Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Aécio, vamos conversar sobre estradas e pedágios? Por que a MG-050 custa o dobro das federais?

050
O senador Aécio Neves resmungou que a Presidenta Dilma Rousseff não falou na situação das rodovias em seu pronunciamento de final de ano.
Não sou governo, não tenho cargo nem publicidade oficial – embora devesse, porque 2,5 milhões de pageviews mensais coubessem em qualquer mídia “técnica” – mas vou aceitar o desafio do senador.
Sirvo-me da insuspeita matéria do (aliás, ótimo) repórter Dimmi Amora, da Folha, que publica hoje texto mostrando, com dados, que a concessão de rodovias, no Governo Dilma, se deu por preços de pedágio ainda mais baratos que os do Governo Lula, ainda que com mais obras a serem realizadas.
Pena que a matéria de Dimmi não compare com os pedágios concedidos no governo FHC – com os valores da época, atualizados – ou os das rodovias paulistucanas, três ou quatro vezes maiores.
Os leitores paulistas sintam-se livres para fazer as contas com os pedágios daí: os de Lula ficaram em R$3,37 por cada 100 km e os de Dilma por R$ 3,34.
Mas vá lá, embora Aécio seja da família, não foi ele quem fixou aqueles preços.
Vamos, então,  senador, conversar sobre uma rodovia que o senhor privatizou como governador, em 2007: a MG-050, que liga Belo Horizonte a São Sebastião do Paraíso, na divisa com São Paulo.
São seis praças de pedágio, não é, senador?
Em cada uma, cobra-se do motorista, R$ 4,40.
Se não me falham as contas, R$ 26,40 por uma viagem pelos seus 406,7 quilômetros.
Ou R$ 6,49 por cada 100 km, quase o dobro da média dos pedágios federais.
Mas será que a MG-050 exigiu do concessionário investimentos pesados?
A concessionária Nascentes das Gerais, em cinco anos de contrato, não duplicou nem 20 km da rodovia.
Agora, o Governo do Estado vai pagar a duplicação de 37,2 km da rodovia, entre Matheus Leme e Divinópolis, com gastos de R$ 230 milhões de dinheiro público. A concessionária diz que assumirá investimentos de R$ 70 milhões na feitura dos acessos às cidades atravessadas pelo trecho a ser duplicado.
Vamos conversar, Senador, sobre os temas que o senhor mesmo sugerir.
Mas depois o senhor o senhor não reclame.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Na mídia, manifestação agora é “bloqueio, interdição,fechamento…”











Ler os sites de notícia, agora de manhã, é um exercício de sociologia política.
Sumiram os rostos jovens, os cartazes em primeiro plano, “a voz das ruas…”
Gente quase não aparece, quando aparece é de longe.
Em seu lugar, embora as manifestações sejam ordeiras e pacíficas, sem depredações ou vandalismo, imagens abertas, distantes, que mostram apenas ônibus  parados e vias fechadas.
A chamada do último jornal da Globonews era mais ou menos assim: vias fechadas, ônibus parados, hospitais sem atendimento: centrais sindicais fazem protesto”.
Os telejornais da Globo parecem boletins de trânsito.
A democracia da mídia é seletiva.
Classe média é bonita, não é essa gente feia que acorda cedo para protestar, não é?
Aliás, tem algum Anonymous por aí?
Chega mais, rapaziada…
 Por: Fernando Brito