Enquanto o “genial” Ministros das Comunicações fala bobagens do tipo “devem ter grampeado o cabo submarino” , O Globo (quem diria) vai mostrando que a espionagem americana no Brasil não tem nada de improviso ou de “suave”.
Reportagem de Roberto Kaz e José Casado, com base nos documentos revelados pelo ex-agente Edward Snowden, que os EUA estão caçando pelo mundo, mostram que, durante o Governo Fernando Henrique Cardoso a National Security Agency(NSA) e a CIA mantiveram uma base de espionagem de comunicação por satélites em território brasileiro.
“Funcionou em Brasília, pelo menos até 2002, uma das estações de espionagem nas quais agentes da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) trabalharam em conjunto com a Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos. Não se pode afirmar que continuou depois desse ano por falta de provas. Documentos da NSA a que O GLOBO teve acesso revelam que Brasília fez parte da rede de 16 bases dessa agência dedicadas a um programa de coleta de informações através de satélites de outros países. Um deles tem o título “Primary Fornsat Collection Operations” e destaca as bases da agência”.
Mais: no ano eleitoral de 2010, o jornal diz que os documentos contêm indícios de que nossa Embaixada em Washington e nosso escritório nas Nações Unidas, em Nova York “ teriam sido alvos da agência” de espionagem.
Recorde-se que, neste ano, foram frequentes os convites a políticos e jornalistas da direita para “conversas informais” na Embaixada americana, em busca de informações sobre o processo sucessório. Embora legítimas, estas, espionar comunicação de embaixadas de outro país é um crime grave na lei internacional.
E o Ministro Paulo Bernardo vai pedir informações à Anatel…
E o Ministro José Eduardo Cardozo vai pedir informações à Polícia Federal.
No caso dele, é bom que ele leia este trecho de uma matéria publicada em 2002, pela Istoé:
“A CIA e a NSA (Agência Nacional de Segurança) interceptaram chamadas telefônicas entre representantes brasileiros e a empresa francesa Thomson sobre um sistema de radar que os brasileiros queriam adquirir. Uma firma americana, Raytheon, também estava na corrida, e relatórios preparados a partir de interceptações foram canalizados para a Raytheon.” A bisbilhotice da CIA continuou, e sempre “incrustada dentro da Polícia Federal”, como definiu o delegado Wilson Ribeiro, da Divisão Disciplinar da PF, no relatório de um caso recente”.
Estamos bem arranjados, com estes dois Sherlocks.
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