Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

PSDB - Pior Salário Do Brasil

Depois de uma campanha midiática em que o governador Antonio Anastasia sugeriu que os professores em greve estavam mentindo sobre os salários pagos a eles pelo governo de Minas Gerais, os profissionais de Educação do estado decidiram publicar os contracheques e encaminhar um kit-salário para os jornais e outros meios de comunicação do estado.
Conversei com Beatriz Silva Cerqueira, a Bia, do Sindicato Único dos Trabalhadores de Educação em Minas Gerais, o SINDUTE. E, pelo que ela contou, existe um tremendo esqueleto no armário do atual senador e provável candidato ao Planalto, Aécio Neves, esqueleto agora administrado por Anastasia: o choque de gestão.
Mas, antes do esqueleto, a greve: a paralisação atinge, por decisão da Justiça, apenas 50% dos 380 mil trabalhadores em educação de Minas, em todas as regiões do estado. Ela foi deflagrada, como a greve de Santa Catarina (onde os professores acreditam ter obtido uma importante vitória política), para garantir a implementação do Piso Salarial do Magistério, que é federal e foi considerado constitucional pelo Supremo Tribunal Federal em abril deste ano (valor atual de R$ 1.187,00).
Hoje, em Minas, o professor que tem ensino médio ganha R$ 369,00 mensais de salário inicial; o professor com licenciatura plena, R$ 550,00.
Segundo Bia Cerqueira, este ano o governo Anastasia, a partir de uma lei estadual, decidiu aglutinar todas as parcelas que compõem o contracheque dos servidores em um subsídio, que os professores rejeitam considerar como piso salarial, mas sim o total da remuneração.
A adoção do subsídio, segundo Bia, provoca — entre outras coisas — o nivelamento da categoria entre os professores que tem 20 anos de carreira e os que estão começando agora. Uma situação parecida aconteceu em Santa Catarina.
A greve é por um piso salarial de R$ 1.597,00 para os professores de nível médio com jornada de 24 horas.
Bia Cerqueira diz que a política salarial de Minas Gerais em relação aos professores é de “controle” da remuneração, o que seria um dos princípios do “choque de gestão”, que começou a ser implantado pelo ex-governador Aécio Neves. “Você pode demorar 8 anos para começar a receber por uma pós-graduação que tenha feito, você pode demorar de 20 a 25 anos para receber por um mestrado”, ela exemplifica.
“O governo controla a remuneração [dos servidores] para que possa investir em outras áreas que dão retorno melhor para ele”, disse ela, provavelmente se referindo a retorno eleitoral.
Bia inicialmente não entendeu a minha piada: o choque de gestão, disse eu, teria sido de 220 volts, bem na veia do professorado!
Aliás, ela acredita que o tal choque fracassou redondamente. Três exemplos:
* Faltam 1,5 milhão de vagas no ensino básico em Minas Gerais;
* A média de escolaridade do mineiro é de 7,2 anos;
* No vale do Jequitinhonha, a média de escolaridade é de apenas 6,2 anos.
Além disso, o programa que é orgulho do atual governador, Antonio Anastasia, o Professor da Família, para dar apoio a alunos do ensino médio, é bastante precário.
* Por enquanto, atinge 9 dos 853 municípios de Minas Gerais, ou apenas 22 das 4 mil (eu disse quatro mil) escolas;
* Os professores contratados para implementar o programa, que visa dar aulas de reforço para alunos do ensino médio, têm formação de ensino médio, o que contraria a Lei de Diretrizes Básicas da Educação Nacional, que exige licenciatura plena.
“Os projetos não correspondem à realidade do estado de Minas Gerais”, diz ela.
Duas grandes dificuldades enfrentadas neste momento pelos grevistas: boicote ativo ou desprezo da mídia local e a postura do Poder Judiciário de Minas Gerais que, segundo a Bia, nunca decide em favor dos educadores.
PS do Viomundo: Diante da denúncia dos professores em greve de que são muitas vezes desconhecidos pela mídia mineira, pedimos a nossos leitores que nos ajudem a disseminar este post e outras informações sobre a greve no twitter e nas mídias sociais. Agradecemos.
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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Cuidado, ele Morde

Meu filho mais velho, Pedro, me perguntou ontem se eu tenho certeza que o Serra não faria um bom governo. Absoluta, respondi. Depois fiquei pensando, por quê? Resolvi listar pelo menos sete razões concretas para ter construído esta certeza:


