Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 5 de julho de 2013

O Febeapá da inflação



Febeapá, pra quem é mais jovem, era a sigla criada pelo humorista Stanislau Ponte Preta – o jornalista Sérgio Porto – como abreviatura de ¨Festival da Besteira que Assola o País”.
E continua assolando.
Por isso, reproduzo acima as chamadas da Folha e do Brasil Econômico para o mesmo fato: a divulgação, hoje, pelo IBGE, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (gráfico à direita) e o Ampliado (à direita), este o usado oficialmente para definir a inflação.
Qualquer um que olhe os gráficos verá, claro, que há uma queda.
E qualquer cabeça minimamente pensante verá que, se o índice está em alta no acumulado é porque os meses anteriores,  de janeiro e abril foram muito altos, sobretudo por conta dos preços dos alimentos. E que há uma tendência de queda acentuada nas duas últimas apurações de inflação.
Como nenhum analista econômico é burro, fica claro que o papo de a “inflação está explodindo¨ tem outras intenções, aproveitando-se do fato de que as pessoas acharem que os preços estão altos – e estão – é a mesma coisa de os preços estarem subindo. Não é. Uma pessoa ter 1,95 m de altura não é o mesmo que dizer que ela está crescendo, não é?
Mas eu fiz uma afirmação aí que me deixou meio preocupado de estar mentindo ao caro leitor.
Ouvi duas, hoje, que são de, como dizia a minha avó, “cabo de esquadra”.
alim
Uma foi da D. Lina Nunes, gerente de IPCA do IBGE, afirmando, na CBN, que os protestos ajudaram a baixar os preços da alimentação fora de casa porque ¨os restaurantes tiveram de fechar suas portas¨. Jesus, Maria, José! São Paulo tem 12,5 mil restaurantes, 15 mil bares-lanchonetes, 3.200 padarias, e dezenas de milhares de pensões, biroscas, fornecedores de quentinhas e sabe Deus o que mais? Qual é a base da D. Lina para “chutar¨ que o fechamento de 50 ou cem estabelecimentos ajudou a baixar os preços. Não seria melhor que ela olhasse a própria pesquisa e visse que todos – todos, sem exceção – os gêneros alimentíciosin natura (veja aí ao lado os números do IBGE)caíram de preço. E que estes são os principais componentes da alimentação?
A outra foi da dupla Carlos Alberto Sardemberg-Miriam Leitão atribuindo redução da alta dos preços em boa parte às manifestações que levaram à redução dos preços da passagem.
Ora, a coleta de preços se encerrou dia 28. As passagens mais altas vigiram todo o mês, até o dia 20. Isso, segundo os dados do IBGE respondeu por uma redução mínima do aumento. Diz o IBGE:”A alta nas tarifas refletiu as variações registradas no Rio de Janeiro (5,09%), cujo reajuste de 7,20% vigorou de 1º a 20 de junho; São Paulo (4,67%), com reajuste de 6,75% em vigor de 02 a 20 de junho¨.
Tivessem vigido o mês inteiro, talvez fossem representar mais 0,02 ou 0,03 no índice de 0,26%. Estatisticamente desprezível, portanto.
Muito mais importante é que o mês foi vivido dentro de um clima de crise e de insegurança, que só contribui para aumentar as expectativas inflacionárias. E expectativa inflacionária, sabem bem os economistas e a mídia, gera inflação. Tanto que usam e acusam do terrorismo inflacionário.
O que está segurando a inflação, e infelizmente, é a queda da renda e das expectativas positivas da população. Não há ninguém que esteja otimista e despreocupado, inclusive com o emprego, que é de longe, o menor de nossa história.
Não vivemos uma inflação de demanda, porque o povo esteja comprando muito e, com isso, ajudando os preços a se elevarem. Estamos, sim, vivendo uma estagnação da produção e do investimento, causada pela crise mundial, pelo fim da expansão monetária dos EUA e pela expectativa de elevação dos juros internos.
Ou seja, uma inflação provocada pela “turma da bufunfa”, não pelo pessoal do crédito nas Casas Bahia.
Esse, só paga a conta.
Por: Fernando Brito

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Meta de inflação. Neolibelês chutam fora da própria

Como se sabe, a Urubóloga é o mais notável expoente do pensamento Neolibelês (*) do Brasil.

Essa notável combinação de neo-liberalismo com passado esquerdismo (radical) não produziu nada tão fulgurante quanto o conjunto da obra urubóloga.

Nesse momento, no Bom Dia (?) Brasil (e na Grécia), ela dá aulas magnas em três minutos, com tabelas absolutamente inteligíveis.

