Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

MAIS UMA DA MÍDIA GOLPISTA.

 
 
Aos colegas Cirurgiões Plásticos, membros da SBCP-RS.
Esclarecimento:
     Em relação à reportagem no programa Vida e Saúde que foi ao ar sábado (03/09/11), temos o seguinte a esclarecer:
     A RBS TV procurou a SBCP-RS para entrevista a respeito de Cirurgia Plástica da face. Recebi a equipe para gravação em meu consultório e pautei a entrevista por informações gerais, alguns detalhes técnicos e segurança em Cirurgia Plástica. Neste último item citado ilustrei com a figura do quadrilátero (diamante) de segurança: paciente/ procedimento/ estabelecimento/ e o Cirurgião Plástico – chamando a atenção para a formação do Cirurgião Plástico e necessidade do Título de Especialista pela SBCP e registro da especialidade no CRM. Ainda enfatizando com o slogan nacional da SBCP: “Cirurgia Plástica é com Cirurgião Plástico.” Ao final da entrevista a repórter pediu indicação de pacientes operadas para relatar seus casos, bem como fotos de pré e pós operatório. Fui categórico em minha resposta: eu como Presidente da SBCP-RS NÃO posso exercer estas práticas: a indicação de pacientes como “cases” (quebrando sigilo médico), bem como a exibição de fotos de pré e pós são condenadas tanto pelo Estatuto da SBCP quanto pelo Código de Ética Médica do CRM.
     Posto isto, qual não foi a minha surpresa (e a de todos) ao ver a reportagem exibida:
     Com uma capciosa mistura editorial de imagens, a reportagem da RBS TV colocou intercaladamente imagens e dados fornecidos por nossa entrevista como Presidente da SBCP, mesclados com informação de outro médico não especialista pela SBCP/sem registro de Especialista como Cirurgião Plástico no CREMERS – incluindo depoimento e fotos de pré e pós de pacientes operadas por este colega médico não Especialista.
     Concluo lamentando o ocorrido, peço desculpas aos colegas membros da SBCP pelo mau uso do nome da nossa entidade em reportagem que incluiu transgressões às nossas regras internas, bem como do Código de Ética Médica, numa situação estranha em que a imprensa agiu de má-fé, excluindo na edição informações primordiais no eixo do que foi questionado, ludibriando o telespectador e prestando um desserviço ao mal utilizar o nome de nossa Sociedade.

“Para você ver a TV que você vê, a gente faz muita coisa que você não vê.”

Pedro Bins Ely.
Presidente SBCP-RS

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Excesso de “respeito aos contratos”


Luiz Carlos Antero


Nas colunas anteriores, comentamos a simbiose que define o violento e hostil perfil do império da mídia como síntese da secular tradição conservadora — que na atualidade reúne os traços essenciais do autoritarismo e do padrão neoliberal, nos marcos do regime militar e dos governos FHC. E ainda sobrevive ao controle social.

Em consequência desta simbiose, o império da mídia, é conhecido hoje como PIG (Partido da Imprensa Golpista, ontem e hoje, na precisa definição propalada por Paulo Henrique Amorim).


A censura que parte desta imprensa conheceu no período discricionário — longe de significar, nas diferenças formais, uma contradição antagônica com os generais da ditadura, posto que assimilou o conceito de golpe de Estado — e confirmou, em seus desdobramentos no atual século, que na essência crava uma profunda (e nada sutil) identidade antidemocrática.


Ou seja: dessa fusão de interesses conformou-se a sinistra força política estruturada e instituída na concepção “pós-moderna” da ditadura do grande capital — devidamente equipada para a demolição dos pensamentos divergentes, mas progressivamente debilitada na medida do incremento da participação popular ao processo político. É a velha e truculenta direita em verde oliva, na versão a um só tempo traiçoeira, venenosa e explosiva — que, derrotada em 2010, prepara nova ofensiva.


PIG contra o povo brasileiro


Vivemos no atual momento esta ácida contradição — que sobrevive à impossibilidade dos governos Lula de superar esses (entre outros) traços de um passado histórico a um só tempo remoto e recente. Um limiar que possui sustentação na realidade objetiva, visto que permanecem vigentes os obstáculos estruturais que ocasionaram secularmente a hegemonia das classes conservadoras em nosso País. Mas que foi, em precisos limites, contestado nos últimos anos.