1. Desde que foi para Brasília, onde ocupou cargos no Legislativo e, depois, no governo Fernando Henrique, Serra montou uma central de inteligênica clandestina, cuja finalidade era investigar, intimidar e chantagear seus adversários (usando para isso jornalistas inescrupulosos que conheço);
2. Quando se candidatou à presidência, em 2002, para tirar do caminho sua principal adversária do PMDB, Roseana Sarney, tramou contra ela e o marido uma operação com a ala tucana da Polícia Federal, para expor o caixa dois da pré-campanha da adversária (como se caixa dois fosse privilégio apenas de opositores);
3. Tentou derrubar com ilações seus principais companheiros de partido: Geraldo Alckmin e Aécio Neves, um em 2006, e outro em 2009. (sobre Alckmin, expôs suas ligações com a Opus Dei (que hoje apoia Serra ferrenhamente) e, sobre Aécio, insinuações de que, o agora senador, seria dependente de cocaína e tinha predileção por agredir mulheres), o que demonstra um enorme mau-caratismo;
4. Sempre calou a imprensa paulista com dinheiro, na forma de anúncios, assinaturas e negócios nebulosos. Todos os jornalistas que se impuseram em seu caminho foram massacrados. Ele próprio, Serra, tem o péssimo hábito de telefonar para as redações para "conversar" diretamente com os diretores de jornalismo. Já testemunhei uma dessas conversas. Para ficar em apenas dois exemplos, na TV Cultura: Luis Nassif e Heródoto Barbeiro foram afastados, depois que fizeram críticas a seu governo;
5. Recentemente, deu à TV Globo um terreno (que era do povo paulista) numa das áreas mais valorizadas da capital, em troca de um projeto - no mínimo esquisito - de formação de mão de obra para a televisão. Um escândalo que só não foi investigado porque o Ministério Público Estadual está nas mãos do PSDB há 16 anos!
6. Como Governador, nos últimos anos, determinou que sua Polícia Militar sempre reprimisse manifestações, seja de policiais civis em greve, de estudantes da USP e, até, de professores, o que expôs toda sua truculência em governar, em detrimento ao diálogo e à conciliação;
7. Agora, em 2010, o candiato e seus apoiadores têm promovido uma das campanhas eleitorais mais sujas da história do país. Serra posa de estadista, enquanto um grupo de profissionais (colegas jornalistas entre eles) espalham calúnia e difamação em e-mails apócrifos, panfletos e nas redes sociais, como o twitter. Há uma coleção de pessoas já identificadas com seus número de computadores, que serão objeto de análise pelo Ministério Público e a Justiça Eleitoral - crimes que podem levar até à impugnação do candidato.

Costumo brincar com o Pedro que, se Serra fosse eleito, eu e meus colegas perderíamos o emprego. Não duvidaria disso! 

Marco Aurélio Mello DoLaDoDeLá

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Polícia de Serra cerca casa de Netinho sem mandado




 Conversa Afiada reproduz post do Viomundo, do Azenha:



Polícia paulista dispara bala de prata em Netinho


Netinho é alvo de blitze por suspeita de fraude


AE – Agência Estado


A Polícia Civil de São Paulo fez uma varredura na casa do candidato ao Senado Netinho de Paula (PC do B), na manhã de ontem, para apurar denúncias de fraude nos bens declarados por ele à Justiça. Netinho se tornou alvo de investigação criminal aberta na Promotoria Eleitoral de Barueri, na Grande São Paulo, após denúncia de que ele não teria declarado a casa onde mora com os filhos no condomínio Alphaville 8.


Dois investigadores e um perito criminal vasculharam e fotografaram a parte externa, a piscina, o campo de futebol e o salão de festas, mas foram impedidos de entrar por um dos filhos de Netinho. O candidato não estava em casa. Segundo o advogado de Netinho, Alexandre Rollo, os policiais não tinham mandado de busca. O procedimento criminal para “apuração ?em tese? da infração do artigo 350 do Código Eleitoral (omissão de bens)” foi aberto pela promotora eleitoral da 386.ª zona, Bárbara Valéria Cury e Cury.


Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o motivo da visita foi fotografar a casa, objeto da denúncia, um procedimento rotineiro. Mas a coordenação da campanha promete entrar com representação na corregedoria da Polícia Civil contra o delegado Francisco José Alves Cardoso, do 2.º DP de Barueri.


“A ação da polícia é inaceitável. Para averiguar fraude, a primeira providência é sempre chamar o acusado para prestar esclarecimentos, o que não ocorreu. Houve, claramente, desvio de conduta, invasão de domicílio, constrangimento e abuso de autoridade por parte dos policiais”, defende a presidente estadual do partido, Nádia Campeão, que insinuou haver motivação eleitoral por trás das denúncias. Ontem, os vereadores da bancada, liderada pelo PT, protestaram contra a ação da polícia e o posicionamento da Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


PS: Fiquem de olho para descobrir onde as fotos feitas pela polícia paulista vão aparecer…