Um dos presos, o fiscal Luis Alexandre Cardoso de Magalhães, decidiu colaborar com a Justiça. Além de confirmar o esquema de corrupção do "ninho" descoberto pela equipe do prefeito Fernando Haddad, ele aceitou fazer uma delação premiada. Ou seja: em troca de novas informações, poderá reduzir suas penas.
De acordo com o promotor Roberto Bodini, as informações são valiosas. "Ele apresentou detalhes que só alguém que participava do grupo conhecia", afirmou.
Nomeados pelo ex-secretário Mauro Ricardo, indicado por José Serra para cuidar das finanças de São Paulo na gestão de Gilberto Kassab, os quatro fiscais arrecadavam cerca de R$ 80 mil por semana há cerca de quatro anos, aliviando as cobranças de tributos municipais de grandes empresas – a propina, quase sempre, era paga em dinheiro vivo. Pelo menos 500 imóveis tiveram sua construção liberada em São Paulo mediante pagamento de vantagens indevidas. O prejuízo estimado pela prefeitura é de R$ 500 milhões.
Além de Magalhães, foram presos outros três técnicos da prefeitura: Eduardo Horle Barcellos e Carlos Augusto di Lallo do Amaral, que foram diretores da Secretaria de Finanças da prefeitura, e Ronilson Bezerra Rodrigues, subsecretário da Receita municipal entre 2009 e 2012.
Magalhães, considerado o "peixe pequeno" da quadrilha, conseguiu acumular um patrimônio imobiliário de R$ 18 milhões em seu nome, embora tivesse um salário de R$ 14 mil mensais.
Em entrevista ao 247, o prefeito Fernando Haddad afirmou estar fazendo um acerto de contas (leia aqui).
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