Em setembro de 2010, em plena campanha de Dilma para a Presidência da República, Lula renovou a acidez das críticas ao comitê da mídia golpista e voltou a defender uma nova regulamentação do setor:


“O que não dá é para as pessoas ficarem vendendo uma neutralidade disfarçada. Muitas vezes, fica explícito no comportamento que eles têm candidato e gostariam que o candidato fosse outro; deveriam assumir categoricamente que têm um candidato e tem um partido. A verdade é que nós temos nove ou dez famílias que dominam toda a comunicação desse País — donas de canais de TV, de rádio, jornais, sites e outras mídias (…) que você viaja pelo Brasil e tem duas ou três famílias que são donas dos canais de TV. E os mesmos são donos das rádios e são donos dos jornais”.


Lula defendeu um novo marco regulatório para as telecomunicações no Brasil, citando a Conferência na qual foram discutidas propostas como a criação do Conselho Nacional de Comunicação, um organismo de controle público das mídias, considerada pela mídia golpista como censura. E arrematou: “Ao invés de ficarem contra, deveriam participar, ajudar a construir, porque será inexorável”.


Fundamento na mobilização


Com tão firme antecedente, a regulação da mídia requer, nessas condições, algo mais que a determinação política do governo Dilma: a organização e mobilização da sociedade na ampla e vigorosa luta pela superação dos obstáculos reafirmados em 1964 e, após 30 anos, em 1994 — quando se impôs graves danos aos interesses do progresso e dos avanços sociais no Brasil, legando-se graves restrições aos governos iniciados em 2002.


Porque, não obstante a arrojada declaração do então presidente Lula, é indispensável o recurso a um outro conselho com o qual brindou a Presidenta no dia da sua posse: “Nas dificuldades, vá para perto do povo, que é a nossa salvação”.


Entretanto, o próprio Lula saberia que, com toda a confiança no povo brasileiro, faltou-lhe o solo necessário para consolidar determinadas transformações. Todas requeridas na superação dos obstáculos estruturais ao pleno desenvolvimento do Brasil e liquidação das amarras estabelecidas pelas oligarquias em sua vigência macroeconômica — solidamente instaladas no poder de Estado.


Tais vulnerabilidades constavam da “Carta aos Brasileiros”, declinada em plena campanha eleitoral de 2002, nos claros limites de sua iminente relação de governo com o secular poder conservador: “Premissa dessa transição será naturalmente o respeito aos contratos e obrigações do País “.


Na conjuntura de 2002, o “respeito contratos” celebrados desde as privatizações, implicaram em seguida na manutenção do balaio de armadilhas neoliberais e na tácita permanência das tratativas do Plano Real — que sacralizaram os ganhos especulativos da ciranda financeira, somadas às remessas pela via das multinacionais concessionárias do serviço público (em especial nas áreas de energia, telefonia e comunicações) para o centro hegemônico do capital financeiro internacional.


Consagrou-se, em tais remessas, a sangria da poupança do nosso povo trabalhador extraída também mediante a exacerbação das tarifas. E, simbolicamente, proporcionou-se uma vida fácil e fagueira para os banqueiros do porte e atuação de Daniel Dantas et caterva. Com o olhar solícito do império da mídia e longe das “obrigações do País”.

terça-feira, 15 de março de 2011

BAHREIN IMPÕE LEI MARCIAL



 O rei do Bahrein, Hamad Bin Isa Al Khalifa, acaba de decretar estado de emergência por três meses.  O regime delegou plenos poderes  ao comando militar para reprimir manifestantes que exigem a abertura democrática e fim da monarquia ditatorial. O decreto-lei marcial - lido na televisão estatal do Bahrein - veio se somar à ocupação do país pelas tropas da Arabia Saudita para combater  manifestações que a monarquia já não consegue mais conter. Os choques prosseguem. Um sargento saudita das tropas de ocupação, Ahmed al-Raddadi, teria sido morto a tiros hoje na capital do Bahrein, Manama. A lei marcial  militariza completamente o país que serve de estacionamento para a 5º Frota norte-americana e funciona como sentinela avançada do petróleo saudita --uma das principais fontes de abastecimento do Ocidente. Horas antes do anúncio da lei marcial, a capital ficou deserta. Escolas e estabelecimentos comerciais foram fechados; as rodovias, bloqueadas. Desde Bush, os EUA consideram Bahrein seu principal aliado fora da OTAN.