Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 25 de maio de 2011

aprovado o texto-base do novo Código Florestal

A presidente Dilma Rousseff vetará qualquer artigo ou item que anistie desmatamento ou regularize de forma genérica propriedades com áreas degradadas, incluindo-se ocupações de Áreas de Proteção Permanente (APPs). A emenda 164 que transfere para Estados o poder de definir quais atividades poderão ser desenvolvidas nas APPs, sobretudo nas margens de rios e riachos, se aprovada, será também objeto de veto presidencial. Quem garante é o  líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).
(Carta Maior; 4º feira 25/05/ 2011)

quarta-feira, 30 de março de 2011

ZÉ ALENCAR, A DIGNIDADE VENCEU O PRECONCEITO



Em junho de 2002, quando o preconceito contra o candidato Lula e o ódio a seu partido, o PT, eram inoculados dioturnamente na opinião pública pelas trombetas da orquestra midiático-tucana, um empresário rico, bem-sucedido, aceitou transformar-se em antídoto ao veneno difamatório. Tornou-se vice na chapa do operário metalúrgico. Filho de Muriaé,  (MG), dono do maior complexo têxtil do país, a Coteminas, o então senador José Alencar, o Zé, como Lula passou a chamá-lo carinhosamente, sabia muito bem o que estava fazendo. A voz grave e pausada de quem conhece o manejo criterioso da pontuação oral  tornou-se aos poucos portadora de mensagens que muitos de seus pares, majoritariamente engajados então na candidatura de José Serra, estremeciam só de ouvir. Em parte, a esquerda petista também se surpreendeu; aos poucos, trocaria o preconceito pelo respeito afetuoso. "Nacionalismo não é xenofobia, é interesse pelo próprio  país", disparava em entrevista ao site da campanha "Lula Presidente", em julho de 2002. 'Podemos abdicar de nossas fronteiras econômicas?, questionava na mesma ocasião indagando sobre  a ALCA, agenda prestigiosa então, majoritariamente defendida pelo conservadorismo pró-Serra. "Mas e as fronteiras políticas?" argüia mineiramente "Vamos ter um só Presidente da República no mundo globalizado? Será que ele vai defender nossos interesses? Uma só moeda? Quem vai controlá-la? Uma só política monetária? Sabemos que não é assim", respondia então com o mesmo sorriso maroto que arrematava as interrogações provocativas. "Se não é assim continuamos a existir como país. Não podemos abdicar de nossas fronteiras e obrigações políticas". Por essas e por outras, Lula, na passagem para o segundo turno em outubro de 2002, num debate com delegações estrangeiras, brincou: " Às vezes eu preciso lembrar o Zé que é para ele ficar a minha direita, não a minha esquerda". José Alencar faleceu nesta 3º feira, em SP, aos 79 anos. 
(Carta Maior; 4º feira, 30/03/2011)