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A Academia Brasileira de Letras (ABL) acaba de eleger Merval Pereira para a cadeira número 31 da instituição, em substituição ao escritor Moacyr Scliar, falecido em 27 de fevereiro.
Merval escreveu dois livros em sua caudalosa carreira literária. Um deles no ano passado, esculhambando Lula.
Abaixo, a lista de alguns dos literatos que a ABL, ao longo de sua história conservadora, preteriu em favor de “imortais” da estirpe de um ex-presidente José Sarney ou de um cirurgião plástico como Ivo Pitanguy ou, agora, de um Merval Pereira:
Carlos Drummond de Andrade
Cecília Meireles
Clarice Lispector
Erico Veríssimo
Lima Barreto
Mário Quintana
Monteiro Lobato
Vinicius de Moraes
Também não participaram da Academia os escritores Jorge de Lima e Gerardo Melo Mourão, indicados ao Prêmio Nobel de Literatura.
A boa relação da ABL com a ditadura militar é vista até hoje como relativa ao pedágio ideológico que vige na instituição.
Posições políticas, compadrios, high-society, interesses econômicos… Um livro explica a influência desses fatores na ABL: Academia Do Fardão e Da Confusão (Geração Editorial), do escritor Jorge Fernando.
A ABL “imortalizou” oligarcas endinheirados, playboys e, agora, os idiotas. Pensando bem, faz sentido.
Comentário Amoral:
Ainda vai chegar a vez de eminências pardas como ACM Neto e a compilação de seus discursos na Câmara, além de Aécio e o rol de roupa suja enviado à lavanderia!
Do ex-presidente do PT, José Eduardo Dutra, logo depois da eleição do jornalista Merval Pereira na Academia Brasileira de Letras, em seu perfil no twitter:
- Há 9 anos publiquei uma coletânea com meus discursos no Senado. Como ando meio sem ter o que fazer, acho que vou concorrer a uma vaga na ABL.
PodreOnline
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