de imprensa no país vizinho.
Para comprovar isso, este blog selecionou trecho de matéria de um jornal venezuelano que ditadura alguma toleraria. A imprensa venezuelana não apenas revela destemor ante a “ditadura” chavista, mas, também, grande confiança no sistema eleitoral venezuelano.
Em 19 de junho, por exemplo, o diário El Universal publica texto opinativo assinado por alguém chamado Roberto Giusti, que, como sói acontecer amiúde na imprensa venezuelana, insulta pesadamente o primeiro mandatário da República Bolivariana.
Abaixo, trecho do artigo “Chávez como Nixon (1960)”, que busca estabelecer algum termo de comparação entre o ex-presidente norte-americano e o presidente venezuelano.
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 (…) Chávez, por sua conta, dispõe de quase todos os meios audiovisuais e por haver quebrado, durante muito tempo, os cânones sagrados da mídia (só lhe faltava vomitar no ar), com resultados assombrosamente bons, agora a mídia o trai, o delata, o expõe negativamente (como a Nixon nos anos 1960) e quanto mais energúmeno parece, mais votos perde. [Henrique] Capriles [principal adversário de Chávez na próxima eleição presidencial], na televisão, mostra uma imagem fresca, juvenil, arrebatadora e sua mensagem, breve, concisa e poderosa (…)
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Só esse trecho de um artigo publicado no maior jornal venezuelano há menos de um mês bastaria para desmontar as mentiras sobre haver qualquer tipo de censura na Venezuela. Como chamar de “ditador” um presidente que se deixa chamar de “energúmeno” pela imprensa?
E não é só. O articulista aparenta grande confiança nas possibilidades de vitória do candidato de oposição, o que revela confiança no sistema eleitoral que os manipuladores de todas as partes dizem ser viciado. O trecho deixa claro que o articulista acredita nas chances do adversário de Chávez, e só pode haver essa chance se a eleição for limpa.
A doce “ditadura” venezuelana por certo não aprendeu direito como censurar. Um programa da Globo venezuelana chega a pôr no ar um vidente que prevê a morte de Hugo Chávez (!). E o incompetente “ditatorialismo” chavista permite…
Assista ao vídeo
Mas que diabo de ditadura é essa?, você deve estar se perguntando. A imprensa insulta o ditador, a televisão anuncia sua morte com base nas previsões de um vigarista, os opositores desse ditador nutrem fé em eleição para depor o regime…
Este blogueiro esteve muitas vezes na Venezuela após a chegada de Chávez ao poder. Nunca vi alguém manifestar qualquer temor de criticar o governo; pelo contrário, criticar, insultar e difamar Chávez é um quase um campeonato disputado pela elite e pela imprensa oposicionista.
Quer saber onde há ditadura, leitor? É no Brasil, ou melhor, na imprensa e na televisão brasileiras.
Aqui, ninguém consegue contestar na grande mídia as mentiras sobre existir uma ditadura na Venezuela porque qualquer tentativa nesse sentido é censurada. Dizem que há uma ditadura naquele país só porque, lá, o governo não apanha calado.
Por assimilidade, em nossa casa.......................

PiG (*), desista ! Campos é Dilma em 2014

Eduardo Campos é de outra cepa. É da nobre linhagem de Miguel Arraes.
