Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Folha, de rabo preso com o terror


Liberdade de imprensa

Mais uma vez, a voz da concorrência se ergue contra a Ejesa, empresa jornalística que edita o Brasil Econômico e é proprietária de O Dia, no Rio de Janeiro. Desta vez, o ataque partiu da Folha de S. Paulo — que paga o salário da presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Judith Brito.

Talvez para não deixar nas mãos das Organizações Globo (empresa a cujos interesses a ANJ está subordinada) o papel exclusivo de tentar impedir que um novo concorrente se consolide no mercado, a Folha de S. Paulo publicou ontem uma extensa reportagem sobre o grupo português Ongoing (dono de 30% da Ejesa) e seus negócios no Brasil.

Em tempo: Globo e Folha dividem o controle do principal concorrente do Brasil Econômico, o Valor Econômico. A reportagem, mais uma vez, toma a parte pelo todo e confunde a Ejesa com um de seus acionistas.

Citando uma auditoria aberta pelo Ministério Público Federal a pedido da entidade presidida por sua funcionária Judith Brito, a Folha de S. Paulo partiu para o ataque.

São tantas mentiras, tantas tolices e tantas baboseiras distribuídas por uma página e meia do jornal que seria enfadonho responder a cada uma delas. A mais gritante diz respeito à suposta compra, no Distrito Federal, de um jornal chamado Alô Brasília.

A Folha de S. Paulo garante que 49% do jornal já pertencem à Ejesa. Não existe, no entanto, qualquer acordo, acerto, ensaio ou negociação nesse sentido. Mas, para a Folha de S. Paulo, a verdade é o que menos interessa.

O ataque da Folha de S. Paulo não causa espanto. Esperar que aquele diário pratique jornalismo sério é o mesmo que imaginar a hipótese de a torcida do Palmeiras vibrar com uma eventual conquista do título brasileiro pelo Corinthians. Não há possibilidade de isso acontecer.

A história da Folha de S. Paulo e da empresa que a edita fala por si mesma. O chamado Grupo Folha era, no passado, conhecido pelas ligações estreitas de seu proprietário, Octavio Frias de Oliveira, com os órgãos de repressão da ditadura.
Tanto isso é verdade que circula entre os jornalistas a história de que um dos títulos da casa, a Folha da Tarde, era, na época da ditadura militar, o jornal de maior "tiragem" do Brasil. Não porque imprimisse mais exemplares do que os concorrentes, mas porque empregava em sua redação uma grande quantidade de "tiras".
Depois dos expedientes nos porões da repressão, e alguns talvez até trazendo ainda as mãos sujas com o sangue dos prisioneiros que torturavam, os policiais/jornalistas iam para a redação do jornal e deixavam suas armas sobre a mesa enquanto datilografavam seus textos.
Um desses textos foi publicado no dia 20 de dezembro de 1975. Sob a manchete "Desbaratada a gangue do nazismo vermelho", o jornal trazia, em oito páginas, a reprodução do Inquérito Policial Militar (IPM) com a versão da ditadura para a morte do jornalista Vladimir Herzog.
O texto acusava companheiros de Vlado, presos na mesma época, de responsáveis por sua morte.

Por volta de 1978, a Folha de S. Paulo, certamente por perceber que o país evoluiria para a democracia, deu uma guinada radical. E, como sempre acontece com os vira-casacas, passou a defender as novas convicções com tanto ímpeto que deu a impressão de que sempre esteve ao lado da democracia.

Mas, no fundo, nunca mudou de lado. Tanto que, em fevereiro de 2009, o jornal expôs o ponto de vista que ainda está incrustado na cabeça de sua direção ao chamar de "ditabranda" os anos sofridos da ditadura.

E mais: ao longo da campanha presidencial deste ano, mais uma vez deu crédito aos IPM da repressão ao tentar colar na figura da então candidata Dilma Rousseff a pecha de "terrorista".

Era assim que os porões se referiam aos adversários do regime. Tristes e vergonhosos, esses episódios expõem a verdadeira face da Folha de S. Paulo, um jornal que ilude seus leitores tentando se fazer passar pelo que não é.

A defesa que faz da democracia, da ética e da honestidade é de viés udenista: cobra dos outros uma postura que o próprio jornal não adota.

Todo o verniz democrático não passa de uma cortina de fumaça para que — exatamente como fez na reportagem que visa atingir a Ejesa — o jornal defenda posições ditatoriais, oportunistas e chauvinistas, sempre de olho em seus próprios interesses comerciais e concorrenciais.

