Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A falta de ética na Comissão de Ética

 


A Comissão de Ética da Presidência da República é um órgão de asessoramento, nada mais que isso.
Seus integrantes são nomeados, não eleitos. Sua legitimidade decorre exclusivamente da confiança de quem ocupa o cargo de presidente e os indica.
Portanto, depende exclusivamente da confiança e do julgamento do eleito. O mandato é apenas uma regulação do prazo de investidura, não conferindo estabilidade juridica a ninguém que o exerça. Serve, também, nos termos do decreto – nem lei é – que  a  reformulou, em 2007, para promover o rodízio entre seus membros e limitar a permanência deles, permitindo uma única recondução.
Cinco de seus membros encerrarão estes mandatos em junho e julho deste ano. Dois deles, já reconduzidos, nem mesmo podem continuar lá. Os três outros podem, ou não, a exclusivo critério da presidente Dilma. É o que está na lei.
Ontem, o Estadão disse que Dilma iria trocar três dos integrantes da Comissão. Como já terá, obrigatoriamente, de trocar dois, resta que a presidente usaria apenas uma das outras três vagas que tem a liberdade de preencher.
Normal, natural.
Mas não para a conselheira Marília Muricy – uma das quais tem o mandato expirante -, que vai ao jornal dizer que “seria desonroso” para a presidente excercer seu direito legal de substituir conselheiros.
Como assim, D. Marília? Desonroso? Os conselheiros são donos dos cargos? Qual é a desonra em exercer uma atribuição que está mais do que prevista? A senhora, por si, já decidiu que deve ser reeconduzida? A cadeira de conselheira é um trono imperial?
E ainda diz que não crê que vai ser substituído “quem está exercendo corretamente a função pública”. D. Marília, a senhora é uma mulher culta, deve ter lido Cervantes e não lhe escapou, certamente, a observação de D. Quixote de que louvor em boca própria é vitupério.
É, no mínimo, duvidoso o procedimento que alguns dos integrantes da comisão têm ao comunicar aos jornais um procedimento que ão é decisão, mas simples análise de se é ou não o caso de instaurar procedimento de avaliação de conduta ética.
Está lá, no decreto que institui o sistema de Ética do Governo Federal:
Art. 13. Será mantido com a chancela de “reservado”, até que esteja concluído, qualquer procedimento instaurado para apuração de prática em desrespeito às normas éticas.
§ 1o Concluída a investigação e após a deliberação da CEP ou da Comissão de Ética do órgão ou entidade, os autos do procedimento deixarão de ser reservados.
Será que chamar a imprensa para dizer que a Comissão vai ou não decidir se há razão para um procedimento não é um desrespeito ao que está previsto no decreto?
Mais que tudo, será ético um integrante da Comissão, justamente um dos que tem o mandato a se encerrar, ir aos jornais dizer que seria “desonroso” a presidente eleita pelo voto dos brasileiros trocar, no devido prazo, um integrante de um órgão de mero assessoramento?
A senhora, a esta altura, não é uma ingênua que não sabe que isso vai ser usado para criar um constragimento político para a presidente, embora Dilma não vá se vergar a essa manobrinha de terceira categoria.
Até porque  com a condutade um de seus integrante, sendo assim pretensiosa e arrogante, mesquinha e eivada de interesse pessoal, que tipo de Ética se praticará na Comissão?
Aquela da marchinha de carnaval, para aproveitarmos as metáforas da estação, que dizia “daqui não saio, daqui ninguém me tira”?

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Dilma questiona Comissão de Ética e mantém Lupi.

Por Hugo Bachega e Jeferson RibeiroBRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff manteve Carlos Lupi no cargo de ministro do Trabalho nesta quinta-feira, mesmo com recomendação da Comissão de Ética da Presidência da República de exonerá-lo do posto em meio a denúncias de irregularidades na pasta e contra ele.
Dilma tem resistido a demitir Lupi para não perder mais margem de manobra na reforma ministerial esperada para o início de 2012. Se substituísse Lupi agora, a presidente sofreria pressão para manter um nome indicado pelo partido do ministro, o PDT, na pasta.
Lupi tem conseguido se manter no cargo apesar de diversas denúncias, mas sofreu um forte revés na quarta-feira, quando a Comissão de Ética Pública decidiu recomendar à Dilma a exoneração do ministro por ter considerado desvio de ética do ministro os casos de irregularidades de convênios e cobrança de propina no Ministério do Trabalho, divulgados pela imprensa.
Segundo o grupo, as explicações dele ao Congresso e à própria comissão foram "não satisfatórias" e "inconvenientes".
A permanência de Lupi foi acertada após reunião entre ele e Dilma pela manhã desta quinta e foi definida mesmo com a publicação de nova denúncia envolvendo o ministro.
Na reunião, Dilma afirmou que pedirá à Comissão de Ética "os elementos que embasaram a decisão e a sugestão" de exoneração de Lupi, informou a Presidência da República.
O próprio Lupi também pedirá uma explicação sobre as bases da decisão da comissão, inclusive a ata e a degravação, e pedirá uma reconsideração da sugestão.
A manobra de manter Lupi, no entanto, pode afetar a imagem de Dilma, que tem se esforçado na mensagem de ser menos tolerante com o que considera "malfeitos". Desde junho, cinco ministros deixaram o governo diante de denúncias de irregularidades.
FATO NOVO, DENÚNCIA NOVA
O presidente da Comissão, Sepúlveda Pertence, disse que o pedido de Dilma "é um fato novo" e que não iria se manifestar. Questionado se era possível haver uma reunião extraordinária para analisar o pedido da presidente, ele disse à Reuters que "pode ser que sim".
O próximo encontro da comissão está marcado para janeiro, mas as explicações pedidas por Dilma não exigem uma reunião formal do grupo para um posicionamento.
Nesta quinta-feira, reportagem do jornal Folha de S.Paulo apontou que Lupi teria acumulado por cinco anos dois cargos de assessor parlamentar em dois diferentes órgãos públicos - a Câmara dos Deputados, em Brasília, e a Câmara Municipal, no Rio de Janeiro.
Sobre a nova denúncia, Lupi disse à Dilma que irá apresentar explicações, segundo a Presidência.
Antes, o Ministério do Trabalho já havia sido alvo de denúncias de um suposto esquema de cobrança de propina de organizações não-governamentais (ONGs) conveniadas com a pasta, num esquema que serviria para abastecer o caixa do PDT.
O ministro também foi acusado de ter pegado "carona" em avião providenciado por um empresário e dirigente de ONG, que meses depois assinou convênios com o ministério. Ele também foi acusado de ter sido funcionário fantasma da Câmara por quase seis anos.
Desde junho, seis ministros deixaram o governo Dilma, cinco deles saíram em meio a denúncias de irregularidades - Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo) e Orlando Silva (Esporte).
(Edição de Eduardo Simões)

Dilma peita
o Sepúlveda, o Ético

Pertence: o Palocci é um santinho e o Lupi ...
O passarinho pousou na janela lá de casa e mandou avisar.

A Presidenta mandou um ofício ao Ético Pertence – clique aqui para ler por que ele condenou o Lupi depois de ter absolvido o Palocci – para saber em que ele se baseou para condenar o Lupi.

(Lupi, espera um pouco para pedir para sair.

Deixa a Presidenta fritar o Ético.)


Paulo Henrique Amorim