Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Dirceu e Veja apressam a Ley de Medios. Que é de “óbvio interesse público”

O PT simancou

No espaço do Clóvis Rossi na pág. 2 da Folha (*), lê-se que a “reportagem” da Veja sobre José Dirceu merecia ser publicada por ser de “óbvio interesse público”.

Como quem define o “interesse público” é o notável colonista (**) que ocupa o lugar do Rossi, fica assim combinado:

Tudo o que o News of the Veja World publicou era de “interesse público”, segundo o News of the Veja World.

Inclusive as gravações da família da menina morta.

De óbvio interesse público – segundo o Murdoch.

Nesta semana, a Veja reincide e publica as mesmas fotos da semana passada com Sérgio Gabrielli e Fernando Pimentel.

Na verdade, ao “voltar ao local do crime”, a Veja pesa a mão no Sergio Gabrielli, já que a Petrobrás é um dos alvos preferidos do PiG (***), desde Assis Chateaubriand, Roberto Marinho e Bob Fields.

Na abertura do Congresso do PT em Brasília – está na Folha (*), pág. A14 -, todas as correntes – e são muitas – do Partido apoiaram Dirceu.

Lula e Dilma também.

Dirceu foi ovacionado.

O Nunca Dantes e a Dilma (o que é raro) espinafraram o PiG (***).

E, na pág. A8 do Estadão, o presidente do partido, Rui Falcão, volta a pregar uma Ley de Medios e insiste numa tese que o Ministro Bernardo – aquele que tem medo da Globo – parece ter guardado na mesma pilha em que repousa, adormecida, a Ley de Medios que o Franklin Martins lhe entregou.

É a tese de que político não pode ser dono de emissora de tevê.

Caiu a ficha do PT.

Finalmente, com a “reportagem” da Veja sobre Dirceu, o PT simancou: “sem uma Ley de Medios, o Berlusconi ganha a eleição de 2014”.

Ou simancou ou percebeu que o ambiente político, agora, com a ajuda da Veja, é favorável.

(Não há um único órgão de imprensa – com exceção “óbvia” da Folha – que tenha defendido o “método” Veja.)

José Dirceu vai processar a Veja, assim que ficar mais clara a natureza do crime cometido.

O líder do PT na Câmara, Candido Vacarezza, se viu na obrigação de notificar a Polícia Federal, já que o Zé, o Zé, o Ministro da Justiça, não se coçou.

É provável que Dirceu não queira misturar Ley de Medios com Veja.

A Veja é um caso de polícia.

Sem dúvida.

E a Ley de Medios é um caso da Democracia.

(E não apenas do PT ou da Dilma.)

Mas, não tem alternativa: a Veja apressou a Ley de Medios.

Expôs o cadáver na sala.

O fedor começa a se espalhar.

(Quando o Eugenio Bucci e o Fabio Barbosa começarão a “reverter seus valores” ?)

E a D. Judith Brito, ganhadora do Prêmio Barão de Itararé do ano retrasado (ela não foi buscar) ?

A verdadeira líder da oposição na campanha de 2010 ?

Cadê a D. Judith ?

Vai ficar quieta ?

Ou acha também que a Veja fez muito bem, porque aquelas imagens são de “óbvio interesse público” ?

D Judith, a senhora se hospeda no Naoum ?


Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (***) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Na Inglaterra, a Folha estaria em apuros.


O brasileiro já se acostumou à cantilena de que qualquer questionamento aos métodos cada vez mais desesperados da mídia local em busca de audiência ou de influir no jogo do poder seria “tentativa de censura”. Em países “marxistas” como a Inglaterra, porém, liberdade de imprensa não se confunde com liberdade para delinqüir.
O Comitê de Cultura, Mídia e Esportes do Parlamento britânico “convidou” Rupert Murdoch, uma espécie de Roberto Marinho gringo, seu filho James Murdoch e a diretora do império de mídia deles, Rebekah Brooks, para darem explicações sobre grampos ilegais utilizados pelo tablóide “The News of the World” para obter informações.
Mas a “fúria censora” inglesa não pára por aí. Novos documentos e gravações apontam que os jornais “Sunday Times” e  ”The Sun”, do mesmo Murdoch, teriam tido acesso a dados financeiros privados do ex-premiê Gordon Brown e ao histórico médico do seu filho.
Como a Grã Bretanha entende que não se pode confundir liberdade de imprensa com práticas criminosas, o governo, pressionado pela sociedade, passou a impor obstáculos a Rupert Murdoch para adquirir a plataforma televisiva “BSkyB”. Por conta disso, aliás, é provável que a operação nem saia.
Alguém imagina coisa similar acontecendo no Brasil?
Em sua edição de 25 abril de 2009, o jornal “Folha de S. Paulo” reconheceu que publicou em sua primeira página, sem checar a veracidade, uma reprodução de ficha policial da então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que recebera por e-mail (!!) de um site de ultra-direita.
A reportagem que acompanhava a falsificação acusava Dilma de ter participado de complô para seqüestrar o ministro da ditadura militar Delfim Neto. A ficha continha informações forjadas. E, apesar dos laudos mostrando a falsidade do “documento”,  alguns dias depois o jornal manteve a mentira dizendo que não poderia confirmá-la ou desmenti-la.
As razões da “Folha” eram óbvias. O Brasil estava às portas da campanha eleitoral que escolheria o sucessor – ou a sucessora – de Lula e o jornal, partidário da candidatura de José Serra, tratava de tentar destruir a imagem da principal adversária do tucano.
Se tivéssemos a sorte de viver em um país civilizado em que o conceito “liberdade de imprensa” não serve de desculpa para a prática de falcatruas “jornalísticas” desse porte, e que entende que denunciá-las e puni-las não é censura coisa nenhuma, hoje o filho do baba-ovo da ditadura Otavio Frias de Oliveira, estaria frito.