*E se eles ainda estivessem no comando? Governo anuncia desonerações e corta custo do crédito para incentivar consumo e investimento: em agosto de 2011 quando o BC cortou o juro pela primeira vez, dispositivo midiático conservador indignou-se** FHC disse ao Valor que era precipitado** Mendonção de Barros vaticinou que Dilma ficara refém de um agravamerno da crise mundial e o economista de banco, Alexandre Schwartzman, asseverou em 04-09-2011:"não há indícios de crise grave como a de 2008" Recessão européia continua em 2013, diz OCDE** cúpula do euro reúne-se nesta 4ª feira em Bruxelas em meio à emergência na Espanha**país estrebucha com 26% da infância e adolescência abaixo da linha da pobreza e banca asfixiada por ativos podres e fuga de depósitos** Grécia:'é preciso derrotar o poder financeiro", diz candidato do Syriza.
A lista de sordidez e atrocidades incluída no livro 'Memórias de uma guerra suja', do ex-delegado do DOPS, Claudio Guerra, converge para um denominador normalmente pouco pesquisado e menos ainda divulgado pela mídia conservadora: a absoluta ausência de escrúpulos da direita nativa em recorrer à expertise do crime comum para perseguir, atacar e, se possível, eliminar fisicamente, sem pistas, a militância de esquerda que resistiu à ditadura militar. Ao permanecer resguardada da opinião pública essa simbiose entre bandidos e direita política criou raízes e se reciclou no ambiente democrático. A truculência assumiu novas formas para persistir no mesmo objetivo de eliminar o adversário e suas idéias. A principal revista semanal brasileira, cuja especialidade editorial é articular campanhas difamatórias contra movimentos sociais, partidos e lideranças populares, ademais de ter sido o auto-falante da tentativa de transformar o obscuro episódio denominado de 'mensalão' em clamor pelo impeachment do Presidente Lula, agora se sabe, arrendou uma quadrilha criminosa para 'apurar' pautas de seu interesse. A oportunidade para exorcizar essas práticas na vida política nacional está nas mãos dos integrantes da CPI do Cachoeira e daqueles da recém-criada Comissão da Verdade. (LEIA MAIS AQUI)
De ex a anti-esquerdistas
Isaac Deutscher tem um artigo que ele intitula “De hereges a renegados”, delineando o caminho de gente que começa rompendo com teorias e posições esquerdistas, para terminarem como furibundos anti-esquerdistas. São figuras que povoam a direita de todo o mundo, ao longo do tempo.
Alguns se valeram do stalinismo para terminarem condenando a Lenin e, finalmente, a Marx e ao marxismo. Não por acaso uma proporção não desprezível deles teve origem trotskista, para absolutizar o “totalitarismo stalinista”, passando a identificá-lo com o nazismo e dali estão já a um passo do liberalismo e do anti-comunismo.
Há os tipos padrão, os que foram de esquerda, militantes mesmo, de repente “se arrependem”, largam tudo, renegam, denunciam seu passado e seus companheiros, os ídolos em que acreditaram cegamente, para se entregar de armas, bagagens e, frequentemente, emprego, para a direita.
Alguns se mantem na esquerda, no seu espaço mais moderado, com um tom fortemente anti-esquerdista, denunciando o que não seria “democrático” em correntes da própria esquerda. São adeptos fortes de alianças com correntes do centro e mesmo da direita, tendem a diluir as distinções entre direita e esquerda.
Outros, os casos mais conhecidos, se tornam militantes da direita, de suas correntes mais fundamentalistas, no velho estilo anti-comunista da guerra fria. Ganham espaços na mídia de direita – desde direção de revistas a colunas em jornais, convites para a televisão – como prêmio pela sua adesão.
Há ainda escritores, intelectuais, músicos, decadentes, em triste fim de carreira, que abandonam posturas rebeldes que tiveram no passado para submeter-se aos donos do poder e dos meios de comunicação em troca de espaços para escrever, prêmios, elogios, que confirmam sua perda de dignidade no fim da carreira.
Alguns se valeram do stalinismo para terminarem condenando a Lenin e, finalmente, a Marx e ao marxismo. Não por acaso uma proporção não desprezível deles teve origem trotskista, para absolutizar o “totalitarismo stalinista”, passando a identificá-lo com o nazismo e dali estão já a um passo do liberalismo e do anti-comunismo.
Há os tipos padrão, os que foram de esquerda, militantes mesmo, de repente “se arrependem”, largam tudo, renegam, denunciam seu passado e seus companheiros, os ídolos em que acreditaram cegamente, para se entregar de armas, bagagens e, frequentemente, emprego, para a direita.
Alguns se mantem na esquerda, no seu espaço mais moderado, com um tom fortemente anti-esquerdista, denunciando o que não seria “democrático” em correntes da própria esquerda. São adeptos fortes de alianças com correntes do centro e mesmo da direita, tendem a diluir as distinções entre direita e esquerda.
Outros, os casos mais conhecidos, se tornam militantes da direita, de suas correntes mais fundamentalistas, no velho estilo anti-comunista da guerra fria. Ganham espaços na mídia de direita – desde direção de revistas a colunas em jornais, convites para a televisão – como prêmio pela sua adesão.
Há ainda escritores, intelectuais, músicos, decadentes, em triste fim de carreira, que abandonam posturas rebeldes que tiveram no passado para submeter-se aos donos do poder e dos meios de comunicação em troca de espaços para escrever, prêmios, elogios, que confirmam sua perda de dignidade no fim da carreira.
Postado por Emir Sader
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