(A perplexidade do  Chico Pinheiro e da Renata Vasconcellos são a prova de que é trivial acompanhar a sequência interminável de bissetrizes e hipotenusas.)

Como se sabe, ela é a última trincheira na defesa do Plano Real.

Nem o Farol de Alexandria tem tanto espaço e fôlego para defender sua obra.

E olha que o Farol quer condenar o PSDB (e o Brasil) a não ter uma única ideia que destoe do receituário neo-liberal dos Chicago Boys do Pinochet.

A Urubóloga escreveu uma obra-prima – “A Saga Brasileira” – em que se depreende: o Plano Real é Ela !

Nessa condição, ela é a guardiã das instituições que ela atribui a si mesma, ou seja, ao Plano Real.

Uma delas é o sistema de “metas inflacionárias”, tão utilizado no mundo quanto o sistema métrico decimal, mas que, aqui, se tornou monopólio dos tucanos – ou melhor dos Neolibelês e, logo, dela.

Sobre o sistema de metas inflacionárias, mostra o Delfim Netto, na pág. 2 da Folha (**), nesta quarta-feira a estratégia do Presidente do Banco Central, Alexandra Tombini, leva em conta:

“ … que se aceita alongar o cumprimento da meta de inflação para tentar manter um nível maior de proteção ao PIB e do emprego”.

Para a Urubóloga, Tombini é um herético, que será queimado na fogueira do PiG (***).

Clique aqui para ver que Delfim considera o neolibelismo (*) um instrumento do autoritarismo.


Paulo Henrique Amorim


(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

DIREITA REDUZ PODER DE OBAMA NO LEGISLATIVO



REATIVAÇÃO DOS EUA FICA AINDA MAIS DISTANTE.
ESTRATÉGIA BRASILEIRA DE VALORIZAR MERCADO INTERNO E UNIÃO LATINOAMERICANA COMPROVAM SEU ACERTO 

Obama perdeu o controle da Câmara de Representantes cuja atual presidente, a democrata Nancy Pelosi, será substituída pelo republicano John Boehner. Sob o comando de Boehner, conservadorismo tentará reverter a reforma da saúde e avançará na agenda de cortes de impostos. O manual da ortodoxia econômica -contra todas as evidencias desde o início da crise mundial-- insiste que quanto menor for a interferencia do Estado nos mercados, mais rápida será a retomada do crescimento. A cegueira ideológica da direita norte-americana deve levar a um alongamento da crise econômica mundial tornando mais remota uma reativação comercial puxada pela demanda dos EUA. A presidente-eleita, Dilma Rousseff em seu discurso na noite de 31-10, já antevia esse cenário quando advertiu que o Brasil terá que crescer agora baseado em seu mercado interno. Assume notável coerência assim a concepção de um novo modelo de desenvolvimento, pavimentado no segundo governo Lula, que tem na erradicação da miséria e na recuperação do poder aquisitivo da poupulação um de seus eixos aglutinadores. "Eu vou tornar essa meta de erradicação da pobreza como uma meta central", repetiu a presidente -eleita, ontem, em entrevista À TV Brasil. A retração internacional reforça ainda o acerto da estratégia brasileira de buscar na integração latinoamericana e nos mercados emergentes da África, ademais das parcerias Sul-Sul, uma nova geopolítica comercial. O aprofundamento do impasse político nos EUA vem consolidar a opção de independência do Brasil em relação ao alinhamento 'carnal' com a Casa Branca, uma agenda tradicional dos demotucanos reafirmada na disputa presidencial de 2010. O candidato José Serra, como se recorda, não escondeu seu menosprezo pela política externa do Itamaraty,ademais de destilar preconceito e ignorância comercial em relação a parceria sulamericana e o Mercosul.

FALA A PRESIDENTE DE UM PROJETO HISTÓRICO:
'ERRADICAR A POBREZA NÃO É UM ADEREÇO DE MÃO' 

"eu pretendo reajustar os benefícios do Bolsa Família e garantir os recursos para que tenham ganho real. Na concepção do projeto que eu represento, e do qual, obviamente, o presidente Lula é um dos grandes líderes, o crescimento econômico não pode ser desvinculado da melhoria das condições de vida da população. A questão social não é um adereço de mão, não é um anexo ao nosso programa, nem ao nosso governo. Eu vou tornar essa meta de erradicação da pobreza como uma meta central" (Presidente-eleita Dilma Rousseff, ao Brasilianas, TV Brasil; 03-11)
Carta Maior - 03/11