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quarta-feira, 18 de julho de 2012

O declínio do sonho americano

Só 4% da última geração nascida depois dos anos 1970 subiram um degrau na escala social; assim, nos Estados Unidos, esfumou-se a esperança de uma vida melhor

Vittorio Zucconi
(tradução de Moisés Sbardelotto)
do IHU
O grande rio do "sonho americano", aquela corrente forte e tumultuosa que transportou gerações de pessoas rumo à esperança de uma vida melhor, está se tornando um pântano de água estagnada. A sociedade norte-americana perdeu sua própria mobilidade formidável e começa a se assemelhar cada vez mais às cansadas sociedades do Velho Mundo, onde já é muito mais fácil deslizar para baixo, do que subir rumo ao topo.
Apenas 4% dos norte-americanos da última geração pós-anos 1970, que hoje se tornou adulta, conseguiu subir alguns degraus na escala de renda e melhorar a sua própria situação em termos absolutos, de receita e de segurança, e em termos relativos, em comparação com as outras classes do censo. O instituto de pesquisas sociais Pew, que é o mais sério e equilibrado em matéria de demografia e de sociologia, concluiu com evidente amargura que o "sonho americano está vivo e goza de ótima saúde, mas apenas em Hollywood".

Na realidade cotidiana, já é um sucesso se as famílias e os indivíduos conseguem se manter na renda média nacional, que é hoje de 49.900 dólares anuais brutos, ou 40 mil euros. Um número que poderia parecer invejável a um assalariado italiano, mas que se torna muito mais pálido se depurado, além dos impostos, dos custo do seguro de saúde privado, dos impostos locais e imobiliários calculados sobre o valor de mercado das casas, dos transportes privados, indispensáveis na transumância cotidiana dos trabalhadores pendulares sem meios públicos.

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