como se constrói uma recessão: direita inicia governo na Espanha congelando salário mínimo** desde 2002, custo de vida espanhol subiu 31% e o reajuste médio dos salários foi de 16%** BCE empresta 511 bi de euros, a 1% de juro, à banca privada européia, que deposita 411 bi de euros no próprio BCE para receber juros de 0,25% ** incerteza explica opção pelo prejuízo, a emprestar ao mercado ou adquirir títulos públicos mais rentáveis. 2011/2012: O EMPREGO E O ERRO DOS 'ENGOMADINHOS'
"... se você pegar a experiência do pós-guerra nos países desenvolvidos vai ver que a carga tributária subiu, o gasto público subiu, de modo a aumentar a participação da população desempregada, de modo a absorvê-la. Juntando seus efeitos diretos e indiretos, foi o Estado que criou emprego no pós-guerra,tanto na Europa como nos Estados Unidos. Isso é inequívoco,os estudos da OCDE e qualquer estudo benfeito mostram. O setor privado não vai criar emprego (...) Se o Estado não cuidar dessa questão, não é o setor privado que vai cuidar, esqueça. Então devemos ter uma política de emprego, e é por isso que eu falo do desenvolvimento cultural. O governo brasileiro terá que criar emprego não só cultural, mas nas áreas ditas sociais, educação e saúde. Essa é a cara que vai assumir, no futuro, o emprego no mundo. É na contramão do que os ingleses estão querendo fazer ao desestruturarem o National Health Service, ao reduzirem empregos. Esse David Cameron é um engomadinho louco, ele vai levar um contravapor na Inglaterra, já que está destruindo todas as relações sociais que foram construídas na base do Estado do bem-estar social inglês. O mesmo com o Sarkozy. Em Portugal, então, é inacreditável, na Grécia idem. Mas o povão está indo para a rua " (Luiz Gonzaga Belluzzo; entrevista ao Centro Celso Furtado')
"... se você pegar a experiência do pós-guerra nos países desenvolvidos vai ver que a carga tributária subiu, o gasto público subiu, de modo a aumentar a participação da população desempregada, de modo a absorvê-la. Juntando seus efeitos diretos e indiretos, foi o Estado que criou emprego no pós-guerra,tanto na Europa como nos Estados Unidos. Isso é inequívoco,os estudos da OCDE e qualquer estudo benfeito mostram. O setor privado não vai criar emprego (...) Se o Estado não cuidar dessa questão, não é o setor privado que vai cuidar, esqueça. Então devemos ter uma política de emprego, e é por isso que eu falo do desenvolvimento cultural. O governo brasileiro terá que criar emprego não só cultural, mas nas áreas ditas sociais, educação e saúde. Essa é a cara que vai assumir, no futuro, o emprego no mundo. É na contramão do que os ingleses estão querendo fazer ao desestruturarem o National Health Service, ao reduzirem empregos. Esse David Cameron é um engomadinho louco, ele vai levar um contravapor na Inglaterra, já que está destruindo todas as relações sociais que foram construídas na base do Estado do bem-estar social inglês. O mesmo com o Sarkozy. Em Portugal, então, é inacreditável, na Grécia idem. Mas o povão está indo para a rua " (Luiz Gonzaga Belluzzo; entrevista ao Centro Celso Furtado')
PT aproxima-se de jornais regionais, que crescem com verba federal
Frente à oposição sistemática dos grandes jornais desde o governo Lula, petistas buscam esvaziar poder inimigo estimulando avanço de periódicos regionais. Beneficiados como nunca por verbas publicitárias oficiais, jornais do interior realizam primeiro congresso nacional e defendem democratização da mídia pregada pelo PT.
Najla Passos
BRASÍLIA - Na luta para democratizar a comunicação no país, o que na prática significa tentar esvaziar o poder de fogo dos veículos tradicionais, tidos como adversários políticos, o PT tem ajudado a dar visibilidade e apoio aos jornais regionais, aqueles de porte e alcance menor.
