Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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domingo, 7 de agosto de 2016

Não nos iludamos com as vaias ao interino

 
 : <p>Presidente em Exercício Michel Temer e o Governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão durante cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 (Rio de Janeiro - RJ, 05/08/2016) Foto: Beto Barata/PR</p>
 
Confesso: ontem vibrei quando ecoaram as vaias ao interino, durante os 10 segundos de sua aguardada alocução na abertura das Olimpíadas. 
 
É sempre prazeroso ouvir uma retumbante desaprovação pública a um político que não tem nenhum apreço à democracia, nem respeito ao eleitor e suas escolhas.
 
Mas, não nos enganemos. Ontem, no Maracanã, o público que vaiou Temer é do mesmo perfil socioeconômico e demográfico daquele que há algum tempo vaiou e vomitou impropérios contra a presidenta legítima e constitucional, Dilma Rousseff. Naquela ocasião, as vaias e os xingamentos de um banco de imbecis e covardes escancaram para o mundo que os segmentos abastados e de classe média conservadora no Brasil não respeitam a democracia, os representantes legitimamente eleitos e, no caso, não escondiam o nível de misoginia, preconceito, ódio e deseducação dessa parte de endinheirados e escolarizados. Dilma comportou-se estoicamente. Temer, ontem, postou-se como os machões da política nacional que, quando - muito raramente - são pegos com as calças curtas, agem como ovelhinhas e pedem arrego no colo da mamãe...
 
Portanto, as vaias de ontem não expressam a desaprovação do público ao presidente golpista, suas práticas, seu grupo, seu governo. Demonstram que segmentos majoritários de nossas elites econômicas, sociais, políticas, religiosas, culturais não têm nenhum apreço à democracia; criminalizam a política; não têm pudor em afrontarem as autoridades constituídas, principalmente quando seus interesses de classe são contrariados. Enfim, são segmentos poderosos que não estão comprometidas com governos que atuem em benefício público, social e coletivo.
 
Muito provavelmente, o que ocorreu ontem pode ser explicado a partir dos conceitos de comportamento coletivo, portanto espontâneos e pontuais, e/ou ações coletivas, que congregam interesses comuns (no caso, o desdém à política e à democracia), derivando na vaia apoteótica. Mas, certamente, não há motivação política na base do protesto - que cumpriu papel importante ao publicizar para o mundo o golpe em curso no país.
 
Não pensemos que será dos brancos, endinheirados, da zona sul carioca e dos turistas visitantes que superaremos o golpe e suas consequências à democracia brasileira.
 
Se a vaia a Temer aplacou um pouco nossa ira coletiva em relação ao interino, e desopilou nosso fígado, não nos deixemos iludir pela ocasião. A festa foi bonita; os brasileiros não precisam ter complexo de vira-latas, mas o fato político mais importante da abertura da Olimpíadas foi o descomunal desprezo da comunidade internacional ao governante de plantão. As inúmeras cadeiras reservadas às autoridades vazias; a pouca significância das autoridades presentes no evento e o desdém generalizado ao interino amedrontado mostraram que o mundo já rejeitou o golpe. Agora, só falta o Brasil...

sexta-feira, 5 de julho de 2013

BARBOSA: FILHO NA GLOBO E VIAGENS PAGAS PELO STF

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Lula compara Serra a Rojas: É “mentira descarada”



Na foto, o Serrojas


Saiu na Folha:

Lula compara Serra ao goleiro Rojas e diz que agressão é ‘mentira descarada’


GRACILIANO ROCHA


ENVIADO ESPECIAL A RIO GRANDE (RS)


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de “farsa” e “mentira descarada” a alegação de agressão contra o candidato José Serra (PSDB) e afirmou que o presidenciável tucano deve pedir desculpas ao povo se tiver “um minuto de bom senso”.


Citando notícias veiculadas pelas redes de TV Record e SBT, Lula disse que Serra protagonizou uma farsa ao dizer que foi agredido por militantes petistas no Rio de Janeiro.


“A mentira que foi produzida ontem pela equipe de publicidade do candidato José Serra é uma coisa vergonhosa. Ontem deveria ser conhecido como dia da farsa, dia da mentira”, disse Lula, após inaugurar um estaleiro em Rio Grande (RS).


Lula também comparou Serra ao goleiro chileno Rojas, que fingiu ter sido atingido por um foguete no Maracanã, durante as eliminatórias para a Copa do Mundo de 1990.


“Primeiro bateu uma bola de papel na cabeça do candidato, ele nem deu toque para a bola, olhou para o chão e continuou andando. Vinte minutos depois esse cidadão recebe um telefonema, deve ser o diretor de produção dele que orientou que ele tinha que criar um factoide, deve ter lembrado do jogo do Chile com o Brasil”, disse Lula.


O presidente disse que chegou a discutir com aliados políticos a necessidade de telefonar a Serra para se solidarizar pela agressão –mas desistiu da ideia, segundo ele, ao ver o noticiário dos canais de televisão.


“Espero que o candidato tenha um minuto de bom senso e peça desculpas ao povo brasileiro pela mentira descarada.”


Em tempo: não é por nada, mas o presidente Lula poderia ter dado crédito a esse ordinário blogueiro: “Serra tenta o Golpe do Rojas” … Modestamente …