Diante inevitável marcha dos tucanos de São Paulo em direção à UDN – ou seja, um partido que só ganhava eleição nos quartéis e no Paraguai – o PiG (*) agora resolveu transformar o Eduardo Campos num traíra. Um Cristóvão Buarque, uma Bláblárina, que tiveram o destino dos traíras: a irrelevância Eduardo Campos é de outra cepa. É da nobre linhagem de Miguel Arraes. Faz política lá do alto. De cima da montanha. Não à tôa que Eduardo Campos realiza uma fabulosa revolução econômica e social em Pernambuco, com 90% de aceitação popular. Mas, o PiG (*) insiste:  http://www1.folha.uol.com.br/poder/1116879-o-pt-cria-mais-problema-para-dilma-do-que-o-psb.shtml A Folha tenta editar a entrevista de Eduardo Campos como se fosse a de um rival da Dilma, de um inimigo do Lula, que fará contra os dois o que Cerra passou a vida inteira a tentar e não conseguiu. Campos dá de 10 a 0 em Cerra. Campos pensa no Brasil – e Cerra em si mesmo e em seu patrimônio (moral) – clique aqui para ler “Será Cerra inimputável ?” Cerra,que tem medo do povo – clique aqui para ler “Haddad desafia Cerra a sair à rua” Mas, não adianta. O PiG (*) tenta. E Campos é claro e firme: A história que nos trouxe até aqui não deve colocar dúvida na cabeça do presidente Lula, nem na minha, nem na da presidente Dilma sobre a qualidade da relação que temos. (…) Vamos ter que ter paciência para esperar a história daqui pra frente. Quem viver 2014, verá. Porque eu já vi muita gente ser subserviente, agradável, solidária em meio de mandato e, quando bate a primeira crise, muda imediatamente de lado. Como nunca mudamos de lado, eu sei onde vou estar em 2014. (…) Do lado que sempre estive. Acho que o PSB deve em 2014 apoiar Dilma para se reeleger presidente. O sr. não será candidato… E quem disse que eu seria? Seus correligionários… Toda vez que fui candidato, eu disse que era candidato. Ser candidato contra Dilma só porque eu quero ser? Ela está na Presidência e tem a prerrogativa da reeleição. Para a reeleição de Dilma, o problema não somos nós. (…) Se a economia erodir a popularidade da Dilma e Lula não for candidato, o sr. sai para a Presidência? Não trabalho com essa hipótese. Temos debates muito mais importantes do que [debater] quem será prefeito dessa ou daquela cidade. O que está em jogo é o ciclo de expansão econômica com inclusão social. O consumo ainda pode dar algum resultado, mas chegou a hora de fazermos um grande esforço para alavancar investimentos públicos e privados. Essa que é a pauta brasileira, não essa futrica. O PSB está avançando nos Estados, no Congresso. Vocês pedirão a vice do PT em 2014? Nunca fizemos isso. Agora mesmo, em São Paulo, o PT escolheu a [deputada Luiza] Erundina [do PSB, para vice do petista Fernando Haddad]. Lula buscou um quadro da minha geração, o Haddad. Se fôssemos o inimigo número um do PT, não teríamos sido os primeiros a apoiá-lo. Colocamos a vice que o PT entendia que era a que mais ajudava, a Erundina. Ela não ajudou muito… Quando ela saiu, liberamos Haddad para escolher o nome que quisesse. Foi isso que fizemos com largueza de coração. Com tanta frustração, o que o segura ao lado do PT? Não vou sair desse itinerário. Temos uma frente política construída há muitos anos, que ajudou o Brasil a melhorar. Claro que minha relação com o presidente Lula, que eu conheci ainda menino, a ajuda que ele me deu e a meu Estado eu prezo muito. O PT diz que o senhor é uma espécie de monstro criado por Lula, que o ajudou muito com recursos. Pago preço do ciúme que muitos têm. Mas Lula sabe também que conta conosco. Em 1989, [o avô de Campos, Miguel] Arraes era governador de Pernambuco, tendo voltado de 16 anos do exílio, e o PT gritava na porta do palácio: “Arraes, caduco, Pinochet de Pernambuco”. Mas isso não impediu meu avô de abraçar a primeira eleição de Lula, porque nós não fazemos política tendo como referência a guerra de espaço, de aparelhar, de ter uma garrafa a mais [no governo]. Nossa referência na política é o interesse do povo e do país.
Sobre a luta entre o PSB e o PT é uma luta pelo poder de dois partidos políticos. O PT e o PSB, como o PMDB, o PDT, o PP e o PCdoB querem mais espaço dentro da aliança que sustenta Dilma e sustentou Lula. Natural. Natural que a eleição municipal torne isso mais explícito – e mais sangrento. Na eleição para Presidente, quando tudo se afunila em cima e existe um candidato natural – Dilma –, a luta será mais silenciosa. O PiG (*) continuará a tentar a cizânia. Diante da udenização do que considera mais “preparado”, “consistente”, “a elite da elite”. A alternativa, como sempre, será o Golpe. Como o do Paraguai, que os mervais apoiaram com entusiasmo. Paulo Henrique Amorim (*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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