No início de dezembro, a Associação dos Diários dos Interiores (ADI) realizou seu primeiro congresso nacional, no início de dezembro, e contou com a presença de diversos petistas a prestigiar o evento.
A presidente da ADI, Margareth Codraiz Freire, vê com bons olhos o plano petista de aproveitar as eleições municipais para estimular a consolidação de uma imprensa mais plural, fora do eixo Rio-São Paulo. “Desde o governo Lula, o PT já vem operando a democratização da mídia, ao deixar de concentrar os recursos publicitários naqueles poucos jornais que se consideram grandes”, afirma.
A regionalização da verba publicitária do governo federal explodiu na última década, especialmente a partir no segundo mandato do ex-presidente Lula. de 2000 a 2010, o número de veículos de comunicação atendidos com verba oficial subiu de de 500 para 8 mil.
A presidenta Dilma Rousseff manteve essa política e, em 2011, mais de 230 veículos novos passaram a fazer parte da lista de pagamentos publicitários dos órgãos oficiais. Apenas jornais, são 2,3 mil.
Segundo Margareth, há jornais regionais que, no lugar onde circulam, têm muito mais importância na condução da opinião pública do que os três grandes jornais nacionais. “A tiragem dos jornais regionais é maior e eles penetram em locais onde os grandes não chegam”, esclarece ela.
Hoje, no interior do Brasil, há 380 jornais diários que, juntos, mantêm uma tiragem de mais de 20 milhões de exemplares. “Não é algo que um governo possa desconsiderar. E a mesma lógica vale parar rádios, sites, blogs e revistas”, acrescenta ela.
Margareth lembra que, antes do governo Lula, os jornais do interior, assim como rádios e sites, jamais receberam verbas publicitárias do governo federal. Vivam, principalmente, de anúncios do mercado privado. Agora, na gestão Dilma, essa participação foi ampliada. “Ainda assim, é ínfima. A participação do governo federal chega, no máximo, a 1,5% do faturamento líquido de alguns jornais”, contabiliza.
Leia Mais:
Regionalização da publicidade avança com Dilma, mas desacelera
Regionalização da verba publicitária federal explode em uma década
No início de dezembro, a Associação dos Diários dos Interiores (ADI) realizou seu primeiro congresso nacional, no início de dezembro, e contou com a presença de diversos petistas a prestigiar o evento.
A presidente da ADI, Margareth Codraiz Freire, vê com bons olhos o plano petista de aproveitar as eleições municipais para estimular a consolidação de uma imprensa mais plural, fora do eixo Rio-São Paulo. “Desde o governo Lula, o PT já vem operando a democratização da mídia, ao deixar de concentrar os recursos publicitários naqueles poucos jornais que se consideram grandes”, afirma.
A regionalização da verba publicitária do governo federal explodiu na última década, especialmente a partir no segundo mandato do ex-presidente Lula. de 2000 a 2010, o número de veículos de comunicação atendidos com verba oficial subiu de de 500 para 8 mil.
A presidenta Dilma Rousseff manteve essa política e, em 2011, mais de 230 veículos novos passaram a fazer parte da lista de pagamentos publicitários dos órgãos oficiais. Apenas jornais, são 2,3 mil.
Segundo Margareth, há jornais regionais que, no lugar onde circulam, têm muito mais importância na condução da opinião pública do que os três grandes jornais nacionais. “A tiragem dos jornais regionais é maior e eles penetram em locais onde os grandes não chegam”, esclarece ela.
Hoje, no interior do Brasil, há 380 jornais diários que, juntos, mantêm uma tiragem de mais de 20 milhões de exemplares. “Não é algo que um governo possa desconsiderar. E a mesma lógica vale parar rádios, sites, blogs e revistas”, acrescenta ela.
Margareth lembra que, antes do governo Lula, os jornais do interior, assim como rádios e sites, jamais receberam verbas publicitárias do governo federal. Vivam, principalmente, de anúncios do mercado privado. Agora, na gestão Dilma, essa participação foi ampliada. “Ainda assim, é ínfima. A participação do governo federal chega, no máximo, a 1,5% do faturamento líquido de alguns jornais”, contabiliza.
