João Fellet
Ferreira diz que o ministro cobrava 20% das entidades contempladas no programa. O esquema, segundo ele, teria desviado R$ 40 milhões ao longo de oito anos.
Orlando Silva nega as acusações e diz que elas podem ser uma reação ao pedido que fez para que o os convênios do ministério com organizações presididas por João Dias Ferreira fossem examinados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Ex-militante do PCdoB, João Dias Ferreira presidiu duas entidades suspeitas de desviar cerca de R$ 2 milhões do programa Segundo Tempo. Ele é acusado de usar o dinheiro para a compra de uma casa avaliada em R$ 850 mil e financiar sua campanha para deputado no Distrito Federal, em 2006.
Ele afirmou que foi o ministério quem detectou irregularidades nos dois convênios firmados com as entidades de João Dias Ferreira e que o policial responde a uma ação penal que pode estar perto do fim.
Orlando Silva também defendeu sua gestão à frente da pasta e citou a decisão do ministério de não firmar mais contratos com ONGs no programa Segundo Tempo.
Já o policial afirmou, após reunião com a oposição, que entregou à Veja nesta terça-feira uma gravação que provaria suas acusações.
"Vão surgir diversos documentos em breve que vão provar essa situação."
Ferreira disse ainda ter contatado o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias, por estar sofrendo ameaças de morte. Em resposta, o tucano afirmou ter pedido ao Ministério da Justiça "garantia de vida" para o policial.
Também ao fim do encontro, o líder do DEM na Câmara, ACM Neto, pediu à comissão da Câmara que ouviu Orlando Silva que aprove convite para receber o policial.
“Eu diria que o depoimento do João Dias é estarrecedor, traz detalhes e informações que não constam da imprensa e demonstra existência de provas materiais inegáveis sobre as denúncias que foram feitas”, disse.
Mais cedo, Ferreira pediu adiamento do depoimento que daria à Polícia Federal nesta terça-feira. Segundo a PF, o policial alegou problemas de saúde. O depoimento será remarcado em data ainda não definida.
Acusado de participar de um esquema de corrupção, o ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB), e seu denunciante, o policial militar João Dias Ferreira, polarizaram nesta terça-feira as atenções de parlamentares governistas e oposicionistas.
Enquanto congressistas da base aliada ao governo expressavam apoio ao ministro em audiência na Câmara nesta tarde, membros da oposição se encontravam com o policial no gabinete da liderança do PDSB no Senado.Em entrevista à revista Veja no fim de semana, o policial acusou Orlando Silva de receber dinheiro vivo na garagem do Ministério do Esporte, no fim de 2008. O dinheiro faria parte do programa Segundo Tempo, que destina verbas a ONGs com o intuito de incentivar a prática esportiva entre jovens.
Ferreira diz que o ministro cobrava 20% das entidades contempladas no programa. O esquema, segundo ele, teria desviado R$ 40 milhões ao longo de oito anos.
Orlando Silva nega as acusações e diz que elas podem ser uma reação ao pedido que fez para que o os convênios do ministério com organizações presididas por João Dias Ferreira fossem examinados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Ex-militante do PCdoB, João Dias Ferreira presidiu duas entidades suspeitas de desviar cerca de R$ 2 milhões do programa Segundo Tempo. Ele é acusado de usar o dinheiro para a compra de uma casa avaliada em R$ 850 mil e financiar sua campanha para deputado no Distrito Federal, em 2006.
Acusações
Em seu depoimento nesta terça, Orlando Silva voltou a desqualificar o policial. “Quem faz a agressão trata-se de um desqualificado, de um criminoso, de pessoa que foi presa, é uma fonte bandida”.Ele afirmou que foi o ministério quem detectou irregularidades nos dois convênios firmados com as entidades de João Dias Ferreira e que o policial responde a uma ação penal que pode estar perto do fim.
Orlando Silva também defendeu sua gestão à frente da pasta e citou a decisão do ministério de não firmar mais contratos com ONGs no programa Segundo Tempo.
Já o policial afirmou, após reunião com a oposição, que entregou à Veja nesta terça-feira uma gravação que provaria suas acusações.
"Vão surgir diversos documentos em breve que vão provar essa situação."
Ferreira disse ainda ter contatado o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias, por estar sofrendo ameaças de morte. Em resposta, o tucano afirmou ter pedido ao Ministério da Justiça "garantia de vida" para o policial.
Também ao fim do encontro, o líder do DEM na Câmara, ACM Neto, pediu à comissão da Câmara que ouviu Orlando Silva que aprove convite para receber o policial.
“Eu diria que o depoimento do João Dias é estarrecedor, traz detalhes e informações que não constam da imprensa e demonstra existência de provas materiais inegáveis sobre as denúncias que foram feitas”, disse.
Mais cedo, Ferreira pediu adiamento do depoimento que daria à Polícia Federal nesta terça-feira. Segundo a PF, o policial alegou problemas de saúde. O depoimento será remarcado em data ainda não definida.
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