De 14 de agosto em diante, o Brasil verá surgir uma nova onda de factoides políticos para todos os gostos. Petistas e tucanos deverão ser os alvos preferenciais de grupos – anônimos ou não – que já afirmam que irão “tomar as ruas”. Alguns, com as mesmas pautas genéricas de junho, mas outros com foco nesses partidos políticos e seus respectivos governos.
Além da volta dos protestos de rua, a mídia deve investir pesado na retomada do julgamento do mensalão, com a volta das transmissões dos trabalhos no plenário do Supremo Tribunal Federal. Além disso, a cobertura do escândalo de pagamento de propinas aos governos do PSDB em São Paulo promete novos capítulos, ao menos até aqui.
Nesta quarta, além da volta das transmissões do julgamento haverá um novo protesto do Movimento Passe Livre em São Paulo. O MPL prometera sair às ruas contra o escândalo dos trens paulistas – ou contra Geraldo Alckmin –, mas, segundo a Folha de São Paulo, recuou desse mote e diz que, agora, seu protesto será “contra a corrupção”.
Abaixo, trecho da matéria do jornal paulista.
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13 de agosto de 2013
“(…) Apesar de o material de divulgação elaborado pelos metroviários fazer menção às ‘negociatas dos governos do PSDB’, os integrantes do MPL evitam classificar o ‘fora, Alckmin’ como principal bandeira dos protestos. ‘Não é pontualmente o Alckmin o responsável por esses atos de corrupção, apesar dos indícios de que os governos do PSDB tinham conhecimento de tudo’, disse Nina Capello, uma das representantes do movimento (…)”
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Já em 7 de setembro, está sendo convocado ato que pretende ser “O maior protesto da história do Brasil”. O grupo anonymous criou páginas no Facebook, uma para cada um dos Estados e territórios da Federação. Em cada uma dessas páginas, subseções para várias cidades de cada Estado e uma página para residentes no exterior.
Abaixo, vídeo de convocação dos protestos – o texto continua em seguida.
Na página de convocação no Facebook, mais de 300 mil pessoas prometem comparecer aos atos no dia da Proclamação da Independência. Fontes ligadas ao governo federal garantem que serão protestos “da direita” e que atacarão, primordialmente, o governo Dilma e o PT.
Segundo outras fontes, também ligadas ao governo federal, existe preocupação com choques nas ruas entre grupos políticos adversários. Nas páginas do Facebook criadas por uma certa “Operação Sete de Setembro”, centenas de pessoas se posicionam contra e a favor da iniciativa.
Abaixo, reprodução de comentários de militantes contra e a favor do governo guerreando por suas posições.
Entre a Polícia Militar de São Paulo também existe a percepção – ainda comentada em off – de que a volta dos protestos pode produzir confrontos entre grupos políticos adversários. A PM ainda não se sabe como lidará com essa possibilidade, sobretudo se os grupos que promovem vandalismo, como os “black blocs”, produzirem uma terceira força violenta nesses atos.
Já no PT, existe quase certeza de que, ao longo da midiatização da nova etapa do julgamento do mensalão nas próximas semanas, haverá protestos voltados exclusivamente para pressionar o Supremo Tribunal Federal para que rejeite os recursos dos réus. E também devem ocorrer protestos para “comemorar” eventual ordem de prisão contra José Dirceu e outros.
A percepção que vai se generalizando é a de que toda essa movimentação será apenas uma prévia do que deve ocorrer a partir do ano que vem. A eleição presidencial, acima de outras, deve produzir um clima de fim de mundo no país ao longo de 2014. Ainda mais que grupos como anonymous e black blocs prometem fazer da Copa do Mundo “um fracasso”.
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