Leia Mais:
Regionalização da publicidade avança com Dilma, mas desacelera
Regionalização da verba publicitária federal explode em uma década
Eleições 2012 serão palanque para PT pregar novo marco da mídia
Petistas querem aproveitar campanhas municipais para esprair e enraizar pelo país debate sobre democratização da comunicação. Segundo resolução do Diretório Nacional, candidatos devem levantem bandeira e colocá-la em suas plataformas. Ação aumentará pressão para governo fechar novo marco regulatório da radiodifusão.
Najla Passos
BRASÍLIA - A necessidade de o Brasil democratizar seus meios de comunicação é um tema que estará no centro dos debates políticos nas eleições de 2012. No ano em que a imprensa derrubou um número recorde de ministros com acusações nem sempre comprovadas, e ao mesmo tempo silenciou sobre o livro-denúncia A Privataria Tucana, o PT decidiu usar as campanhas para prefeito em 2012 para colocar sua estrutura partidária a serviço da luta pela democratização da mídia.
Em resolução do Diretório Nacional aprovada no início de dezembro, durante encontro em Belo Horizonte (MG), o PT prega que seus candidatos e filiados aproveitem a eleição para defender um novo marco regulatório para emissoras de rádio e TV, em estudo no governo federal desde o fim da gestão Lula.
“Isso significa incluir a comunicação nas plataformas eleitorais, estimular candidaturas que levantem esta bandeira e se identifiquem com este movimento, articular a luta eleitoral com a luta social em torno deste movimento ao longo da campanha, assumir compromissos explícitos no âmbito municipal”, diz o documento.
Na resolução, a cúpula petista apresenta um roteiro para ser seguido pelos filiados neste assunto durante a campanha. Diretórios regionais e municipais devem mobilizar dirigentes, militantes, simpatizantes, parlamentares e gestores públicos (governadores, prefeitos, secretários, dentre outros). E recorrer a seus próprios instrumentos de comunicação, como sites, boletins, redes sociais e blogs.
O documento propõe, ainda, que o partido estimule a realização de seminários municipais e regionais para discutir o tema e apoie a criação de conselhos regionais de comunicação.
Ações parlamentares
Os petistas querem aproveitar as eleições para enraizar os debates sobre democratização da mídia, mas sem descuidar das ações parlamentares. A resolução determina que congressistas do PT cobrem da direção do Senado a volta do Conselho Comunicação Social.
Previsto na Constituição e criado por lei de 1991, o órgão deveria servir como espaço de debates sobre todo o capítulo constitucional que trata da Comunicação Social. Mas foi implementado pela primeira vez apenas em 2002 e só funcionou de fato por quatro anos. Há cinco, se encontra desativado.
Ainda no parlamento, a resolução determina o apoio às diferentes frentes pela democratização da comunicação, em especial, a Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular, liderada pelos deputados Luiza Erundina (PSB-SP) e Emiliano José (PT-BA). E a projetos de lei que versam sobre o assunto.
O documento recomenda apoio também as inúmeras frentes estaduais e municipais já instituídas, além do estímulo a criação nos locais em que ainda não existem.
Pressão no governo
A resolução não foi o único movimento petista no sentido de tentar criar um clima político favorável – ou no mínimo neutro – à discussão da democratização da mídia. Em setembro, o partido realizou o IV Congresso Nacional de seus 31 anos, e aprovou documento específico sobre a democratização da mídia.
Em novembro, o partido também promoveu um seminário nacional para discutir o assunto, nos moldes do que propõe que seus filiados façam em âmbito local, durante a campanha municipal de 2012.
O objeto da cobiça petista é uma proposta de novo marco regulatório para emissoras de rádio e TV. Apesar de o texto estar em elaboração em um ministério que tem um petista à frente, Paulo Bernardo, das Comunicações, passou 2011 inteiro sob análise. O governo deve colocar a proposta em consulta pública em 2012, antes de fechá-la.
