Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 19 de julho de 2013

CRISE NOS EUA: DETROIT PEDE FALÊNCIA

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O 'FIM DA CRISE' E O OXÍMORO ORTODOXO

A expressão 'contração fiscal expansionista' sugere um simples oxímoro, mas representa mais que uma contradição vocabular quando se sabe que abriga a viga mestra da proposta conservadora  para a crise mundial. Pulsa nesse paradoxo, ademais, uma visão de desenvolvimento recorrente em terras brasileiras, baseada na hipótese de que um bom arrocho nas despesas públicas e nas políticas sociais é pré-condição para se  'liberar' espaço à queda dos juros e, ato contínuo, festejar o 'crescimento saudável' capitaneado pelo setor privado. O tacão de Angela Merkel sobre os parceiros do euro; a decadência inglesa sob Cameron; a pobre Espanha com 48,5% da juventude desempregada; Portugal do extremismo conservador  que flertou com a volta da mais valia absoluta e a sofrida Grécia das crianças que desmaiam de fome em sala de aula, sem esquecer o embate orçamentário nos EUA, são protagonistas  da gigantesca massa de interesses e sacrifícios em ebulição no interior desse inocente  jogo de palavras. No fundo, estamos novamente às voltas com o bordão do Estado mínimo adaptado às condições da maior crise do capitalismo desde 1929. Não há nada de acadêmico nisso. A resiliência de um marco divisor que esfarela direitos e cospe desemprego planeta afora, em troca de uma improvável redenção purgativa  da economia, é a evidência mais óbvia de que o colapso neoliberal  ainda não produziu um antídoto ancorado em forças sociais aptas a inaugurar um novo ciclo histórico.  É desse horizonte escuro e inóspito  que  irrompem sinais bruxelantes  de  uma 'recuperação' trombeteada pela mídia, na qual bancos e grandes corporações emergem leves, líquidos e lucrativos. Mas a renda,  a qualidade do emprego, os direitos e a subjetividade despencam na maioria das nações. Bancos e grandes corporações acumulam cerca de US$ 13 trilhões em caixa no mundo rico. Mas não emprestam, não investem, nem contratam. Coube ao Presidente do Santander, Emilio Botín, elucidar esse desencontro com uma explicação que desmente o suposto poder regenerador  do oxímoro ortodoxo: " O crédito não flui e não emprestamos mais porque não há demanda solvente na sociedade", justificou Don Botín na 3ª feira, em Madrid. Em resumo, a 'contração' vai bem, já a contrapartida expansionista patina --justamente porque a contração vai bem.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

INSACIÁVEIS

A contagem regressiva para a oficialização do calote grego apertou o passo nas últimas horas. Nesta manhã de segunda-feira, os credores  precificam  esse desfecho impondo  spreads cada vez mais elevados  à Italia e Espanha  na negociação de títulos das respectivas dívidas.  O movimento  em direção ao abismo é autopropelido: a ante-sala  do  ‘default' grego  acelera a fuga dos investidores  em relação a economias fragilizadas, caso da italiana , portuguesa, espanhola, irlandesa . Na inútil tentativa de deter a manada, os Tesouros cedem e se enforcam  numa espiral de juros insuportável.  Na quinta-feira, a comissão europeia reúne-se em Bruxelas para bater o martelo sobre a melhor  forma de deter  esse ciclo de ferro -se é que há uma, não é a dos planos de ajuste inviáveis  impostos  à sociedade grega. Se o povo grego não pode pagar a conta sozinho,  quem vai rachar a fatura com ele? A Alemanha pretende que  os bancos privados assumam uma parte do esfarelamento  de ativos financeiros da Grécia.  O ortodoxo BC europeu e a associação dos bancos europeus resistem:  querem que o dinheiro público metabolize integralmente o ‘beiço' grego comprando seus títulos pelo valor de face, sem qualquer  prejuízo.  A lógica é a de semre: lucrar na alta do ciclo especulativo e sair da festa sem pagar a conta quando começa o quebra-quebra. O Brasil conhece a natureza do fenômeno. O  país já paga taxas de juros reais equivalentes à remuneração especulativa extraída da Itália e da Espanha, superior a 6%, pelos rentistas. Mas o bumbo midiático abre a semana  em plena  campanha por uma nova alta da Selic. A intenção é extrair um novo degrau de  0,25%, que poderá jogar o juro básico do país a 12,5%. A decisão  será discutida na reunião do Copom desta quarta-feira.
(Carta Maior; 2º feira 18/07/ 2011)