Ricardo Galuppo é diretor de redação do Brasil Econômico


Leia mais em: EsquerdoNews 
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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Ongoing acusa Folha de falsidade


Enviado por luisnassif

Por Henrique

OngoingInvestigação visa condicionar poder judicial, diz empresa
por Lusa - Agência de Notícias
O grupo português Ongoing disse esta quarta-feira que as notícias da investigação das autoridades brasileiras sobre a actuação da empresa no Brasil são "falsidades" que visam condicionar a actuação do poder judicial brasileiro
"Consideramos que estas notícias não são verdadeiras e são difamantes. São falsidades", disse à agência Lusa fonte oficial da Ongoing.
O jornal Folha de São Paulo noticia hoje que o Ministério Público do Estado brasileiro de São Paulo abriu uma investigação sobre as actividades da Ongoing, referindo suspeitas de que o grupo tenha usado meios ilícitos para "contornar" a Constituição do Brasil, que proíbe o controlo por estrangeiros de jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão no país.
"A notícia é uma tentativa clara de condicionar o poder judicial", afirmou a fonte oficial da Ongoing, garantindo que o grupo "cumpre integralmente a legislação [brasileira] como já foi demonstrado publicamente". A mesma fonte disse ainda que "o caso já está entregue aos advogados".

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Globo combate os portugueses e se esquece do Google


Na foto, D João VI e comitiva desembarcam na rua Lopes Quintas, no Rio


Saiu no Estadão, pág. A7, reportagem que, por incrível que pareça,  guarda notável parentesco com as ideias do Senador Evandro Guimarães, representante biônico e vitalício da Globo em Brasília.

Trata-se de “Câmara discute capital estrangeiro na mídia”.

O deputado Eduardo Gomes do PSDB de Tocantins e o senador eleito e ex-ministro das Comunicações (êpa !) Eunício de Oliveira, do PMDB do Ceará,  propõem aquilo que, por coincidência, o Senador Evandro também seria capaz de propor.

O deputado Gomes quer perseguir o grupo Ongoing, dos jornais O Dia, do Rio, e Brasil Econômico, porque a proprietária é casada com um português.

O grupo é de origem portuguesa e está ligado à Portugal Telecom e ao banco Espírito Santo.

O grupo vendeu a Vivo, está de caixa alta e, como todo bom empresário português, quer vir para o Brasil.

Os bons empresários portugueses fogem hoje de Portugal como D João VI fugiu de Napoleão. 

E os dois supra-citados parlamentares brasileiros querem impedir a Abertura dos Portos do Visconde de Cayru.

Eles dois, o Senador Evandro e a Globo, ora pois.

O grupo Ongoing é candidato natural a comprar o SBT.

Clique aqui para ler “O Silvio obrigou a Dilma a fazer a Ley de Medios”.

O senador eleito, e ex-ministro das Comunicações (êpa !), quer perseguir o portal Terra, da espanhola Telefônica.

Ou seja, os dois nobres parlamentares – será que eles conhecem o Senador Evandro, por acaso ? – querem legislar sobre a Constituição e mexer, parcialmente, num dos artigos: o artigo 222, que trata da preferência a profissionais  brasileiros nos meios de comunicação.

A Globo, ao nascer, era do Grupo americano Time-Life e, na época, defendia ardorosamente a colaboração com o capital americano (e a Embaixada americana).  

Como se sabe, o Congresso brasileiro, até hoje, não regulamentou três artigos da Constituição de 1988 que tratam da Comunicação.

O 220 – sobre o direito de resposta; o 221, sobre a regionalização e a programação das redes; e este bendito 222.

O professsor emérito Fabio Comparato entrou no Supremo com uma Ação Direto de Inconstitucionalidade por Omissão, para que o Congresso, finalmente, se mexa e legisle (contra o PiG e a Globo).

O senador Oliveira e o deputado Gomes – talvez, quem sabe ?, eles conheçam, assim, de vista, o Senador Evandro – os dois querem legislar sobre um pedaço do 222.

É como se eles retalhassem o Comparato.

Ignorassem o “Compa”, ignorassem o “ra” e quisessem tratar do “to”.

Mas, no “to”, no artigo 222, só mexer para atormentar os portugueses da Ongoing e os espanhóis do Terra.

Os portugueses da Portugal Telecom controlam o IG e fatia suculenta do UOL.

Sobre isso, o deputado e o senador eleito – vai ver que, um dia, tomaram cafèzinho com o Senador Evandro – sobre isso, os dois se calam.

Gibbon já demonstrou que uma das características da fase de decadência dos Impérios é combater o inimigo errado.

A Globo combate a Ongoing e o Terra.

É que a Globo ainda não soube da existência de dois garotos das Arábias que inventaram um troço chamado Google.

Os filhos do Roberto Marinho – êles não têm nome próprio – provavelmente preferem navegar de barco e, não, na internet.

Por isso, ignoram que “televisão com internet tem vídeo melhor e facilita leitura de noticias”, diz a Folha (*) na reportagem de Fernanda Ezabella, na pág. B8.

“Controle remoto da Google TV é como um teclado gorducho, que exige malabarismo dos dedos das duas mãos.”

Trata-se de um “um novo nicho de aplicativos exclusivos para TV”.

“Além de aplicativos para compra de conteúdo na web para ver TV, aparelho traz canais próprios”.

A propósito, o Google é dono do YouTube.

Ou seja, os dois parlamentares que, provavelmente conhecem o Senador Evandro pelo menos de nome, esses dois parlamentares lembram aqueles “luzias” e “saquaremas” do Império brasileiro que criavam expedientes para adiar a libertação dos escravos.


Paulo Henrique Amorim