O projeto vai alterar não apenas o Código Brasileiro de Telecomunicações, que em 2012 vai completar 50 anos, como também a Lei Geral das Telecomunicações, que vai para os 15 anos. Segundo os petistas, ambas estão defasadas depois da revolução proporcionada pela internet.
Leia Mais:
Dilma, Lula, PT e CUT criticam mídia; Congresso petista quer nova lei
Por hegemonia, PT quer regrar mídia, atrair jovem e reformar política
Em resolução do Diretório Nacional aprovada no início de dezembro, durante encontro em Belo Horizonte (MG), o PT prega que seus candidatos e filiados aproveitem a eleição para defender um novo marco regulatório para emissoras de rádio e TV, em estudo no governo federal desde o fim da gestão Lula.
“Isso significa incluir a comunicação nas plataformas eleitorais, estimular candidaturas que levantem esta bandeira e se identifiquem com este movimento, articular a luta eleitoral com a luta social em torno deste movimento ao longo da campanha, assumir compromissos explícitos no âmbito municipal”, diz o documento.
Na resolução, a cúpula petista apresenta um roteiro para ser seguido pelos filiados neste assunto durante a campanha. Diretórios regionais e municipais devem mobilizar dirigentes, militantes, simpatizantes, parlamentares e gestores públicos (governadores, prefeitos, secretários, dentre outros). E recorrer a seus próprios instrumentos de comunicação, como sites, boletins, redes sociais e blogs.
O documento propõe, ainda, que o partido estimule a realização de seminários municipais e regionais para discutir o tema e apoie a criação de conselhos regionais de comunicação.
Ações parlamentares
Os petistas querem aproveitar as eleições para enraizar os debates sobre democratização da mídia, mas sem descuidar das ações parlamentares. A resolução determina que congressistas do PT cobrem da direção do Senado a volta do Conselho Comunicação Social.
Previsto na Constituição e criado por lei de 1991, o órgão deveria servir como espaço de debates sobre todo o capítulo constitucional que trata da Comunicação Social. Mas foi implementado pela primeira vez apenas em 2002 e só funcionou de fato por quatro anos. Há cinco, se encontra desativado.
Ainda no parlamento, a resolução determina o apoio às diferentes frentes pela democratização da comunicação, em especial, a Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular, liderada pelos deputados Luiza Erundina (PSB-SP) e Emiliano José (PT-BA). E a projetos de lei que versam sobre o assunto.
O documento recomenda apoio também as inúmeras frentes estaduais e municipais já instituídas, além do estímulo a criação nos locais em que ainda não existem.
Pressão no governo
A resolução não foi o único movimento petista no sentido de tentar criar um clima político favorável – ou no mínimo neutro – à discussão da democratização da mídia. Em setembro, o partido realizou o IV Congresso Nacional de seus 31 anos, e aprovou documento específico sobre a democratização da mídia.
Em novembro, o partido também promoveu um seminário nacional para discutir o assunto, nos moldes do que propõe que seus filiados façam em âmbito local, durante a campanha municipal de 2012.
O objeto da cobiça petista é uma proposta de novo marco regulatório para emissoras de rádio e TV. Apesar de o texto estar em elaboração em um ministério que tem um petista à frente, Paulo Bernardo, das Comunicações, passou 2011 inteiro sob análise. O governo deve colocar a proposta em consulta pública em 2012, antes de fechá-la.
O projeto vai alterar não apenas o Código Brasileiro de Telecomunicações, que em 2012 vai completar 50 anos, como também a Lei Geral das Telecomunicações, que vai para os 15 anos. Segundo os petistas, ambas estão defasadas depois da revolução proporcionada pela internet.
Leia Mais:
Dilma, Lula, PT e CUT criticam mídia; Congresso petista quer nova lei
Por hegemonia, PT quer regrar mídia, atrair jovem e reformar política
Nenhum comentário:
Postar um comentário
comentários sujeitos a moderação.